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Doenças nervosas degenerativas

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O que são doenças nervosas degenerativas1?

As doenças nervosas degenerativas1, também conhecidas como doenças neurodegenerativas, são um grupo de distúrbios médicos que afetam o sistema nervoso2 e levam à progressiva deterioração de suas funções, especialmente das células nervosas3 (neurônios4).

Essas doenças têm um curso crônico5 e progressivo, piorando ao longo do tempo. Elas podem afetar diversas partes do sistema nervoso2, incluindo o cérebro6, a medula espinhal7 e os nervos periféricos.

Essas doenças podem ter diferentes causas, incluindo fatores genéticos, ambientais e, em alguns casos, não ter uma causa clara. Infelizmente, quase todas ainda não têm cura e o tratamento se concentra em aliviar os sintomas8 e retardar a progressão da doença, quando possível.

Leia sobre "Perda de memória", "Delirium9 ou estado confusional em idosos" e "Demência10".

Quais são as principais doenças nervosas degenerativas1?

Alguns exemplos de doenças neurodegenerativas incluem:

Doença de Alzheimer11

A doença de Alzheimer11 ou Mal de Alzheimer12 é uma doença ainda incurável. Ela é a principal causa de demência10 no Brasil, atingindo 1% dos idosos entre 65 e 70 anos e aumentando exponencialmente a sua incidência13 nas idades posteriores, chegando a 60% daqueles com mais de 90 anos. Seu curso é inevitavelmente progressivo, com perda das funções cognitivas e grandes alterações do comportamento.

As causas da doença de Alzheimer11 ainda não são inteiramente conhecidas, mas a evolução dela no sentido de uma demência10 profunda é inevitável. Os tratamentos disponíveis visam tão somente minorar os sintomas8 e melhorar a saúde14 geral, retardando a evolução e controlando algumas alterações de comportamento.

A doença de Alzheimer11 foi descrita pela primeira vez em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer12.

Doença de Parkinson15

A doença de Parkinson15, ou mal de Parkinson, é uma condição degenerativa16 primária do sistema nervoso central17, em que ocorre a morte dos neurônios4 da substância negra (substância nigra) da base de cérebro6, produtora de dopamina18. Ela afeta os movimentos, levando a tremores, rigidez muscular e dificuldades de coordenação.

Na doença, estão envolvidas, além dessas, outras estruturas dependentes da serotonina, noradrenalina19 e acetilcolina20. Ela se inicia geralmente após os 50 anos de idade e acomete cerca de 1% dos indivíduos acima de 65 anos. Foi descrita pela primeira vez por James Parkinson, em 1817.

Esclerose21 lateral amiotrófica

A esclerose21 lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, é uma doença nervosa rara que afeta os homens mais que as mulheres. Em geral, ela começa aos 45-50 anos, comprometendo os neurônios4 motores, levando à fraqueza muscular progressiva e à perda de habilidades motoras, mas preservando a sensibilidade, o intelecto e os órgãos dos sentidos, assim como a função sexual, intestinal e vesical22. Ao longo do tempo, a doença vai evoluindo e incapacita inevitavelmente o portador.

esclerose21 lateral amiotrófica ainda não tem uma causa conhecida, havendo apenas algumas hipóteses sobre fatores que parecem favorecer a enfermidade. Um deles é o uso excessivo da musculatura, o que torna os atletas especialmente predispostos a essa enfermidade. Outros são: uma dieta rica em glutamato ou a ausência de uma proteína, a parvalbumina; processos inflamatórios e tóxicos; etc. Em 10% dos casos, a doença parece ter uma incidência13 familiar, apontando para um fator hereditário.

Coreia de Huntington23

A Coreia de Huntington23, doença de Huntington ou Mal de Huntington é um distúrbio neurológico degenerativo24 hereditário, raro, autossômico25 dominante, que afeta o controle dos movimentos, causando movimentos involuntários e distúrbios cognitivos26 e emocionais. A Coreia de Huntington23 afeta pessoas de todos os grupos étnicos, sexos e idades, mas é mais comum entre europeus e entre os homens do que entre as mulheres.

A base genética da Coreia de Huntington23 é bem estabelecida e sabe-se que ela é causada por um defeito no cromossomo27 4. Se um dos pais tiver a doença, o filho terá 50% de chance de adquirir o gene doente; se ele se tornar portador do gene, a doença se desenvolverá em algum momento da vida e o gene será passado aos filhos dele.

Em cerca de 10% dos casos, os sintomas8 surgem antes dos 20 anos e 5% só apresentam sintomas8 acima dos 60 anos. Embora os principais sintomas8 sejam motores, a doença evolui com perda progressiva de memória e senilidade mental precoce, podendo evoluir para demência10.

Esclerose múltipla28

A esclerose múltipla28 é uma doença crônica, inflamatória e autoimune29 de causa ainda desconhecida e curso inexoravelmente progressivo que afeta o sistema nervoso central17, levando danos à mielina30 (camada protetora que envolve os neurônios4). Afeta a capacidade de comunicação entre as células nervosas3 do cérebro6 e da medula espinhal7. Em geral, a doença evolui por surtos, com sintomas8 motores, sensitivos e sensoriais e períodos de relativa acalmia. Cada surto sintomático31 deixa sequelas32 que progressivamente vão agravando o estado do paciente.

As causas da esclerose múltipla28 ainda não são conhecidas, embora os mecanismos que a produzem e alguns fatores de risco para a doença já são sabidos. As teorias mais aceitas postulam uma causa genética ou infecciosa. Contudo, a esclerose múltipla28 não é inteiramente uma doença hereditária, apesar de algumas variações genéticas aumentarem o risco da doença. Provavelmente, ela é consequência de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e infecciosos, e possivelmente de outros fatores ainda desconhecidos.

Ela afeta adultos jovens, preferentemente as mulheres, mas a gravidez33 parece diminuir progressivamente o ritmo de ocorrência de surtos a cada trimestre de gestação.

Atrofia34 muscular espinhal

A atrofia34 muscular espinhal (AME) ou amiotrofia35 espinhal é uma doença genética rara que leva à degeneração36 progressiva dos neurônios4 motores do corno anterior da medula espinhal7, resultando em fraqueza muscular grave, conduzindo frequentemente à morte precoce. A AME é causada por um defeito genético no gene que codifica uma proteína amplamente necessária para a sobrevivência37 dos neurônios4 motores.

A AME afeta indivíduos de todos os grupos étnicos e a prevalência38 dela em todos eles está na faixa de 1/10.000 indivíduos, embora cerca de 1/50 pessoas sejam portadoras do gene anômalo sem trazer nenhuma consequência para a saúde14.

Existem 4 tipos diferentes de atrofia34 muscular espinhal, mas todos eles têm em comum a perda progressiva da função muscular e a consequente deficiência de mobilidade. Não há cura conhecida para a amiotrofia35 espinhal. Os cuidados com um paciente portador de amiotrofia35 espinhal exigem a atuação em várias áreas, como, por exemplo, medicina, fisioterapia39 e terapia ocupacional40.

As pessoas com amiotrofia35 espinhal tendem a sofrer deterioração de seu estado clínico ao longo do tempo, mas o prognóstico41 varia com o tipo e o ritmo de progressão da doença. Em geral, a morte antes dos 20 anos é frequente, embora, com cuidados adequados, portadores de casos mais amenos podem viver até a idade adulta e vivam para se tornar pais e mesmo avós.

Degeneração macular42

A degeneração macular42 (DM) afeta a mácula43, uma estrutura do olho44 situada no centro da retina45 e responsável pela visão central46 do campo visual47. É mais comum em idosos, devido ao envelhecimento, mas pode acontecer em qualquer idade, devido a outros fatores.

Não se sabe exatamente as razões do porque que isso acontece, mas alguns fatores de risco são conhecidos: predisposição genética; traumatismos; exposição excessiva à luz solar; hipertensão arterial48; obesidade49; diabetes50; dietas pobres em zinco; deficiência de vitamina51 C, vitamina51 A, betacaroteno e luteína52; fumo; e inflamações53.

No início, a perda visual pode ser pouco perceptível. Os sintomas8 surgem aos poucos, até atingirem níveis maiores. Com a perda parcial da mácula43, torna-se difícil ou impossível ler ou reconhecer rostos, por exemplo, embora a visão periférica54 permaneça atuante. A degeneração macular42 pode acontecer apenas em um olho44 ou afetar os dois olhos55 ao mesmo tempo, mas os pacientes não chegam a ficar completamente cegos porque ainda lhes resta a visão periférica54. No entanto, a visão56 de detalhes fica grandemente prejudicada.

Doença de Creutzfeldt-Jakob

A doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é uma doença rara e fatal que causa sintomas8 neurológicos graves que levam à deterioração rápida do funcionamento cerebral. Ela pertence a um grupo de doenças conhecidas como encefalopatias57 espongiformes transmissíveis, que são causadas por proteínas58 anormais chamadas príons. Esses príons anormais acumulam-se no cérebro6 e danificam os neurônios4, levando a sintomas8 neurológicos progressivos e graves.

Os sintomas8 da DCJ incluem, entre outros, uma demência10 progressiva. À medida que a doença progride, os pacientes se tornam cada vez mais debilitados, muitas vezes ficando acamados e dependentes de cuidados intensivos. A DCJ é geralmente fatal, levando à morte dentro de um ano após o início dos sintomas8, embora a progressão da doença possa variar.

Ela foi descrita pela primeira vez pelos neurologistas alemães Hans Gerhard Creutzfeldt, Alfons Maria Jakob e Gustav A. Spielmeyer. A descrição original foi publicada em 1920-21.

Veja também sobre "Demência10 vascular59", "Atrofia34 cerebral", "Envelhecimento saudável" e "Como exercitar o cérebro6".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site da Mayo Clinic.

ABCMED, 2023. Doenças nervosas degenerativas. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1460630/doencas-nervosas-degenerativas.htm>. Acesso em: 4 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Degenerativas: Relativas a ou que provocam degeneração.
2 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
3 Células Nervosas: Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO.
4 Neurônios: Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO. Sinônimos: Células Nervosas
5 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
6 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
7 Medula Espinhal:
8 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
9 Delirium: Alteração aguda da consciência ou da lucidez mental, provocado por uma causa orgânica. O delirium tem causa orgânica e cessa se a causa orgânica cessar. Ele pode acontecer nos traumas cranianos, nas infecções etc. Os exemplos mais típicos são o delirium do alcoólatra crônico e o delirium febril.
10 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
11 Doença de Alzheimer: É uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos que acomete preferencialmente as pessoas idosas. É uma forma de demência. No início há pequenos esquecimentos, vistos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. Tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares como alimentação, higiene, vestuário, etc..
12 Alzheimer: Doença degenerativa crônica que produz uma deterioração insidiosa e progressiva das funções intelectuais superiores. É uma das causas mais freqüentes de demência. Geralmente começa a partir dos 50 anos de idade e tem incidência similar entre homens e mulheres.
13 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
14 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
15 Doença de Parkinson: Doença degenerativa que afeta uma região específica do cérebro (gânglios da base), e caracteriza-se por tremores em repouso, rigidez ao realizar movimentos, falta de expressão facial e, em casos avançados, demência. Os sintomas podem ser aliviados por medicamentos adequados, mas ainda não se conhece, até o momento, uma cura definitiva.
16 Degenerativa: Relativa a ou que provoca degeneração.
17 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
18 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.
19 Noradrenalina: Mediador químico do grupo das catecolaminas, liberado pelas fibras nervosas simpáticas, precursor da adrenalina na parte interna das cápsulas das glândulas suprarrenais.
20 Acetilcolina: A acetilcolina é um neurotransmissor do sistema colinérgico amplamente distribuído no sistema nervoso autônomo.
21 Esclerose: 1. Em geriatria e reumatologia, é o aumento patológico de tecido conjuntivo em um órgão, que ocorre em várias estruturas como nervos, pulmões etc., devido à inflamação crônica ou por razões desconhecidas. 2. Em anatomia botânica, é o enrijecimento das paredes celulares das plantas, por espessamento e/ou pela deposição de lignina. 3. Em fitopatologia, é o endurecimento anormal de um tecido vegetal, especialemnte da polpa dos frutos.
22 Vesical: Relativo à ou próprio da bexiga.
23 Coréia de Huntington: Descrita inicialmente como coréia hereditária, é uma doença heredodegenerativa, caracterizada por alterações psiquiátricas, cognitivas e motoras progressivas. A suspeita de história familiar positiva é fundamental para o diagnóstico, por ser este tipo de coréia uma herança autossômica dominante.
24 Degenerativo: Relativo a ou que provoca degeneração.
25 Autossômico: 1. Referente a autossomo, ou seja, ao cromossomo que não participa da determinação do sexo; eucromossomo. 2. Cujo gene está localizado em um dos autossomos (diz-se da herança de características). As doenças gênicas podem ser classificadas segundo o seu padrão de herança genética em: autossômica dominante (só basta um alelo afetado para que se manifeste a afecção), autossômica recessiva (são necessários dois alelos com mutação para que se manifeste a afecção), ligada ao cromossomo sexual X e as de herança mitocondrial (necessariamente herdadas da mãe).
26 Cognitivos: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
27 Cromossomo: Cromossomos (Kroma=cor, soma=corpo) são filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células, composto por DNA e proteínas, sendo observável à microscopia de luz durante a divisão celular.
28 Esclerose múltipla: Doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, produzida pela alteração na camada de mielina. Caracteriza-se por alterações sensitivas e de motilidade que evoluem através do tempo produzindo dano neurológico progressivo.
29 Autoimune: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
30 Mielina: Bainha, rica em lipídeos e proteínas, que reveste os AXÔNIOS, tanto no sistema nervoso central como no periférico. É um isolante elétrico que permite a condução dos impulsos nervosos de modo mais rápido e energeticamente mais eficiente. É formada pelas membranas de células da glia (CÉLULAS DE SCHWANN no sistema nervoso periférico e OLIGODENDROGLIA no sistema nervoso central). A deterioração desta bainha nas DOENÇAS DESMIELINIZANTES é um sério problema clínico.
31 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
32 Sequelas: 1. Na medicina, é a anomalia consequente a uma moléstia, da qual deriva direta ou indiretamente. 2. Ato ou efeito de seguir. 3. Grupo de pessoas que seguem o interesse de alguém; bando. 4. Efeito de uma causa; consequência, resultado. 5. Ato ou efeito de dar seguimento a algo que foi iniciado; sequência, continuação. 6. Sequência ou cadeia de fatos, coisas, objetos; série, sucessão. 7. Possibilidade de acompanhar a coisa onerada nas mãos de qualquer detentor e exercer sobre ela as prerrogativas de seu direito.
33 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
34 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
35 Amiotrofia: Tipo de neuropatia que resulta em dor, fraqueza e/ou debilidades musculares.
36 Degeneração: 1. Ato ou efeito de degenerar (-se). 2. Perda ou alteração (no ser vivo) das qualidades de sua espécie; abastardamento. 3. Mudança para um estado pior; decaimento, declínio. 4. No sentido figurado, é o estado de depravação. 5. Degenerescência.
37 Sobrevivência: 1. Ato ou efeito de sobreviver, de continuar a viver ou a existir. 2. Característica, condição ou virtude daquele ou daquilo que subsiste a um outro. Condição ou qualidade de quem ainda vive após a morte de outra pessoa. 3. Sequência ininterrupta de algo; o que subsiste de (alguma coisa remota no tempo); continuidade, persistência, duração.
38 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
39 Fisioterapia: Especialidade paramédica que emprega agentes físicos (água doce ou salgada, sol, calor, eletricidade, etc.), massagens e exercícios no tratamento de doenças.
40 Terapia ocupacional: A terapia ocupacional trabalha com a reabilitação das pessoas para as atividades que elas deixaram de fazer devido a algum problema físico (derrame, amputação, tetraplegia), psiquiátrico (esquizofrenia, depressão), mental (Síndrome de Down, autismo), geriátrico (Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson) ou social (ex-presidiários, moradores de rua), objetivando melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Além disso, ela faz a organização e as adaptações do domicílio para facilitar o trânsito dessa pessoa e as medidas preventivas para impedir o aparecimento de deformidades nos braços fazendo exercícios e confeccionando órteses (aparelhos confeccionados sob medida para posicionar partes do corpo).
41 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
42 Degeneração macular: A degeneração macular destrói gradualmente a visão central, afetando a mácula, parte do olho que permite enxergar detalhes finos necessários para realizar tarefas diárias tais como ler e dirigir. Existem duas formas - úmida e seca. Na forma úmida, há crescimento anormal de vasos sanguíneos no fundo do olho, podendo extravasar fluidos que prejudicam a visão central. Na forma seca, que é a mais comum e menos grave, há acúmulo de resíduos do metabolismo celular da retina, aliado a graus variáveis de atrofia do tecido retiniano, causando uma perda visual central, de progressão lenta, podendo dificultar a realização de algumas atividades como ler e escrever ou a identificação de traços de fisionomia.
43 Mácula: Mácula ou mancha é uma lesão plana, não palpável, constituída por uma alteração circunscrita da cor da pele.
44 Olho: s. m. (fr. oeil; ing. eye). Órgão da visão, constituído pelo globo ocular (V. este termo) e pelos diversos meios que este encerra. Está situado na órbita e ligado ao cérebro pelo nervo óptico. V. ocular, oftalm-. Sinônimos: Olhos
45 Retina: Parte do olho responsável pela formação de imagens. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico. Possui duas partes: a retina periférica e a mácula.
46 Visão central: Visão central é aquela na qual a imagem cai no centro da retina, em uma área chamada mácula. Esta visão é cheia de detalhes.
47 Campo visual: É toda a área que é visível com os olhos fixados em determinado ponto.
48 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
49 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
50 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
51 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
52 Luteína: Mesmo que xantofila. Pigmento amarelo encontrado em grande variedade de organismos; lipocromo. Originalmente isolado da gema do ovo, ocorre em inúmeras espécies vegetais e em penas de aves.
53 Inflamações: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc. Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
54 Visão periférica: É a propriedade da visão de perceber o que está fora do foco principal de visão. Capacidade do individuo enxergar pontos a sua frente e ao redor do seu campo visual, ou seja, é aquela que se forma fora da mácula, na periferia da retina.
55 Olhos:
56 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
57 Encefalopatias: Qualquer patologia do encéfalo. O encéfalo é um conjunto que engloba o tronco cerebral, o cerebelo e o cérebro.
58 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
59 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
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