A psoríase não é contagiosa. Conheça mais sobre esta condição.
O que é psoríase1?
A psoríase1 é uma doença dermatológica benigna, autoimune2, genética e não contagiosa3, de etiologia4 ainda desconhecida. A doença tem um curso crônico5, para toda a vida, imprevisível, praticamente único para cada caso e que evolui por surtos de pioras e melhoras ou remissões temporárias. Esse curso, contudo, permite ao paciente levar uma vida relativamente normal, desde que ele aprenda a conviver adequadamente com a enfermidade.
Quais são as causas da psoríase1?
A causa última da psoríase1 ainda é desconhecida, mas sabe-se de alguns fatores que interferem na melhora, piora ou remissão da doença, tais como fatores genéticos e psicológicos, estresse, exposição ao frio, uso de certos medicamentos e ingestão de bebidas alcoólicas.
A psoríase1 é mais frequente na faixa etária entre 20 e 40 anos, embora possa surgir em qualquer fase da vida. Incide igualmente nos dois sexos e com maior frequência em pessoas de raça branca, sendo bem mais rara nas outras raças.
Quais são os sinais6 e sintomas7 da psoríase1?
Na maioria dos casos, apenas a pele8 é acometida. Em alguns poucos casos pode haver uma artrite9 associada, a qual muitas vezes é confundida com gota10 (doença articular caracterizada por inflamações11 doloridas).
As lesões12 são uma inflamação13 das células14 da pele8, formando placas15 avermelhadas, que produzem uma descamação16 em placas15 esbranquiçadas ou prateadas. Podem ocorrer lesões12 lineares em áreas de trauma cutâneo17, como arranhões. Estas lesões12 são geralmente assintomáticas, mas pode haver um prurido18 (coceira) discreto.
A psoríase1 incide principalmente nos lugares em que os traumas são mais comuns, como nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e região lombossacra19.
Esta condição pode apresentar-se de muitas maneiras:
- Formas mínimas: com pouquíssimas lesões12.
- Psoríase1 eritrodérmica: toda a pele8 está comprometida.
- Psoríase1 em placas15: lesões12 avermelhadas e descamativas, bem limitadas.
- Psoríase1 ungueal20: lesões12 que aparecem nas unhas21.
- Psoríase1 pustulosa: formação de pústulas22, principalmente nas mãos23 e nos pés.
- Artrite9 psoriásica: inflamação13 articular que pode causar destruição da articulação24.
- Psoríase1 gutata: pequenas lesões12 circulares, associadas com infecções25 de garganta26.
- Psoríase1 palmoplantar: lesões12 apenas nas palmas das mãos23 e nas plantas dos pés.
Como o médico diagnostica a psoríase1?
Nem sempre o diagnóstico27 é fácil. Muitas vezes a psoríase1 pode ser equivocadamente confundida com outras doenças durante muito tempo.
Por ser uma doença hereditária, é necessário que se faça um estudo minucioso do histórico de doenças de familiares do paciente, para ajudar a alcançar o diagnóstico27 correto. A observação direta das lesões12, combinada ao histórico de aparecimento das mesmas, é o elemento clínico mais fundamental.
Como é o tratamento da psoríase1?
A psoríase1 não tem cura, mas tem tratamento paliativo28. Não há também como prevenir a enfermidade, mas há como controlar a sua reincidência29.
Para casos leves ou moderados são recomendadas medicações locais, hidratação da pele8, exposição moderada ao sol e banhos de ultravioleta. As pomadas de alcatrão, apesar de seu odor desagradável, parecem ter alguma eficácia no controle da doença. Os medicamentos orais só devem ser usados em casos graves e refratários30 a outros tratamentos, em virtude de seus potenciais efeitos colaterais31 graves (hepato e nefrotoxidade, efeitos teratogênicos32 e câncer33 de pele8).
A escolha da terapia deve levar em conta a severidade e localização das lesões12, eficácia, tempo de uso e efeitos colaterais31 do medicamento. Atualmente é consenso entre os médicos que o melhor resultado se obtém quando se combina os tratamentos e se faz rodízio deles em cada nova crise.
Por ser uma doença que afeta a aparência, os efeitos psicológicos devem ser levados em conta, além de que se pensa que os fatores estressantes desencadeiam ou agravam as crises.
Como evolui a psoríase1?
A psoríase1 não tem cura, mas algumas providências podem melhorar as manifestações da doença, controlar a reincidência29 e oferecer uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Infelizmente ainda não é possível afirmar que a doença não voltará novamente, após o desaparecimento dos sintomas7.
Alguns cuidados podem ser de importância:
- Mantenha a pele8 sempre bem hidratada.
- Tome sol todo dia, moderadamente.
- Não faço uso de bebidas alcoólicas.
- Procure não se desgastar emocionalmente.
- Não é necessário evitar contato com as pessoas. A psoríase1 não é contagiosa3.
- Para controlar as crises, visite o dermatologista e siga à risca suas orientações.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.