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Linfoma de Hodgkin: uma neoplasia com elevado potencial de cura

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O que é linfoma1 de Hodgkin?

O Linfoma1 de Hodgkin (LH), anteriormente chamado doença de Hodgkin2, é um tipo de câncer3 que afeta o sistema linfático4, parte integrante do sistema imunológico5. O sistema linfático4 é composto por linfonodos6 (ou gânglios linfáticos7), vasos linfáticos e outros tecidos que produzem linfócitos, células8 de defesa que podem sofrer transformação maligna. Além de atuar na defesa imunológica, o sistema linfático4 participa da drenagem9 de líquidos intersticiais do organismo.

O LH se origina, na maioria dos casos, nos linfonodos6, que são pequenas estruturas em forma de feijão espalhadas pelo corpo, responsáveis por proteger contra microrganismos e outros agentes nocivos. A transformação maligna leva à formação da célula10 de Reed-Sternberg, considerada patognomônica11. A presença dessa célula10 desencadeia uma resposta inflamatória local, sendo circundada por diversos tipos de células8 normais de defesa, formando, em conjunto, a massa tumoral característica da doença.

Leia também sobre "Outros tipos de linfomas" e "Linfoma1 não Hodgkin".

Quais são as causas do linfoma1 de Hodgkin?

As causas exatas do LH permanecem desconhecidas, mas sabe-se que se trata de uma doença adquirida, não hereditária. Estudos sugerem que o vírus12 Epstein-Barr (agente da mononucleose infecciosa13) pode induzir alterações no DNA de linfócitos, favorecendo a transformação neoplásica14.

São descritas mutações nos genes NF-κB (associado à sobrevivência15 celular) e JAK/STAT (relacionados à proliferação celular), além de alterações em genes supressores tumorais, como o SOCS1, e amplificação do locus 9p24.1. Estados de imunossupressão16 ou doenças autoimunes17 também aumentam o risco, possivelmente pela redução da vigilância imunológica.

O LH representa cerca de 20% dos linfomas e pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum em adultos jovens, entre 25 e 30 anos.

Qual é o substrato fisiopatológico do linfoma1 de Hodgkin?

O substrato fisiopatológico do LH está relacionado ao aparecimento de células8 neoplásicas18 específicas, as células8 de Reed-Sternberg (grandes, multinucleadas e anormais) em um microambiente inflamatório característico.

Essas células8 derivam de linfócitos B do centro germinativo19 que sofreram mutações genéticas e escaparam da apoptose20. Apesar de apresentarem rearranjos nos genes de imunoglobulinas21, não expressam imunoglobulinas21 funcionais. Embora correspondam a apenas 1–5% das células8 tumorais, secretam citocinas22 e quimiocinas que recrutam linfócitos T, macrófagos23, eosinófilos24 e outras células8 inflamatórias, criando um microambiente de suporte à proliferação e sobrevivência15 tumoral.

 Quais são as características clínicas do linfoma1 de Hodgkin?

O LH pode surgir em qualquer local onde haja tecido linfoide25, mas é mais frequente em linfonodos6 cervicais, mediastinais e axilares. O padrão de disseminação costuma ser contíguo, avançando de um grupo de linfonodos6 para o próximo.

Os sintomas26 podem ser gerais ou locais, dependendo da localização do acometimento.

  • Sintomas26 constitucionais (“B”): febre27 (>37,9 °C), sudorese28 noturna profusa e perda de peso não explicada (>10% em 6 meses).
  • Prurido29 cutâneo30: frequentemente associado à pele31 seca, eritema32 e descamação33; em alguns casos, pequenas vesículas34 nas mãos35 ou pés.
  • Linfadenomegalia: aumento indolor dos linfonodos6, principalmente em pescoço36, axilas ou virilhas.
  • Sintomas26 compressivos: tosse e dispneia37 em massas mediastinais; distensão abdominal e plenitude gástrica em acometimento abdominal ou retroperitoneal38.

Como o médico diagnostica o linfoma1 de Hodgkin?

O diagnóstico39 requer anamnese40 detalhada, exame físico completo (com ênfase na palpação41 de linfonodos6 e avaliação de fígado42 e baço43), exames laboratoriais e de imagem, além de confirmação histopatológica.

Exames laboratoriais podem revelar anemia44, leucocitose45, VHS46 elevada e alterações de proteínas47 séricas. Tomografia computadorizada48 e PET-CT são fundamentais para avaliar extensão e estadiamento. Ressonância magnética49 e radiografias têm uso mais restrito.

O diagnóstico39 definitivo depende da biópsia50 excisional do linfonodo51 acometido, que permite a identificação das células8 de Reed-Sternberg. Imuno-histoquímica com positividade para CD15 e CD30 ajuda a diferenciar o LH de outros linfomas. Após confirmação, o estadiamento de Ann Arbor (I–IV) é definido com base na extensão anatômica e nos sintomas26.

Veja sobre "Linfoma1 de Burkitt", "Linfoma1 cutâneo30", "Síndrome paraneoplásica52" e "Leucemias".

Como o médico trata o linfoma1 de Hodgkin?

O LH é altamente curável na maioria dos casos. O tratamento depende do estágio e da presença de fatores prognósticos.

  • Quimioterapia53: baseia-se em esquemas combinados (ex.: ABVD – doxorrubicina, bleomicina, vinblastina, dacarbazina), administrados por via intravenosa, geralmente por 2–6 meses.
  • Radioterapia54: utilizada em áreas localizadas, isoladamente em estágios iniciais favoráveis ou combinada à quimioterapia53.
  • Imunoterapia: inclui anticorpos55 monoclonais e conjugados (ex.: brentuximabe vedotina) para casos refratários56 ou recidivados.
  • Terapia-alvo57: inibidores de checkpoint imune (ex.: nivolumabe, pembrolizumabe) têm papel crescente em doença recidivada.
  • Transplante autólogo de células-tronco58 hematopoiéticas: indicado para recidiva59 ou refratariedade após tratamento de primeira linha.
  • Transplante alogênico: reservado a casos selecionados, geralmente após falha do transplante autólogo.

Como evolui o linfoma1 de Hodgkin?

O prognóstico60 é favorável na maioria dos pacientes. As taxas de cura ultrapassam 80-85%, mesmo em alguns estágios avançados, especialmente quando não há doença volumosa e poucos sítios linfonodais estão acometidos. Idade, estado funcional, presença de sintomas26 “B” e carga tumoral influenciam diretamente nos resultados.

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic e da U.S. National Library of Medicine.

ABCMED, 2025. Linfoma de Hodgkin: uma neoplasia com elevado potencial de cura. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1492815/linfoma-de-hodgkin-uma-neoplasia-com-elevado-potencial-de-cura.htm>. Acesso em: 8 ago. 2025.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Linfoma: Doença maligna que se caracteriza pela proliferação descontrolada de linfócitos ou seus precursores. A pessoa com linfoma pode apresentar um aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, do baço, do fígado e desenvolver febre, perda de peso e debilidade geral.
2 Doença de Hodgkin: Doença neoplásica que afeta o tecido linfático, caracterizada por aumento doloroso dos gânglios linfáticos do pescoço, axilas, mediastino, etc., juntamente com astenia, prurido (coceira) e febre. Atualmente pode ter uma taxa de cura superior a 80%.
3 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
4 Sistema Linfático: Um sistema de órgãos e tecidos que processa e transporta células imunes e LINFA.
5 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
6 Linfonodos: Gânglios ou nodos linfáticos.
7 Gânglios linfáticos: Estrutura pertencente ao sistema linfático, localizada amplamente em diferentes regiões superficiais e profundas do organismo, cuja função consiste na filtração da linfa, maturação e ativação dos linfócitos, que são elementos importantes da defesa imunológica do organismo.
8 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
9 Drenagem: Saída ou retirada de material líquido (sangue, pus, soro), de forma espontânea ou através de um tubo colocado no interior da cavidade afetada (dreno).
10 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
11 Patognomônica: Diz-se de sinal próprio e característico de uma doença; diacrítico.
12 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
13 Mononucleose infecciosa: Doença de progressão benigna, muito comum, causada pela infecção pelo vírus Epstein-Barr e transmitida pelo contato com saliva contaminada. Seus sintomas incluem: mal-estar, dor de cabeça, febre, dor de garganta, ínguas principalmente no pescoço, inflamação do fígado. Acomete mais freqüentemente adolescentes e adultos jovens.
14 Neoplásica: Que apresenta neoplasia, ou seja, que apresenta processo patológico que resulta no desenvolvimento de neoplasma ou tumor. Um neoplasma é uma neoformação de crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular.
15 Sobrevivência: 1. Ato ou efeito de sobreviver, de continuar a viver ou a existir. 2. Característica, condição ou virtude daquele ou daquilo que subsiste a um outro. Condição ou qualidade de quem ainda vive após a morte de outra pessoa. 3. Sequência ininterrupta de algo; o que subsiste de (alguma coisa remota no tempo); continuidade, persistência, duração.
16 Imunossupressão: Supressão das reações imunitárias do organismo, induzida por medicamentos (corticosteroides, ciclosporina A, etc.) ou agentes imunoterápicos (anticorpos monoclonais, por exemplo); que é utilizada em alergias, doenças autoimunes, etc. A imunossupressão é impropriamente tomada por alguns como sinônimo de imunodepressão.
17 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
18 Neoplásicas: Que apresentam neoplasias, ou seja, que apresentam processo patológico que resulta no desenvolvimento de neoplasma ou tumor. Um neoplasma é uma neoformação de crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular.
19 Centro Germinativo: Centro ativado de um folículo linfóide (em tecido linfóide secundário), onde os LINFÓCITOS B são estimulados por antígenos e células T auxiliares (LINFÓCITOS T AUXILIAR-INDUTOR) são estimuladas a gerarem células de memória.
20 Apoptose: Morte celular não seguida de autólise, também conhecida como ”morte celular programada”.
21 Imunoglobulinas: Proteína do soro sanguíneo, sintetizada pelos plasmócitos provenientes dos linfócitos B como reação à entrada de uma substância estranha (antígeno) no organismo; anticorpo.
22 Citocinas: Citoquina ou citocina é a designação genérica de certas substâncias segregadas por células do sistema imunitário que controlam as reações imunes do organismo.
23 Macrófagos: É uma célula grande, derivada do monócito do sangue. Ela tem a função de englobar e destruir, por fagocitose, corpos estranhos e volumosos.
24 Eosinófilos: Eosinófilos ou granulócitos eosinófilos são células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo contra parasitas e agentes infecciosos. Também participam de processos inflamatórios em doenças alérgicas e asma.
25 Tecido Linfóide: Tecidos especializados, componentes do sistema linfático. São locais definidos (no corpo), onde vários LINFÓCITOS podem se formar, maturar e se multiplicar, ligados por uma rede de VASOS LINFÁTICOS.
26 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
27 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
28 Sudorese: Suor excessivo
29 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
30 Cutâneo: Que diz respeito à pele, à cútis.
31 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
32 Eritema: Vermelhidão da pele, difusa ou salpicada, que desaparece à pressão.
33 Descamação: 1. Ato ou efeito de descamar(-se); escamação. 2. Na dermatologia, fala-se da eliminação normal ou patológica da camada córnea da pele ou das mucosas. 3. Formação de cascas ou escamas, devido ao intemperismo, sobre uma rocha; esfoliação térmica.
34 Vesículas: Lesões papulares preenchidas com líquido claro.
35 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
36 Pescoço:
37 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
38 Retroperitoneal: Área que ocupa a região mais posterior da CAVIDADE ABDOMINAL. Esta área limita-se lateralmente pelas bordas dos músculos quadrados lombares e se estende do DIAFRAGMA à borda da PELVE verdadeira, continuando então como espaço extraperitoneal pélvico.
39 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
40 Anamnese: Lembrança pouco precisa, reminiscência, recordação. Na filosofia platônica, é a rememoração gradativa através da qual o filósofo redescobre dentro de si as verdades essenciais e latentes que remontam a um tempo anterior ao de sua existência empírica. Na medicina, é o histórico de todos os sintomas narrados pelo paciente sobre o seu caso clínico. É uma espécie de “entrevista†feita pelo profissional da saúde, em que o paciente é submetido a perguntas que ajudarão na condução a um diagnóstico mais preciso. Ela precede o exame físico em uma consulta médica.
41 Palpação: Ato ou efeito de palpar. Toque, sensação ou percepção pelo tato. Em medicina, é o exame feito com os dedos ou com a mão inteira para explorar clinicamente os órgãos e determinar certas características, como temperatura, resistência, tamanho etc.
42 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
43 Baço:
44 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
45 Leucocitose: É o aumento no número de glóbulos brancos (leucócitos) no sangue, geralmente maior que 8.000 por mm³. Ocorre em diferentes patologias como em resposta a infecções ou processos inflamatórios. Entretanto, também pode ser o resultado de uma reação normal em certas condições como a gravidez, a menstruação e o exercício muscular.
46 VHS: É a velocidade com que os glóbulos vermelhos se separam do “soro†e se depositam no fundo de um tubo de ensaio, se este tubo com sangue é deixado parado (com anticoagulante). Os glóbulos vermelhos (hemácias) são puxados para baixo pela gravidade e tendem a se aglomerar no fundo do tubo. No entanto, eles são cobertos por cargas elétricas negativas e, quando vão se aproximando do fundo, repelem-se umas às outras, como cargas iguais de ímãs. Essa força magnética de repulsão se contrapõe à gravidade e naturalmente diminui a velocidade com que as hemácias caem. Se junto com as hemácias, nadando no plasma, haja outras estruturas de cargas positivas, estas vão anular as cargas negativas das hemácias e também a repulsão magnética entre elas, permitindo sua aglutinação. Neste caso a gravidade age sozinha e a velocidade com que elas caem (velocidade de hemossedimentação) é acelerada. O VHS é expresso como o número de milímetros que o sangue sedimentou (no tubo) no espaço de uma hora (mm/h).
47 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
48 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
49 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
50 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
51 Linfonodo: Gânglio ou nodo linfático.
52 Síndrome paraneoplásica: Conjunto de manifestações de caráter imunológico ou humoral que podem preceder ou acompanhar uma neoplasia. Entre as manifestações mais freqüentes citam-se a acantose nigrans, diversas artrites, prurido, etc.
53 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
54 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
55 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
56 Refratários: 1. Que resiste à ação física ou química. 2. Que resiste às leis ou a princípios de autoridade. 3. No sentido figurado, que não se ressente de ataques ou ações exteriores; insensível, indiferente, resistente. 4. Imune a certas doenças.
57 Terapia-alvo: Terapia-Alvo Molecular em Câncer ou “Molecular Targeted Therapy of Cancerâ€, em inglês, Ê baseada em substâncias que combatem principalmente as cÊlulas doentes (tumorais), preservando durante um tempo as cÊlulas sadias. Elas inibem um dos receptores responsáveis pela multiplicação da cÊlula tumoral. A indicação, como todos os remÊdios de terapia-alvo, Ê para pacientes com a doença em fase avançada. Ou seja, quando a doença não responde mais à quimioterapia.
58 Células-tronco: São células primárias encontradas em todos os organismos multicelulares que retêm a habilidade de se renovar por meio da divisão celular mitótica e podem se diferenciar em uma vasta gama de tipos de células especializadas.
59 Recidiva: 1. Em medicina, é o reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. 2. Em direito penal, significa recaída na mesma falta, no mesmo crime; reincidência.
60 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
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