Cuidados com as unhas - Quais são os mais importantes?
Sobre as unhas1
As unhas1 são uma cobertura protetora das extremidades dos dedos das mãos2 e dos pés e têm uma grande importância na normalidade funcional desses membros. Elas contribuem para preensão de objetos, dão firmeza, melhor sensação tátil e ajudam a compor a estabilidade dos dedos, permitindo uma deambulação3 e uma pegada adequadas. Só mesmo ficando sem elas é que se pode perceber a falta que fazem!
Além de serem essenciais à integridade funcional do organismo, as unhas1 também fazem parte da estética pessoal. Por isso os cuidados com as unhas1 tanto envolvem razões de saúde4 - as unhas1 podem sofrer de diversas doenças autóctones5 ou abrigar sintomas6 de doenças subjacentes - como obedecem a razões estéticas, envolvendo vários procedimentos de beleza.
Saiba mais sobre "Unhas1 fracas", "Unhas1 quebradiças" e "Anomalias das unhas1".
Sobre a saúde4 das unhas1
As unhas1 podem ser a sede de muitas doenças ou de muitos sinais7 de doenças. Por exemplo: as onicomicoses são doenças próprias das unhas1, e uma unha fina e frágil em um adulto pode ser um indício de hipertireoidismo8, enquanto uma unha grossa em uma criança pode ser sinal9 de psoríase10. Seja como doença autóctone11 ou como manifestação de doenças sistêmicas, pode haver alterações no volume, na forma, resistência, coloração ou textura das unhas1.
Entre as principais doenças das unhas1 estão:
- As onicomicoses, causadas por fungos que parasitam a lâmina ungueal12.
- Paroníquia13, um processo de inflamação14 da pele15 em torno da unha devido à perda ou remoção da cutícula16.
- Unha encravada17, decorrente do trauma causado pelos cantos da lâmina ungueal12 que penetram nas dobras ungueais18 laterais, com reação inflamatória.
- Verrugas virais, uma dermatose19 muito comum que pode acometer os tecidos peri ou subungueais, causando onicólise20 (destruição da unha) ou deformidade da lâmina ungueal12.
- Psoríase10 ungueal12, que acontece quando as células21 de defesa do corpo atacam as unhas1, gerando sinais7 como unhas1 onduladas, deformadas, quebradiças, grossas e com manchas brancas ou marrom.
- O líquen plano ungueal12, que é uma doença inflamatória das unhas1 que atinge a matriz e leito ungueais18, provocando distrofias22 das unhas1.
- O comprometimento ungueal12 da alopecia areata23 (doença autoimune24 que provoca a queda de cabelo25), uma condição rara que se apresenta como manchas vermelhas na lúnula (a parte branca da unha, em forma de meia lua).
- Melanoníquia estriada, uma pigmentação escura anormal em faixa que vai da base até a ponta da unha, de cor café ou negra.
Além dessas, algumas doenças sistêmicas podem afetar as unhas1, como, por exemplo, as unhas1 em baqueta de tambor, de afecções26 pulmonares; as unhas1 quebradiças, devido à anemia27, ao hipotireoidismo28, às deficiências nutricionais ou às alterações hormonais.
Alguns medicamentos também podem causar alterações nas unhas1, tanto na cor, quanto na textura e na adesão da placa29 ungueal12 ao leito da unha. Quase sempre essas alterações são transitórias, cessando com a interrupção do medicamento.
Um aspecto característico é que as alterações devidas a doenças sistêmicas em geral afetam igualmente todas as 20 unhas1 do corpo, enquanto as doenças autóctones5 apenas afetam uma ou algumas unhas1 por vez.
Sobre o embelezamento das unhas1
Uma primeira providência estética consiste em apará-las regularmente, de modo a mantê-las no tamanho desejado. As unhas1 estão em permanente crescimento e devem ser aparadas periodicamente. Elas crescem, em média 1,8 a 4,5 mm/mês para os dedos das mãos2 e cerca de 1/3 à metade desta velocidade para as unhas1 dos pés. Nas crianças elas crescem mais rápido, são finas, maleáveis e transparentes; já nos idosos, têm crescimento mais lento, são mais grossas, duras e amareladas.
A preocupação com o embelezamento das unhas1 deve seguir alguns conselhos que as mantenham saudáveis e com boa aparência. Entre eles:
- Deve dar-se um período de descanso às unhas1. Com o passar do tempo, os produtos químicos presentes nos esmaltes agridem as unhas1 e cutículas30, tornando-as mais fracas e quebradiças. Então, o recomendado é deixá-las sem esmalte31 por 24 a 48 horas, antes de utilizá-lo novamente, ou durante uma a cada quatro semanas.
- É aconselhável lixar periodicamente as unhas1, de preferência deixando-as no comprimento curto ou médio, para que elas não se quebrem com facilidade.
- De preferência, deve-se usar um removedor para retirar o esmalte31. A acetona prejudica as unhas1, as cutículas30 e a pele15 ao redor delas.
- Deve-se passar uma base fortificante antes de usar o esmalte31.
- Duas camadas de esmalte31 em cada unha, a fim de deixá-lo mais espesso, evita que descasque logo.
- Dar acabamento com uma cobertura perfeita, com produtos que promovem o brilho e evitam que o esmalte31 descasque nas pontas com mais facilidade.
- Secar bem o esmalte31 antes de usar as mãos2, seja com um spray secante ou imergindo as mãos2 em água gelada. Os esmaltes também secam naturalmente, mas levam um tempo maior.
Coisas que não se deve em absoluto fazer com as unhas1
- Deixá-las grandes e sujas, o que transmite uma sensação de desleixo.
- Roer as unhas1, que além de ser um hábito feio pode ser prejudicial à saúde4 e deformar as unhas1.
- Remover radicalmente a cutícula16, deixando as unhas1 sem proteção e criando uma porta de entrada para germes.
- Cortá-las demasiadamente curtas de modo que suas pontas possam ferir o leito das unhas1.
Como prevenir problemas com as unhas1?
- Manter as unhas1 sempre aparadas, de modo que tenham mais dificuldade de quebrar e acumular sujeira sob elas.
- Hidratar regularmente as unhas1 e cutículas30 com cremes para as mãos2, para que elas não fiquem ressecadas e quebradiças.
- Evitar retirar totalmente as cutículas30, porque elas servem como proteção natural contra germes.
- Usar preferencialmente os tons mais claros de esmalte31, porque os tons mais escuros contêm pigmentos mais fortes, que, com o tempo, deixam as unhas1 amareladas.
- Aparar de forma reta as unhas1 dos dedos dos pés para evitar que suas bordas encravem com mais facilidade.
- Manter as unhas1 com um comprimento compatível com as atividades diárias da pessoa.
- Lixar as unhas1 de modo a evitar pontas e arestas indesejáveis, mas nunca lixar as camadas superficiais da lâmina ungueal12.
- Sempre que a pessoa for à manicure, deve levar seu próprio instrumental de fazer unhas1, para evitar eventuais contaminações.
- Visitar periodicamente um dermatologista para avaliar as unhas1 e evitar doenças.
Veja também sobre "Biotina para cabelos e unhas1" e "Micoses Superficiais".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.