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Aromaterapia: entenda o que é a terapia com óleos essenciais

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O que é aromaterapia?

Segundo a International Federation of Aromatherapists, a aromaterapia, também chamada de terapia com óleos essenciais, é “uma antiga arte e ciência de misturar óleos essenciais extraídos de plantas e outros compostos vegetais para equilibrar, harmonizar e promover a saúde1 do corpo e da mente”. Ela é, pois, uma prática terapêutica2 que utiliza os aromas de óleos essenciais extraídos de plantas para promover o bem-estar físico, mental e emocional.

Os óleos essenciais são compostos voláteis e altamente concentrados extraídos de diferentes partes de plantas, como flores, folhas, cascas, raízes e sementes. Cada óleo essencial possui propriedades específicas e acredita-se que eles possam ter efeitos terapêuticos quando inalados, aplicados na pele3 ou até mesmo ingeridos, em alguns casos específicos.

Tem-se registros dessa prática feitos há mais de 2.000 anos a.C. Contudo, o termo “aromaterapia” foi publicado pela primeira vez por Maurice René de Gattefossé, químico francês, em 1920.

Por que utilizar a aromaterapia?

Todos sabem que os cheiros têm uma grande influência sobre as pessoas, especialmente sobre sua parte emocional. A variedade de perfumes existentes comercialmente atestam esta realidade. Diferentes cheiros podem levar a diferentes comportamentos. Há cheiros aversivos, atrativos, estimulantes, relaxantes, calmantes, etc. E, além disso, é possível que alguns deles tenham ações fisiológicas4.

A aromaterapia é considerada por alguns como uma forma de medicina alternativa, sendo frequentemente utilizada como uma forma complementar de cuidados de saúde1 para aliviar sintomas5, como estresse, ansiedade, dores musculares, insônia e outros problemas relacionados ao bem-estar.

Seus entusiastas alegam que ela tem efeitos favoráveis para quem sofre náuseas6, dores no corpo, ansiedade, fadiga7, insônia, dores musculares, problemas menstruais e da menopausa8, queda de cabelo9 e muitas outras condições médicas, mas esses e outros usos não são apoiados por evidências científicas sólidas.

A aromaterapia é reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde1) como uma linha complementar de tratamentos de saúde1. No Brasil, ela faz parte das “Práticas Integrativas e Complementares” utilizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde1).

Embora muitas pessoas relatem benefícios pessoais com a aromaterapia, ela não deve substituir os tratamentos médicos convencionais.

Veja sobre “Homeopatia”, “Acupuntura”, “Musicoterapia” e “Meditação”.

Como funciona a aromaterapia?

Cada óleo essencial tem propriedades específicas e a escolha do óleo depende do objetivo terapêutico. Por exemplo, a lavanda é conhecida por suas propriedades calmantes, enquanto o óleo essencial de eucalipto é associado à respiração mais fácil. Acredita-se ainda que, dependendo do óleo, o resultado pode ser relaxante ou estimulante, e que determinados óleos estimulariam o corpo a produzir substâncias que combatem a dor.

Quando aplicados na pele3, os óleos essenciais são absorvidos e podem ter efeitos locais e sistêmicos10. Alguns dos óleos essenciais têm propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias e relaxantes, e ainda, segundo defensores da aromaterapia, os aromas podem afetar o humor, as emoções e até mesmo a memória, ativando o sistema límbico no cérebro11.

Além disso, diz-se que a inalação desses óleos poderia afetar o sistema nervoso autônomo12, influenciando a frequência cardíaca, a pressão arterial13 e a respiração.

Como usar a aromaterapia?

As essências aromáticas podem ser usadas de diversas maneiras.

  1. Difusores de óleo essencial: por meio de um difusor, o óleo essencial pode dispersar os aromas no ambiente. Algumas gotas de óleo essencial podem ser adicionadas à água para fazer com que o difusor propague a fragrância pelo ambiente.
  2. Inalação direta: a pessoa pode colocar algumas gotas de óleo essencial em um lenço ou almofada e inalar profundamente, ou adicionar algumas gotas em suas mãos14, esfregá-las e inalar.
  3. Banho aromático: usando óleos essenciais solúveis em água, a pessoa pode adicionar algumas gotas de óleo essencial à água do banho.
  4. Massagem: a pessoa pode misturar óleos essenciais com um óleo próprio de massagem e aplicar suavemente na pele3 para desfrutar também dos benefícios terapêuticos da aromaterapia.
  5. Sprays de ambiente: pode-se misturar água com algumas gotas de óleo essencial em um frasco de spray e borrifar o ambiente, para aromatizar o espaço ao redor.
  6. Compressas: algumas gotas de óleo essencial podem ser adicionadas à água quente que aquecerá uma compressa e a mesma pode ser aplicada sobre a testa, pescoço15 ou qualquer outra área desejada.
  7. Incorporação em produtos de cuidados pessoais: algumas gotas de óleo essencial podem ser adicionadas aos produtos de cuidados pessoais, como xampus, condicionadores, loções, etc.
  8. Aromaterapia de almofadas ou travesseiros: algumas gotas de óleo essencial podem ser colocadas em uma almofada ou travesseiro antes de dormir.
  9. Aromaterapia para meditação: a utilização de óleos essenciais calmantes pode ajudar a criar um ambiente mais propício à prática da meditação.

Os óleos essenciais são altamente concentrados e algumas pessoas podem ser sensíveis a certos óleos. É, pois, recomendável fazer um teste de contato antes de aplicá-los diretamente na pele3.

Leia sobre “Medicina preventiva”, “Método de Busquet”, “Alimentação saudável” e “Atividade física”.

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic, da Cleveland Clinic e do WebMD.

ABCMED, 2024. Aromaterapia: entenda o que é a terapia com óleos essenciais. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/vida-saudavel/1466947/aromaterapia-entenda-o-que-e-a-terapia-com-oleos-essenciais.htm>. Acesso em: 27 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
2 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
3 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
4 Fisiológicas: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
5 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
6 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
7 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
8 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
9 Cabelo: Estrutura filamentosa formada por uma haste que se projeta para a superfície da PELE a partir de uma raiz (mais macia que a haste) e se aloja na cavidade de um FOLÍCULO PILOSO. É encontrado em muitas áreas do corpo.
10 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
11 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
12 Sistema nervoso autônomo: Parte do sistema nervoso que controla funções como respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e da digestão.
13 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
14 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
15 Pescoço:
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