Gostou do artigo? Compartilhe!

Atorvastatina: prós e contras

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

Muitas pessoas se preocupam, com justa razão, quando seus níveis de colesterol1 estão acima de valores considerados normais. Efetivamente, níveis elevados de colesterol1 aumentam o risco de doenças coronarianas, entre elas o temido infarto do miocárdio2. A inquietação é maior nas pessoas com tendência familiar para doenças cardíacas.

A atorvastatina é uma excelente medicação para baixar os níveis do colesterol1 sanguíneo, mas apresenta, ao mesmo tempo, efeitos colaterais3 preocupantes. Hoje em dia, estima-se que o colesterol1 total deva estar abaixo de 170 mg/dl4; o HDL5 (colesterol1 do bem) acima de 45 mg/dl4 e o LDL6 (mau colesterol1) menor de 110 mg/dl4.

O que é a atorvastatina?

A atorvastatina é um fármaco7 da classe de drogas conhecidas como estatinas, usadas para baixar os níveis de colesterol1 no sangue8. Ela também estabiliza a placa ateromatosa9, evitando o infarto do miocárdio2 e o acidente vascular cerebral10. Atualmente existem muitas estatinas em uso no mercado e a atorvastatina é uma delas. Foi sintetizada pela primeira vez em 1985, por Bruce Roth.

Saiba mais sobre "Infarto do miocárdio2", "Colesterol1 HDL5", "Colesterol1 LDL6" e "Acidente vascular cerebral10".

Qual é o mecanismo de ação da atorvastatina?

A atorvastatina inibe uma enzima11 hepática12 que produz mevalonato, uma pequena molécula usada na síntese de colesterol1 e seus derivados. Isso reduz a quantidade de colesterol1 produzida, o que, por sua vez, reduz a quantidade total de colesterol1 LDL6. Além disso, o fígado13, para compensar o seu baixo abastecimento e reforçar suas reservas, libera receptores que capturam o LDL6 circulante, diminuindo ainda mais o nível de colesterol1 no sangue8. Ademais, parece que a atorvastatina minimiza também a taxa de triglicérides14.

Para que serve a atorvastatina?

Segundo as informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a atorvastatina é útil para tratar o aumento de colesterol1 no sangue8, isoladamente ou associado à elevação dos níveis de triglicerídeos e/ou à redução dos níveis do colesterol1 do bem (HDL5), incluindo os casos de transmissão familiar.

Ela também é indicada para evitar que um evento já desenvolvido ocorra novamente, como a síndrome15 coronariana aguda, condição em que o músculo cardíaco16 recebe um menor fluxo sanguíneo. Além disso, a atorvastatina pode ser utilizada para a prevenção de doenças cardiovasculares17 em pessoas sem níveis altos de gorduras no sangue8, mas que tenham múltiplos fatores de risco como diabetes mellitus18, hipertensão arterial19, baixos níveis de HDL5, tabagismo ou histórico familiar de doença cardíaca precoce.

A atorvastatina também é indicada para o tratamento de pacientes com doença cardíaca e coronariana com o objetivo de diminuir o risco de complicações, como infarto do miocárdio2, acidente vascular cerebral10 (AVC), procedimentos de revascularização para desobstrução das artérias20, hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva21 e angina22.

Leia sobre "Triglicérides14", "Doenças cardiovasculares17", "Diabetes23" e "Hipertensão24".

Quais são os principais efeitos colaterais3 da atorvastatina?

Um dos efeitos colaterais3 da atorvastatina, desagradável para muitas pessoas, é que ela propicia chances de um aumento de peso em 1 a 10% dos indivíduos. Isso não significa, porém, que todos que usarem o medicamento sofrerão aumento de peso, mas não é possível fazer uma previsão a respeito.

Existem outros possíveis efeitos colaterais3, tais como: risco maior de ter um AVC hemorrágico25 para pessoas que antes já tiveram um AVC hemorrágico25; miopatia26 (dor e/ou fraqueza muscular); rabdomiólise27 (destruição das células musculares28); dor e fraqueza muscular; alterações na sensibilidade; mal-estar; febre29; aumento da glicose30 no sangue8; dor de garganta31; sangramento nasal; náusea32; diarreia33; má digestão34; flatulência; desconforto abdominal; gases no estômago35 (eructação36); dor nas articulações37; dor nas extremidades; dor nos músculos38 e ossos; espasmos39 musculares; inchaço40 na articulação41; cansaço muscular; dor cervical; dor nas costas42; alterações nas funções hepáticas43; aumento da creatina fosfoquinase sanguínea (enzima11 que aumenta na presença de lesão44 muscular); células45 brancas na urina46; visão47 turva; zumbido no ouvido48; hepatite49; colestase50 (parada ou dificuldade de eliminação da bile51); urticária52; necrólise epidérmica tóxica53 (descamação54 grave da camada superior da pele55); eritema multiforme56 (aparecimento de manchas vermelhas, bolhas e ulcerações57 em todo o corpo); erupção58 cutânea59 bolhosa; trombocitopenia60 (diminuição das plaquetas61 do sangue8); reações alérgicas graves e ruptura de tendão62.

Quando não tomar atorvastatina?

A atorvastatina não deve ser utilizada por pessoas que tenham doença hepática12 ativa ou elevações das enzimas do fígado13 (transaminases séricas), nem por mulheres grávidas, em período de amamentação63 ou que estejam em idade fértil e não utilizem métodos contraceptivos seguros.

A atorvastatina deve ser utilizada com cautela por pessoas que tenham riscos maiores de terem alterações no fígado13 e por quem faz uso abusivo de bebidas alcoólicas.

É recomendável a interrupção temporária da atorvastatina quando há risco de surgir um quadro de rabdomiólise27 ou quando há infecção64 aguda grave, hipotensão arterial65, cirurgia de grande porte, distúrbios metabólicos, endócrinos e eletrolíticos graves e convulsões não controladas.

Em conclusão

A atorvastatina é um excelente recurso de combate ao colesterol1 elevado e também aos problemas de saúde66 causados por ele, mas sofre resistência de muitas pessoas em função da sua profusão de efeitos colaterais3. No entanto, os benefícios do medicamento são superiores aos possíveis riscos e pode ser usado terapeuticamente, sob supervisão médica, como qualquer outro remédio.

Veja também sobre "Remédios e álcool", "Antidepressivos", "Corticoides", "Benzodiazepínicos" e "Tranquilizantes".

 

ABCMED, 2018. Atorvastatina: prós e contras. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/colesterol/1326793/atorvastatina-pros-e-contras.htm>. Acesso em: 12 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
2 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
3 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
4 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
5 HDL: Abreviatura utilizada para denominar um tipo de proteína encarregada de transportar o colesterol sanguíneo, que se relaciona com menor risco cardiovascular. Também é conhecido como “Bom Colesterolâ€. Seus valores normais são de 35-50mg/dl.
6 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
7 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
8 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
9 Placa ateromatosa: São placas de ateromas, ou seja, placas formadas pelo acúmulo de lipídeos e de tecido fibroso no interior da parede dos vasos sanguíneos, podendo obstruí-los e causar isquemias nos tecidos. Os ateromas são as manifestações da aterosclerose.
10 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
11 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
12 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
13 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
14 Triglicérides: A principal maneira de armazenar os lipídeos no tecido adiposo é sob a forma de triglicérides. São também os tipos de lipídeos mais abundantes na alimentação. Podem ser definidos como compostos formados pela união de três ácidos graxos com glicerol. Os triglicérides sólidos em temperatura ambiente são conhecidos como gorduras, enquanto os líquidos são os óleos. As gorduras geralmente possuem uma alta proporção de ácidos graxos saturados de cadeia longa, já os óleos normalmente contêm mais ácidos graxos insaturados de cadeia curta.
15 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
16 Músculo Cardíaco: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo.
17 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
18 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
19 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
20 Artérias: Os vasos que transportam sangue para fora do coração.
21 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
22 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
23 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
24 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
25 Hemorrágico: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
26 Miopatia: Qualquer afecção das fibras musculares, especialmente dos músculos esqueléticos.
27 Rabdomiólise: Síndrome caracterizada por destruição muscular, com liberação de conteúdo intracelular na circulação sanguínea. Atualmente, a rabdomiólise é considerada quando há dano secundário em algum órgão associado ao aumento das enzimas musculares. A gravidade da doença é variável, indo de casos de elevações assintomáticas de enzimas musculares até situações ameaçadoras à vida, com insuficiência renal aguda ou distúrbios hidroeletrolíticos. As causas da rabdomiólise podem ser classificadas em quatro grandes grupos: trauma ou lesão muscular direta, excesso de atividade muscular, defeitos enzimáticos hereditários ou outras condições clínicas.
28 Células Musculares: Células contráteis maduras, geralmente conhecidas como miócitos, que formam um dos três tipos de músculo. Os três tipos de músculo são esquelético (FIBRAS MUSCULARES), cardíaco (MIÓCITOS CARDÍACOS) e liso (MIÓCITOS DE MÚSCULO LISO). Provêm de células musculares embrionárias (precursoras) denominadas MIOBLASTOS.
29 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
30 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
31 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
32 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
33 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
34 Digestão: Dá-se este nome a todo o conjunto de processos enzimáticos, motores e de transporte através dos quais os alimentos são degradados a compostos mais simples para permitir sua melhor absorção.
35 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
36 Eructação: Ato de eructar, arroto.
37 Articulações:
38 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
39 Espasmos: 1. Contrações involuntárias, não ritmadas, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosas ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
40 Inchaço: Inchação, edema.
41 Articulação: 1. Ponto de contato, de junção de duas partes do corpo ou de dois ou mais ossos. 2. Ponto de conexão entre dois órgãos ou segmentos de um mesmo órgão ou estrutura, que geralmente dá flexibilidade e facilita a separação das partes. 3. Ato ou efeito de articular-se. 4. Conjunto dos movimentos dos órgãos fonadores (articuladores) para a produção dos sons da linguagem.
42 Costas:
43 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
44 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
45 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
46 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
47 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
48 Zumbido no ouvido: Pode ser descrito como um som parecido com campainhas no ouvido ou outros barulhos dentro da cabeça que são percebidos na ausência de qualquer fonte de barulho externa.
49 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
50 Colestase: Retardamento ou interrupção do fluxo nos canais biliares.
51 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
52 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
53 Necrólise Epidérmica Tóxica: Sinônimo de Síndrome de Lyell. Caracterizada por necrólise da epiderme. Tem como características iniciais sintomas inespecíficos, influenza-símile, tais como febre, dor de garganta, tosse e queimação ocular, considerados manifestações prodrômicas que precedem o acometimento cutâneo-mucoso. Erupção eritematosa surge simetricamente na face e na parte superior do tronco, provocando sintomas de queimação ou dolorimento da pele. Progressivamente envolvem o tórax anterior e o dorso. O ápice do processo é constituído pela característica denudação da epiderme necrótica, a qual é destacada em verdadeiras lamelas ou retalhos, dentro das áreas acometidas pelo eritema de base. O paciente tem o aspecto de grande queimado, com a derme desnuda, sangrante, eritêmato-purpúrica e com contínua eliminação de serosidade, contribuindo para o desequilíbrio hidroeletrolítico e acentuada perda protéica. Graves seqüelas oculares e esofágicas têm sido relatadas.Constitui uma reação adversa a medicamentos rara. As drogas que mais comumente a causam são as sulfas, o fenobarbital, a carbamazepina, a dipirona, piroxicam, fenilbutazona, aminopenicilinas e o alopurinol.
54 Descamação: 1. Ato ou efeito de descamar(-se); escamação. 2. Na dermatologia, fala-se da eliminação normal ou patológica da camada córnea da pele ou das mucosas. 3. Formação de cascas ou escamas, devido ao intemperismo, sobre uma rocha; esfoliação térmica.
55 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
56 Eritema multiforme: Condição aguda, auto-limitada, caracterizada pelo início abrupto de pápulas vermelhas fixas simétricas, algumas evoluindo em lesões em forma de “alvo”. A lesão alvo são zonas concêntricas de alterações de coloração com a área central púrpura ou escura e a externa vermelha. Elas irão desenvolver vesícula ou crosta na zona central após vários dias. Vinte porcento de todos os casos ocorrem na infância.O eritema multiforme geralmente é precipitado pelo vírus do herpes simples, Mycoplasma pneumoniae ou histoplasmose.
57 Ulcerações: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
58 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
59 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
60 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
61 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
62 Tendão: Tecido fibroso pelo qual um músculo se prende a um osso.
63 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
64 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
65 Hipotensão arterial: Diminuição da pressão arterial abaixo dos valores normais. Estes valores normais são 90 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 50 milímetros de pressão diastólica.
66 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.