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Prefixos e sufixos em Medicina

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O que são prefixos e sufixos em Medicina?

São mais de 13.000 os termos novos que um médico ou estudante de medicina precisa conhecer para manejar a sua ciência. Este número é maior do que o contido no léxico de muitas línguas e seria impossível memorizar tudo se não fosse pela criação de uma linguagem especial. É com o intuito de facilitar a tarefa de memorizar esses termos que foi criada uma linguagem médica específica. Ela pode parecer difícil de compreender para o leigo, mas é essencial para os que atuam nas profissões médicas e paramédicas.

Essa linguagem é constituída por radicais gregos ou latinos que nomeiam órgãos, funções ou procedimentos, aos quais se acrescentam prefixos e/ou sufixos e desinências, também gregos ou latinos.

Prefixos são partículas que se antepõem ao radical, modificando o sentido da palavra. Sufixos são partículas que se pospõem ao radical, para formação de derivados da mesma palavra. Desinência é o elemento final da palavra, indicativa da flexão de gênero, número, modo, tempo, pessoa ou voz (se passiva ou ativa).

A relação que oferecemos abaixo é apenas uma pequena amostra da quase inabarcável lista de prefixos e sufixos gregos e latinos utilizados para compor o vocabulário médico.

Por que usar prefixos e sufixos gregos ou latinos em Medicina?

Esses prefixos e sufixos são destinados a conferir às suas raízes mais especificidade e melhor compreensão, indicando a natureza dos problemas que a afetam, sendo compreensíveis em diversos idiomas e culturas.

Assim, a palavra esplenectomia, por exemplo, que é a retirada do baço1, é a mesma em várias línguas, porque ela parte da palavra spléin, que em grego significa baço1, e do sufixo ecto, que significa algo que será retirado. E isso apesar de que a palavra baço1 seja spleen, no inglês; mitz, em alemão; rate, em francês; milza, em italiano; bazo, em espanhol; etc.

Seguindo esse mesmo critério, pode-se falar em disfagia2, apendicite3, antibióticos, cistoscópio ou paracentese4 de modo compreensível em vários idiomas.

Quais são os prefixos mais usados em Medicina e o que significam?

São quase incontáveis os prefixos gregos ou latinos usados em Medicina para especificar o sentido das palavras, mas entre os principais contam-se os seguintes.

  • A-: indica ausência ou negação. Exemplos: apneia5, ausência de respiração; acromia, ausência de cor; atrofia6, ausência de trofismo; atóxico, não tóxico.
  • Anti-: indica oposição ou prevenção, como em antiviral, que combate o vírus7; anti-inflamatório, que diminui a inflamação8; antibióticos, que impedem os seres de viver.
  • Auto-: indica relacionamento consigo mesmo, como em autoimune9, relacionado ao próprio sistema imunológico10; autoexame, um exame do próprio corpo.
  • Bi-: significa dois ou duplicado. Exemplos: binocular, que se refere à visão11 com ambos os olhos12; bilateral, que se refere aos dois lados ou dois órgãos do corpo.
  • Bio-: indica relacionamento com a vida, como em biologia, estudo da vida; bioética, estudo ético relacionado à vida; biotério, viveiro para conservar animais vivos para experiências médicas futuras.
  • Bradi-: significa abaixo do comum, mais lento que o usual. Exemplos: bradipneia, ritmo diminuído das incursões respiratórias; bradipsiquismo, ritmos psíquicos lentificados.
  • Dia-: significa através de, por meio de. Exemplos: diagnóstico13, por meio da gnose; diálise14, por meio da lise15 (destruição).
  • Dis-: significa transtorno ou dificuldade de executar uma função. Exemplos: disfagia2, dificuldade de engolir; dispneia16, dificuldade de respirar; dislalia, dificuldade de falar.
  • Ecto-: significa externo ou fora de. Exemplos: ectoplasma, fora do plasma17 celular; ectoparasita, parasitas que infestam a parte externa do corpo (carrapatos, pulgas, ácaros, etc.).
  • Endo-: significa dentro de, interno. Exemplos: endocardite18, inflamação8 da camada interna do coração19; endoscopia20, visão11 do interior do corpo ou de um órgão.
  • Epi-: significa acima de. Exemplos: epidural21, acima da dura máter (uma das camadas que envolvem o cérebro22); epiderme23, acima da derme24 (a camada média da pele25).
  • Eu-: indica que algo está bom ou bem. Exemplos: eutrófico, algo com um trofismo normal; eupneia, respiração normal.
  • Exo-: aquilo que está projetado para fora. Exemplos: exoftalmia, olho26 projetado para fora da órbita; exocitose27, posto para fora da célula28.
  • Hemi-: indica metade. Exemplos: hemiparético, paralisado em apenas uma das metades do corpo; hemicrania, que afeta apenas uma das metades laterais do crânio29.
  • Hemo-: indica uma relação com o sangue30, como em hemofilia31, doença que afeta a coagulação32 do sangue30; hematoma33, acúmulo de sangue30 fora dos vasos sanguíneos34.
  • Histo-: indica uma relação com tecidos orgânicos. Exemplos: histologia, que indica estudo dos tecidos orgânicos; histoquímica, que estuda as reações químicas dos tecidos.
  • Hiper-: indica aumento. Exemplos: hiperglicemia35, índices elevados de açúcar36 no sangue30; hipertricose37, excesso de pelos no corpo.
  • Hipo-: indica diminuição. Exemplos: hipotireoidismo38, diminuição do funcionamento da glândula39 tireoide40; hipocromia41, diminuição da coloração da pele25.
  • Meta-: indica mudança. Exemplos: metacarpo42, modificação do carpo; metamorfose, modificação da forma.
  • Neo-: indica algo novo. Exemplos: neoplasia43, nova plasia das células44; neonato45, aquele que acabou de nascer.
  • Neuro-: indica relacionamento com o sistema nervoso46, como em neurocirurgia, cirurgia do sistema nervoso46; neuropatia47, doença dos nervos.
  • Oligo-: indica diminuição. Exemplos: oligúria48, diminuição da urina49; oligospermia, diminuição da produção de espermatozoides50.
  • Orto-: indica algo normal ou correto. Exemplos: ortopedia51, pisar normal; ortomolecular, estado de normalidade celular.
  • Pan-: significa todos os elementos de uma série ou totalidade: Exemplos: pancitopenia52, algo que afeta todas as células44; pancolite, uma inflamação8 que afeta a totalidade do cólon53.
  • Para-: significa perto de, ou ao lado de. Exemplos: paratireoide, glândulas54 ao lado da glândula39 tireoide40; paramédicos, ao lado dos médicos.
  • Peri-: significa perto de, em torno de. Exemplos: perimenopausa, logo antes da menopausa55; pericardite56, inflamação8 da membrana que envolve o coração19; perioperatório, quadro clínico que surge logo depois de uma operação.
  • Poli-: indica muito. Exemplo: poliúria57, muita urina49; polidipsia58, muita sede.
  • Pro-: significa anterioridade, antecedência. Exemplos: proglote59, região da laringe60 anterior à glote61; prognóstico62, conhecimento antecipado da evolução do quadro clínico.
  • Taqui-: significa acelerado. Exemplos: taquipneia63, respiração acelerada; taquipsíquico, psiquismo acelerado.

Quais são os sufixos mais usados em Medicina e o que significam?

Da mesma forma que os prefixos, existem muitos sufixos utilizados em Medicina que são adicionados ao final da palavra para especificar o significado delas e uniformizá-las em várias línguas. Assim, embora o termo coração19 seja heart em inglês, cuore, em italiano, couer em francês, hart em holandês, o termo endocardite18 é o mesmo em todos esses idiomas.

Alguns exemplos comuns de sufixos em Medicina incluem os seguintes.

  • -algia: indica dor. Exemplos: neuralgia64, dor nervosa; cefalalgia, dor de cabeça65.
  • -ase: indica uma enzima66 que age sob a respectiva substância. Exemplos: amilase, enzima66 que atua sobre o amido; lipase, enzima66 que atua sobre as gorduras.
  • -cele: significa inchaço67 ou hérnia68. Exemplo: hidrocele69, acúmulo anormal de fluido no interior da bolsa que contém os testículos70; onfalocele, alteração congênita71 em que ocorre a presença de órgãos fora da cavidade abdominal72.
  • -iase: doença causada por um parasita73 ou bactéria74. Exemplos: amebíase, doença causada pela ameba; hanseníase (também denominada lepra75), doença causada pelo bacilo76 Mycobacterium leprae.
  • -ite: indica inflamação8, como em bronquite, inflamação8 dos brônquios77; ou em gastrite78, inflamação8 do estômago79.
  • -oide: significa semelhante a algo. Exemplos: esquizoide, semelhante à esquizofrenia80; cefaloide, semelhante à cabeça65; opioide, semelhante ao ópio.
  • -oma: indica um tumor81 ou massa anormal. Exemplos: carcinoma82, tumor81 da pele25; adenoma83, tumor81 de uma glândula39; timoma, tumor81 do timo84.
  • -ose: indica uma condição mórbida. Exemplos: osteoporose85, em que os ossos ficam rarefeitos em sua estrutura; virose, doença causada por vírus7; nefrose86, doença não inflamatória dos rins87; artrose88, doença não inflamatória das articulações89.
  • -scopia: indica examinar visualmente com um instrumento. Exemplos: colonoscopia90, exame do cólon53 com um instrumento chamado colonoscópio; laparoscopia91, exame através da parede do abdome92 com um instrumento chamado laparoscópio93.

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do MSD Manuals e da UNIVATES - Universidade do Vale do Taquari.

ABCMED, 2024. Prefixos e sufixos em Medicina. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/1467002/prefixos-e-sufixos-em-medicina.htm>. Acesso em: 27 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Baço:
2 Disfagia: Sensação consciente da passagem dos alimentos através do esôfago. Pode estar associado a doenças motoras, inflamatórias ou tumorais deste órgão.
3 Apendicite: Inflamação do apêndice cecal. Manifesta-se por abdome agudo, e requer tratamento cirúrgico. Sua complicação mais freqüente é a peritonite aguda.
4 Paracentese: Retirada de líquido orgânico por meio de punção.
5 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
6 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
7 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
8 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
9 Autoimune: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
10 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
11 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
12 Olhos:
13 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
14 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
15 Lise: 1. Em medicina, é o declínio gradual dos sintomas de uma moléstia, especialmente de doenças agudas. Por exemplo, queda gradual de febre. 2. Afrouxamento, deslocamento, destruição de aderências de um órgão. 3. Em biologia, desintegração ou dissolução de elementos orgânicos (tecidos, células, bactérias, microrganismos) por agentes físicos, químicos ou enzimáticos.
16 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
17 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
18 Endocardite: Inflamação aguda ou crônica do endocárdio. Ela pode estar preferencialmente localizada nas válvulas cardíacas (endocardite valvular) ou nas paredes cardíacas (endocardite parietal). Pode ter causa infecciosa ou não infecciosa.
19 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
20 Endoscopia: Método no qual se visualiza o interior de órgãos e cavidades corporais por meio de um instrumento óptico iluminado.
21 Epidural: Mesmo que peridural. Localizado entre a dura-máter e a vértebra (diz-se do espaço do canal raquidiano). Na anatomia geral e na anestesiologia, é o que se localiza ou que se faz em torno da dura-máter.
22 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
23 Epiderme: Camada superior ou externa das duas camadas principais da pele.
24 Derme: Camada interna das duas principais camadas da pele. A derme é formada por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, glândulas sebáceas e sudoríparas, nervos, folículos pilosos e outras estruturas. É constituída por uma fina camada superior que é a derme papilar e uma camada mais grossa, mais baixa, que é a derme reticular.
25 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
26 Olho: s. m. (fr. oeil; ing. eye). Órgão da visão, constituído pelo globo ocular (V. este termo) e pelos diversos meios que este encerra. Está situado na órbita e ligado ao cérebro pelo nervo óptico. V. ocular, oftalm-. Sinônimos: Olhos
27 Exocitose: Processo ativo no qual o material intracelular é transportado, através de vesículas, para o meio extracelular.
28 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
29 Crânio: O ESQUELETO da CABEÇA; compreende também os OSSOS FACIAIS e os que recobrem o CÉREBRO. Sinônimos: Calvaria; Calota Craniana
30 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
31 Hemofilia: Doença transmitida de forma hereditária na qual existe uma menor produção de fatores de coagulação. Como conseqüência são produzidos sangramentos por traumatismos mínimos, sobretudo em articulações (hemartrose). Sua gravidade depende da concentração de fatores de coagulação no sangue.
32 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
33 Hematoma: Acúmulo de sangue em um órgão ou tecido após uma hemorragia.
34 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
35 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
36 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
37 Hipertricose: É a transformação de pêlos velus (de textura fina e distribuídos em todo o corpo) em pêlos terminais (mais grossos e escuros). Não é causada por um aumento na produção de androgênios, podendo ser congênita ou adquirida. A hipertricose adquirida pode ser ocasionada por ingestão de medicamentos, algumas doenças metabólicas, como hipotireoidismo e porfirias, ou doenças nutricionais, como anorexia, desnutrição ou síndromes de má absorção.
38 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.
39 Glândula: Estrutura do organismo especializada na produção de substâncias que podem ser lançadas na corrente sangüínea (glândulas endócrinas) ou em uma superfície mucosa ou cutânea (glândulas exócrinas). A saliva, o suor, o muco, são exemplos de produtos de glândulas exócrinas. Os hormônios da tireóide, a insulina e os estrógenos são de secreção endócrina.
40 Tireoide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente.
41 Hipocromia: 1. Falta ou insuficiência de pigmentação. 2. Estado patológico em que a taxa de hemoglobina nos glóbulos vermelhos é menor do que a taxa normal.
42 Metacarpo: Região da MÃO entre o PUNHO e os DEDOS.
43 Neoplasia: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
44 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
45 Neonato: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo ”recentemente-nascido” refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
46 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
47 Neuropatia: Doença do sistema nervoso. As três principais formas de neuropatia em pessoas diabéticas são a neuropatia periférica, neuropatia autonômica e mononeuropatia. A forma mais comum é a neuropatia periférica, que afeta principalmente pernas e pés.
48 Oligúria: Clinicamente, a oligúria é o débito urinário menor de 400 ml/24 horas ou menor de 30 ml/hora.
49 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
50 Espermatozóides: Células reprodutivas masculinas.
51 Ortopedia: Especialidade médica que se dedica ao estudo e tratamento do sistema locomotor e da coluna vertebral (ossos, articulações, ligamentos, tendões e músculos).
52 Pancitopenia: É a diminuição global de elementos celulares do sangue (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas).
53 Cólon:
54 Glândulas: Grupo de células que secreta substâncias. As glândulas endócrinas secretam hormônios e as glândulas exócrinas secretam saliva, enzimas e água.
55 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
56 Pericardite: Inflamação da membrana que recobre externamente o coração e os vasos sanguíneos que saem dele. Os sintomas dependem da velocidade e grau de lesão que produz. Variam desde dor torácica, febre, até o tamponamento cardíaco, que é uma emergência médica potencialmente fatal.
57 Poliúria: Diurese excessiva, pode ser um sinal de diabetes.
58 Polidipsia: Sede intensa, pode ser um sinal de diabetes.
59 Proglote: Proglote ou proglótide é cada um dos segmentos ou metâmeros das tênias.
60 Laringe: É um órgão fibromuscular, situado entre a traqueia e a base da língua que permite a passagem de ar para a traquéia. Consiste em uma série de cartilagens, como a tiroide, a cricóide e a epiglote e três pares de cartilagens: aritnoide, corniculada e cuneiforme, todas elas revestidas de membrana mucosa que são movidas pelos músculos da laringe. As dobras da membrana mucosa dão origem às pregas vocais.
61 Glote: Aparato vocal da laringe. Consiste das cordas vocais verdadeiras (pregas vocais) e da abertura entre elas (rima da glote).
62 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
63 Taquipneia: Aceleração do ritmo respiratório.
64 Neuralgia: Dor aguda produzida pela irritação de um nervo. Caracteriza-se por ser muito intensa, em queimação, pulsátil ou semelhante a uma descarga elétrica. Suas causas mais freqüentes são infecção, lesão metabólica ou tóxica do nervo comprometido.
65 Cabeça:
66 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
67 Inchaço: Inchação, edema.
68 Hérnia: É uma massa circunscrita formada por um órgão (ou parte de um órgão) que sai por um orifício, natural ou acidental, da cavidade que o contém. Por extensão de sentido, excrescência, saliência.
69 Hidrocele: Coleção de líquido em uma cavidade em forma de saco ou bolsa do corpo, especialmente no testículo. Muitas crianças nascem com hidrocele testicular, que é reabsorvida ao longo do tempo, raramente necessitando de algum tratamento.
70 Testículos: Os testículos são as gônadas sexuais masculinas que produzem as células de fecundação ou espermatozóides. Nos mamíferos ocorrem aos pares e são protegidos fora do corpo por uma bolsa chamada escroto. Têm função de glândula produzindo hormônios masculinos.
71 Congênita: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
72 Cavidade Abdominal: Região do abdome que se estende do DIAFRAGMA torácico até o plano da abertura superior da pelve (passagem pélvica). A cavidade abdominal contém o PERiTÔNIO e as VÍSCERAS abdominais, assim como, o espaço extraperitoneal que inclui o ESPAÇO RETROPERITONEAL.
73 Parasita: Organismo uni ou multicelular que vive às custas de outro, denominado hospedeiro. A presença de parasitos em um hospedeiro pode produzir diferentes doenças dependendo do tipo de afecção produzida, do estado geral de saúde do hospedeiro, de mecanismos imunológicos envolvidos, etc. São exemplos de parasitas: a sarna, os piolhos, os áscaris (lombrigas), as tênias (solitárias), etc.
74 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
75 Lepra: Doença infecto-contagiosa crônica, produzida por uma bactéria chamada Bacilo de Hansen ou Micobacterium leprae, e caracterizada principalmente por alterações da pele e dos nervos periféricos. Dependendo da reação imunológica desenvolvida na pessoa infectada, podem estabelecer-se duas formas da doença, lepra lepromatosa e lepra tuberculóide. No passado, era muito temida, sendo o contato com pessoas portadoras desta doença absolutamente proscrito. Hoje, com o tratamento antibiótico adequado, os portadores desta doença podem fazer parte do convívio social normal, sem representar risco à população, desde que acompanhados por médico e em uso dos medicamentos, que são de uso prolongado.
76 Bacilo: 1. Bactéria em forma de bastonete. 2. Designação comum às bactérias do gênero Bacillus, cujas espécies são saprófitas ou patogênicas para os seres humanos e para os mamíferos.
77 Brônquios: A maior passagem que leva ar aos pulmões originando-se na bifurcação terminal da traquéia. Sinônimos: Bronquíolos
78 Gastrite: Inflamação da mucosa do estômago.
79 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
80 Esquizofrenia: Doença mental do grupo das Psicoses, caracterizada por alterações emocionais, de conduta e intelectuais, caracterizadas por uma relação pobre com o meio social, desorganização do pensamento, alucinações auditivas, etc.
81 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
82 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
83 Adenoma: Tumor do epitélio glandular de características benignas.
84 Timo:
85 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
86 Nefrose: Degeneração do epitélio tubular renal.
87 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
88 Artrose: Também chamada de osteoartrose ou processo degenerativo articular, resulta de um processo anormal entre a destruição cartilaginosa e a reparação da mesma. Entende-se por cartilagem articular, um tipo especial de tecido que reveste a extremidade de dois ossos justapostos que possuem algum grau de movimentação entre eles, sua função básica é a de diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de absorção de choque. O estado de hidratação da cartilagem e a integridade da mesma, é fator preponderante para o não desenvolvimento da artrose.
89 Articulações:
90 Colonoscopia: Estudo endoscópico do intestino grosso, no qual o colonoscópio é introduzido pelo ânus. A colonoscopia permite o estudo de todo o intestino grosso e porção distal do intestino delgado. É um exame realizado na investigação de sangramentos retais, pesquisa de diarreias, alterações do hábito intestinal, dores abdominais e na detecção e remoção de neoplasias.
91 Laparoscopia: Procedimento cirúrgico mediante o qual se introduz através de uma pequena incisão na parede abdominal, torácica ou pélvica, um instrumento de fibra óptica que permite realizar procedimentos diagnósticos e terapêuticos.
92 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
93 Laparoscópio: É um instrumento endoscópico, munido de um sistema óptico, que é introduzido no abdome do paciente para fins diagnósticos ou cirúrgicos.
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