Câncer de estômago: o que é? Quais os fatores de risco? Como são os sintomas? E o diagnóstico e o tratamento? O que fazer para evitar?
O que é câncer1 de estômago2?
O câncer1 de estômago2 é aquele que começa inicialmente nesse órgão, mas pode espalhar-se para outras regiões do corpo, tanto para órgãos vizinhos quanto distantes (metástases3). No Brasil, cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer1 de estômago2 tem idade superior a 50 anos. O câncer1 mais comum no estômago2 é o chamado adenocarcinoma4. O adenocarcinoma4 começa em um dos tipos de células5 comuns encontrados na parte interna da parede do estômago2. Os outros tipos de cânceres gástricos são mais raros. O câncer1 de estômago2 está em terceiro lugar na incidência6 geral de todos os cânceres entre homens e no quinto lugar entre as mulheres.
Quais são as causas do câncer1 de estômago2?
Como com quase todos os tumores, as causas do câncer1 de estômago2 não são inteiramente conhecidas. No entanto, sabe-se de alguns fatores que aumentam a incidência6 desse tipo de câncer1, são eles:
- História familiar de câncer1 (principalmente de estômago2) ou de pólipo7 gástrico.
- Gastrite8 atrófica9 ou anemia perniciosa10.
- Infecção11 pela bactéria12 Helicobacter pylori (bactéria12 que também pode causar úlceras13 gástricas).
- Tabagismo.
- Certos tipos de carnes, especialmente carnes salgadas, parecem aumentar o risco. Em compensação, frutas cítricas, verduras e leite parecem atuar como fatores de proteção.
Quais são os principais sinais14 e sintomas15 do câncer1 de estômago2?
Os principais sinais14 e sintomas15 do câncer1 de estômago2 são:
- Dor na “boca do estômago”.
- Sensação de “estômago cheio”.
- Emagrecimento.
- Vômitos16 com sangue17.
- Azia18 intensa.
- Diarreia19.
- Constipação20 intestinal.
- Fadiga21.
- Fraqueza.
- Sangue17 nas fezes.
- Dificuldade para se alimentar.
No entanto, faz-se necessário certo cuidado na observação desses sintomas15 porque, isoladamente, eles podem aparecer também em outras afecções22 e, se forem negligenciados, eles permitirão ao câncer1 crescer muito sem ser diagnosticado. Outros sintomas15 podem ainda aparecer em estágios avançados da doença (caquexia23, icterícia24, dor à palpação25 do estômago2).
Como o médico diagnostica o câncer1 de estômago2?
Uma primeira suspeita pode ser levantada a partir da história clínica e das queixas dos pacientes. Em seguida, podem ser feitos uma endoscopia26, exames de imagens e pesquisa de sangue17 oculto nas fezes, mas a certeza definitiva do tipo de tumor27 só é obtida por meio de uma biópsia28. A endoscopia26 é feita através do endoscópio, um fino tubo introduzido geralmente pela boca29 do paciente, portando uma microcâmera em sua extremidade, que permite a visualização direta do interior do esôfago30, estômago2 e parte proximal31 do duodeno32. Imagens podem ser obtidas, seja por uma seriografia gastrointestinal (série de radiografias do esôfago30 e do estômago2, após o paciente ter tomado um contraste); pela ultrassonografia33 endoscópica (um endoscópio é inserido através da boca29, contendo em sua extremidade uma sonda que emite ultrassons - sons de alta frequência, cujos ecos formam imagens dos tecidos do corpo); pela tomografia computadorizada34; pela ressonância magnética35 ou ainda por meio da videolaparoscopia (um tubo fino e iluminado, contendo uma minicâmera em sua extremidade - laparoscópio36, é inserido no interior do abdome37 através de pequenas incisões38 feitas na sua parede, permitindo a sua visualização. Pode-se também, em alguns casos, realizar-se parte da cirurgia para tratamento por esse método) ou pelo PET SCAN (um exame que combina a tomografia computadorizada34 e uma espécie de cintilografia39). A biópsia28 geralmente é feita durante a endoscopia26 e pode mostrar se as alterações no estômago2 são ou não câncer1 e determinar o tipo do tumor27.
Como o médico trata o câncer1 de estômago2?
O tratamento é quase sempre cirúrgico, mas a extensão e o tipo da cirurgia dependerão do estágio em que se encontra o câncer1. Nos estágios iniciais, o câncer1 é restrito à mucosa40 e à submucosa gástricas; em estágios mais avançados, ele pode já ter atingido linfonodos41 abdominais e mesmo outros órgãos, como o fígado42, por exemplo. No primeiro caso a cirurgia é mais simples e oferece uma possibilidade de cura de quase 100%. Nos outros, ela é mais complexa, ou mesmo impossível. Daí a importância de um diagnóstico43 precoce. Pode ser feita, conforme o caso, uma gastrectomia parcial ou total, com retirada dos linfonodos41 regionais. Além da cirurgia e geralmente em combinação com ela, podem ser feitas radioterapia44 (tratamento que utiliza a radiação para matar células5 cancerosas ou impedi-las de crescer) e/ou quimioterapia45 (tratamento que usa medicamentos para fazer cessar o crescimento das células5 cancerosas, matá-las ou impedi-las de se dividir). Se diagnosticado no início, o câncer1 de estômago2 tem um bom prognóstico46 e, em muitos casos, pode ser completamente curado.
E após a cirurgia de câncer1 de estômago2?
Nos dias imediatos que se seguem à cirurgia, o paciente deve ficar sem se alimentar pela boca29 e depois seguir a dieta recomendada pelo médico; mas aos poucos passará a levar um vida relativamente normal, bastando apenas certos cuidados com a alimentação, tais como:
- Abster-se de alimentos ou bebidas que causem muitos gases ou que sejam muito condimentados.
- Evitar frituras e alimentos muito gordurosos.
- Mastigar bem os alimentos.
- O álcool, usado com moderação, não está proibido. Deve-se apenas evitar bebidas como as cervejas ou certos refrigerantes, pelo excesso de gases que contêm.
Como cuidar bem do estômago2 e diminuir as chances de ter um câncer1 de estômago2?
- Evitar o fumo, alimentos mal conservados, muito condimentados ou muito salgados.
- Alimentar-se a cada três ou quatro horas, mastigando bem os alimentos.
- Investigar sempre as causas da dor de estômago2 e não tomar antiácidos47 por tempo indeterminado, sem prescrição médica.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.