Tipos de insônia
Quais são os tipos de insônia?
Insônia é a dificuldade de iniciar e/ou manter o sono. Ter uma insônia passageira antecedendo um evento importante ou preocupante é inteiramente normal e ocorre a todas as pessoas. No entanto, isso se torna um problema quando a dificuldade para conciliar o sono se transforma na regra e deixa de ser exceção.
A insônia não é sempre igual e pode ser classificada em diferentes grupos, conforme o critério que se adote, segundo seus motivos, duração ou momento em que ocorre.
Leia sobre "Insônia - informações básicas" e "Insônia - como dormir melhor".
De acordo com seus motivos, a insônia pode ser:
- Primária
- Secundária
Segundo a duração, pode ser:
- Aguda
- Crônica
Quanto ao momento do dormir em que acontece, pode ser:
- Inicial
- Intermediária ou “de manutenção”
- Terminal
1. Insônia primária
A insônia primária é aquela que é um problema por si só, existindo “sozinha” e cuja ocorrência não depende de outras situações de base para acontecer. Ela pode ter fatores intrínsecos e extrínsecos envolvidos na sua causa ou causas, mas eles não se relacionam a outro distúrbio.
Geralmente aparece no adulto jovem, mais frequentemente nas mulheres que nos homens, e tem um desenvolvimento crônico1. Estima-se que ela represente de 12% a 22% dos pacientes portadores de insônia crônica. O tratamento da insônia primária compreende higiene adequada do sono, terapia cognitivo2-comportamental e uso orientado de fármacos hipnóticos.
2. Insônia secundária
A insônia secundária ocorre quando a insônia é consequência de uma condição subjacente, orgânica ou psíquica, ou do uso de substâncias lícitas ou ilícitas3. Em resumo, a insônia secundária é aquela que efetivamente tem uma causa detectável.
Estima-se que 85-90% das pessoas com insônia crônica sejam de origem secundária. Nestes casos, o tratamento deve focar tanto na dificuldade de dormir quanto na sua origem.
3. Insônia aguda
A insônia aguda costuma ser passageira e de curta duração (menos de um mês), e tem um evento estressante como causa desencadeante, como a morte de uma pessoa amada, por exemplo. Ela pode ser resultante também de doenças e/ou certos medicamentos e de circunstâncias específicas, como desconforto físico ou dormir em local não habitual. A insônia aguda, às vezes chamada de “insônia de curta duração”, também é mais comum em mulheres do que em homens.
4. Insônia crônica
A insônia crônica é identificada por aparecer várias vezes em períodos maiores, de anos. Ela tem duração prolongada e causas mais complexas, demandando um diagnóstico4 mais detalhado.
5. Insônia inicial
A insônia inicial é aquela que acontece quando a dificuldade de dormir se dá na passagem do estado de vigília para o de sono. É a famosa “dificuldade de pegar no sono”. A grande maioria dos casos de insônia corresponde à insônia inicial, que se caracteriza pelo aumento da latência5 do sono, ou seja, aumento do tempo que o indivíduo demora para começar a dormir.
6. Insônia intermediária
A insônia intermediária ou “de manutenção” é aquela em que a pessoa desperta no meio da noite e tem dificuldade de voltar a dormir.
7. Insônia terminal
A insônia terminal, por vezes dita insônia tardia, acontece quando a pessoa desperta muito cedo, antes do horário desejado, e não consegue dormir novamente. Ela decorre da interação de diversos fatores, como predisposição genética e fatores físicos, biológicos, psicológicos e sociais.
A insônia pode ainda ser classificada de acordo com o nível de gravidade com que compromete o funcionamento social ou ocupacional: leve, moderada ou grave.
A insônia leve equivale a uma queixa de sono insuficiente e de não se sentir descansado após uma noite de sono, levando a pouco ou nenhum prejuízo social ou ocupacional.
A insônia moderada corresponde a uma queixa de quantidade insuficiente de sono, levando a comprometimento leve ou moderado do funcionamento social ou ocupacional.
A insônia grave também corresponde a uma insuficiência6 de sono, mas que leva a grave comprometimento do funcionamento social ou ocupacional.
Os três tipos estão associados, em graus variados, a sentimentos de inquietação, irritabilidade, ansiedade, fadiga7 diurna e cansaço.
Veja também sobre "Distúrbios do sono", "Privação de sono pode atrapalhar seu desempenho", "Pavor noturno" e "Mau humor ao acordar".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic e da Cleveland Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.