Apoptose: o que é? O que a causa? Qual é a sua função?
O que é apoptose1?
A apoptose1 é a morte celular geneticamente programada, não seguida de autólise2 (destruição das células3 pelas enzimas do próprio indivíduo). A apoptose1 é um tipo de autodestruição celular ordenada com uma finalidade biológica definida e que demanda certo gasto de energia para a sua execução, ao contrário da necrose4, que é uma simples degeneração5. A apoptose1 pode também ser causada por um estímulo patológico não fisiológico6, como a lesão7 ao DNA celular, por exemplo. A apoptose1 envolve uma série de alterações morfológicas da célula8 que leva à inativação e fragmentação dela, ao final de seu ciclo, sem extravasar conteúdo tóxico para o meio extracelular, portanto, sem causar dano tecidual. Os restos celulares são fagocitados (englobados e digeridos) por macrófagos9 teciduais, sem danos para as demais células3 do tecido10.
Um símile da apoptose1 celular é a queda das folhas das árvores: uma morte fisiológica11 programada que permite a renovação delas.
Quais são as causas da apoptose1?
A apoptose1 pode ocorrer em virtude de estímulos fisiológicos normais, quando então é útil para manter o equilíbrio interno do organismo, ou por causas patológicas. Entre as primeiras, contam-se vários processos naturais de involução e desaparecimento de certas estruturas anatômicas durante a vida do organismo. Entre as apoptoses patológicas pode-se citar aquelas causadas por estímulos radioativos, químicos ou virais e por lesão7 por isquemia12 ou hipóxia13 moderada.
Quais são as funções da apoptose1?
O processo de apoptose1 é biologicamente fundamental em vários sentidos. É ele que determina, entre outros fatores, o tamanho dos tecidos e órgãos e remove células3 envelhecidas ou alteradas, dando lugar a células3 jovens e sadias. É importante na remoção de células3 que se tornam supérfluas durante a embriogênese14 e o crescimento e na involução natural de tecidos hormônio15-dependentes, quando esses hormônios escasseiam, como ocorre ao longo da idade com a próstata16, a glândula17 mamária e o útero18 ou na involução ovariana que ocorre em determinada fase de cada ciclo menstrual. Tem importância ainda na seleção dos linfócitos dos órgãos linfoides19 e na substituição de células3 da pele20 e do intestino, por exemplo.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.