Câncer in situ e câncer invasivo
O que é câncer1 in situ2 e câncer1 invasivo?
O câncer1 in situ2 (latim: "in situ2" = no lugar) ou carcinoma3 in situ2, recebe esse nome por dois motivos: (1) é composto por células4 anormais que possuem a capacidade de se multiplicar de forma descontrolada; e (2) essas células4 permanecem confinadas em uma área específica do órgão, sem capacidade de se disseminar para camadas mais profundas ou para outras partes do corpo, como vasos sanguíneos5, linfáticos ou órgãos distantes.
Esse termo também é usado para descrever o estágio inicial de um câncer1, em que as células4 malignas estão presentes, mas ainda não invadiram os tecidos adjacentes nem se espalharam para outras áreas. Ou seja, o câncer1 está confinado ao local de origem, sendo considerado uma etapa pré-maligna.
No câncer1 invasivo (ou infiltrante), as células4 cancerígenas invadem estruturas mais profundas do órgão, alcançando a corrente sanguínea ou linfática. Com isso, podem se disseminar para outras camadas do órgão e para diferentes partes do corpo, formando novos focos da doença (metástases6).
Leia sobre "Câncer1 - informações importantes" e "Prevenção do câncer1".
Tipos mais comuns de câncer1 in situ2 e de câncer1 invasivo
Os tipos mais comuns de câncer1 in situ2 incluem:
- Carcinoma3 ductal in situ2, o tipo mais comum de câncer1 de mama7 in situ2.
- Carcinoma3 lobular in situ2, outro tipo de câncer1 de mama7 que ocorre nos lóbulos mamários. Embora não seja um câncer1 verdadeiro, aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de câncer1 invasivo em ambas as mamas8.
- Carcinoma3 in situ2 de cólon9 e reto10, que ocorre no revestimento interno do cólon9 ou reto10, sendo uma fase inicial do câncer1 colorretal.
- Carcinoma3 in situ2 do colo do útero11, um estágio precoce do câncer1 cervical.
- Carcinoma3 in situ2 da pele12.
- Carcinoma3 in situ2 da bexiga13, que ocorre no revestimento interno da bexiga13.
- Carcinoma3 in situ2 do pulmão14, também conhecido como carcinoma3 bronquioloalveolar, em que as células4 malignas estão confinadas aos alvéolos pulmonares15.
Os tipos mais comuns de câncer1 invasivo incluem:
- Câncer1 de mama7, mais frequente em mulheres, mas que também pode ocorrer em homens.
- Câncer1 de pulmão14, que afeta tanto homens quanto mulheres e está frequentemente associado ao tabagismo, mas também pode ocorrer em não fumantes.
- Câncer1 colorretal, que envolve o cólon9 e o reto10.
- Câncer1 de próstata16, mais comum em homens mais velhos.
- Câncer1 de pele12 (não melanoma17), como o carcinoma3 basocelular e o carcinoma3 espinocelular, geralmente relacionados à exposição ao sol.
- Câncer1 de estômago18, prevalente em algumas regiões, como a Ásia Oriental, e associado à infecção19 por H. pylori.
- Câncer1 de fígado20, relacionado a infecções21 crônicas por hepatite22 B ou C e ao consumo excessivo de álcool.
- Câncer1 de esôfago23, com fatores de risco como tabagismo, consumo de álcool e refluxo gastroesofágico24.
- Câncer1 de pâncreas25, frequentemente diagnosticado tardiamente, resultando em alta taxa de mortalidade26.
- Câncer1 de bexiga13, mais comum em homens e frequentemente ligado ao tabagismo ou à exposição a substâncias químicas.
Quais são as causas do câncer1 in situ2 e do câncer1 invasivo?
As causas do câncer1 são multifatoriais, envolvendo mutações genéticas, exposição a carcinógenos, alterações hormonais, inflamações27 crônicas, dieta inadequada, sedentarismo28, consumo de álcool, obesidade29, entre outros. Não se pode atribuir o desenvolvimento do câncer1 a um único fator, pois esses elementos atuam de forma combinada. Alguns desses fatores são evitáveis, enquanto outros estão relacionados à constituição genética da pessoa e ao ambiente em que ela vive, como a qualidade do ar e a exposição à radiação solar.
Tanto o câncer1 in situ2 quanto o câncer1 invasivo compartilham causas semelhantes, envolvendo uma combinação de fatores genéticos e ambientais. No entanto, para que o câncer1 in situ2 se torne invasivo, outras mutações precisam ocorrer, permitindo que as células4 malignas invadam tecidos adjacentes. Fatores como mudanças na matriz extracelular, crescimento de novos vasos sanguíneos5 (angiogênese30) e um sistema imunológico31 comprometido também podem contribuir para a progressão da doença.
Quais são as características clínicas do câncer1 in situ2 e do câncer1 invasivo?
As principais características clínicas do câncer1 in situ2 incluem:
- As células4 cancerígenas permanecem confinadas ao local de origem, sem se espalharem para tecidos vizinhos ou outras partes do corpo.
- Não há metástases6.
- Frequentemente, não há sintomas32 ou eles são leves e inespecíficos.
- Muitas vezes, é detectado em exames de rotina, como mamografias, colonoscopias e exames de Papanicolau33.
- O prognóstico34 geralmente é muito bom, pois o câncer1 in situ2 é mais fácil de tratar devido à sua localização limitada.
As principais características dos cânceres invasivos são:
- Invasão e destruição de tecidos normais ao redor do tumor35 primário.
- Potencial para metástases6, com disseminação para outras partes do corpo por meio da corrente sanguínea ou do sistema linfático36.
- Requer tratamentos mais agressivos, como cirurgia, radioterapia37 e quimioterapia38.
- O prognóstico34 varia amplamente dependendo do tipo de câncer1, do estágio em que foi diagnosticado, da localização e da extensão da invasão.
Saiba mais sobre "O que são metástases6", "Radioterapia37" e "Quimioterapia38".
Como o médico diferencia o câncer1 in situ2 do câncer1 invasivo?
A detecção precoce e precisa desses tipos de câncer1 é essencial para um tratamento eficaz e um melhor prognóstico34. A biópsia39 é uma das técnicas mais decisivas, pois no câncer1 in situ2 as células4 estão confinadas ao local de origem, enquanto no câncer1 invasivo as células4 já romperam a membrana basal40 e invadiram tecidos vizinhos. Exames de imagem podem revelar massas metastáticas além do tumor35 original.
Em casos de câncer1 in situ2, especialmente os de pele12, o exame físico pode identificar lesões41 suspeitas. No câncer1 invasivo, o médico pode detectar massas ou nódulos palpáveis. Estudos histopatológicos das amostras cirúrgicas podem confirmar a invasão, incluindo a penetração em vasos sanguíneos5 ou linfáticos. Além disso, alguns tipos de câncer1 produzem marcadores tumorais, que podem ser detectados no sangue42.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do Hospital Israelita Albert Einstein e do INCA - Instituto Nacional do Câncer.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.