Câncer de fígado: causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e prevenção
Algumas considerações sobre o câncer1 de fígado2
Os cânceres que atingem o fígado2 podem ser divididos em duas categorias: o câncer1 primário do fígado2, tumores originários de tecidos no interior do fígado2 e o câncer1 secundário, ou metastático, originado em outro órgão e que se espalha também para o fígado2. Os primários compreendem o carcinoma3 hepatocelular (tumor4 maligno das células5 hepáticas6 - é o mais frequente entre os cânceres que atingem o fígado2), o colangiocarcinoma7 (câncer1 dos ductos biliares8 intrahepáticos), angiossarcoma (câncer1 dos vasos sanguíneos9 no interior do fígado2) e, na criança, o hepatoblastoma. Apesar de ser relativamente raro (sétima posição no Brasil em 1999) o câncer1 primário de fígado2 requer certa pressa no seu diagnóstico10 e alta eficiência no seu tratamento, em virtude de sua potencial gravidade. A sobrevida11 após o diagnóstico10 de um paciente com o câncer1 de fígado2, sobretudo carcinoma3 hepatocelular, é extremamente curto. As metástases12 para o fígado2, contudo, podem ocorrer em até 35% dos casos de outros tumores, sendo que os tipos que mais frequentemente dão metástase13 para o fígado2 são o câncer1 de pâncreas14, o colorretal, o de estômago15, o de mama16, o de esôfago17 e o de pulmão18.
Quais são as causas do câncer1 de fígado2?
Os fatores que mais comumente levam ao câncer1 de fígado2 variam de acordo com o tipo de câncer1. No que diz respeito ao carcinoma3 hepatocelular, cerca de 50% dos pacientes apresentam cirrose19 hepática20 entre seus diversos fatores causais. A esquistossomose21 também é considerada fator de risco22 para esse tipo de câncer1. Certos grãos e cereais, quando armazenados em locais inadequados e úmidos, podem ser contaminados com o fungo23 Aspergillus flavus, que produz uma substância cancerígena. Além disso, deve-se ter atenção com doenças que realizam depósito de ferro no fígado2. O colangiocarcinoma7 está relacionado com inflamações24 das vias biliares25, entre outros fatores, alguns dos quais ainda são desconhecidos. O angiossarcoma, por sua vez, depende de substâncias químicas como o cloreto de vinil, os arsenicais inorgânicos e o dióxido de tório, por exemplo.
Quais são os principais sinais26 e sintomas27 do câncer1 de fígado2?
Os principais sinais26 e sintomas27 dos pacientes com o câncer1 de fígado2 são: dor abdominal, massa abdominal, aumento do fígado2, distensão abdominal, anorexia28, mal-estar e, em estágios evoluídos da doença, icterícia29 (coloração amarelada na pele30 e mucosas31) e ascite32 (coleção de líquido no interior do abdômen).
Como o médico diagnostica o câncer1 de fígado2?
Com uma história clínica bem feita já se pode constatar a evolução rápida da doença. Além de que a evolução seja assintomática durante certo tempo, a progressão dos sintomas27 é célere. Em geral um tumor4 duplica de tamanho em quatro meses, o que é um tempo muito curto, se comparado a outros tumores. Por todas essas razões o diagnóstico10 geralmente só é feito quando a doença já está em estágio avançado. As dosagens séricas elevadas de bilirrubinas33, transaminases e fosfatase alcalina34 ou a súbita elevação delas em um paciente cirrótico são sugestivas de malignidade. Os marcadores de câncer1, como a alfafetoproteína, geralmente apresentam valores elevados. A ultrassonografia35 hepática20 é outro recurso diagnóstico10 valioso. Nas metástases12 de tumores colorretais, pode-se notar em geral um aumento exacerbado da dosagem do antígeno36 carcinoembrionário (CEA). Quanto a outros exames de imagem, a tomografia computadorizada37 especializada consegue identificar lesões38 neoplásicas39 do fígado2 com exatidão, na grande maioria dos casos. Lesões38 muito pequenas, menores do que três centímetros, podem não ser detectadas devido à isodensidade delas com o parênquima40 hepático normal. A ressonância magnética41 não apresenta vantagens em relação à tomografia computadorizada37. A laparoscopia42 e a videolaparoscopia permitem uma visualização direta e que se realize uma biópsia43 do tumor4. A colangioressonância, a colangiotomografia e a colangiografia44 endoscópica são exames que podem ser úteis no diagnóstico10 e tratamento dos tumores hepáticos.
Como o médico trata o câncer1 de fígado2?
O tratamento dos tumores hepáticos primários ou metastáticos é eminentemente45 cirúrgico, desde que a lesão46 primária tenha sido ressecada, mas a ressecção hepática20 deve levar em conta o estado clínico do paciente e a quantidade de parênquima40 hepático que restará. Nos pacientes cirróticos, somente os casos muito iniciais permitem uma ressecção hepática20 segura. A radioterapia47 é limitada pelo fato de que a dose de radiação tolerada fica abaixo da necessária para uma efetiva ação terapêutica48, no entanto, pode aliviar temporariamente os sintomas27. As taxas de respostas à quimioterapia49 são pobres e giram em torno de 10 a 30%. A quimioembolização consiste em administrar drogas e partículas de gel insolúvel por via arterial, até que haja uma estagnação do fluxo sanguíneo para o tumor4, com sua isquemia50 e necrose51 dele.
Como evolui o câncer1 de fígado2?
O tratamento dos tumores hepáticos primários ou metastáticos é pouco promissor.
Alguns casos podem evoluir com ruptura do tumor4 e quadro clínico grave de abdômen agudo52 hemorrágico53.
Como prevenir o câncer1 de fígado2?
- O hepatocarcinoma54 pode ser prevenido por meio da utilização de vacinas contra a hepatite55 B.
- Remoção cirúrgica precoce do tumor4, quando ele ainda não produziu repercussão clínica.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cancer Treatment Centers of America, American Cancer Society, National Cancer Institute e American Society of Clinical Oncology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.