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Pericardite constritiva

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O que é pericardite1?

Pericardite1 é uma inflamação2 da bolsa que envolve o coração3 e a raiz dos grandes vasos, chamada pericárdio4, composta por duas estruturas, uma externa, fibrosa (pericárdio4 fibroso), em contato com as estruturas mediastinais, e outra interna, serosa (pericárdio4 seroso), constituída por duas lâminas (parietal e visceral). Entre o pericárdio4 fibroso e o pericárdio4 seroso e entre as duas lâminas do pericárdio4 seroso há a formação de espaços virtuais preenchidos por finas camadas de líquido lubrificante.

O pericárdio4 tem como função manter o coração3 em sua posição fisiológica5, impedir que ele se encha de sangue6, além de sua capacidade de ser uma barreira contra infecções7.

Embora pouco distensíveis, essas estruturas são capazes de se dilatarem de modo a acomodar os movimentos de sístole8 (contração) e diástole9 (dilatação) cardíacas normais.

O que é pericardite1 constritiva?

Com o passar do tempo, o pericárdio4 inflamado perde sua elasticidade10 e torna-se rígido, e isso constitui a pericardite1 constritiva, que é uma situação que resulta num espessamento fibroso das camadas do pericárdio4, diminuindo ou tornando impossível a distensibilidade delas e impedindo o preenchimento diastólico do coração3.

Pode ocorrer calcificação11 das camadas pericárdicas envoltórias e isso é definido como “pericárdio blindado”, que forma uma gaiola rígida em torno do coração3.

A pericardite1 constritiva costuma ser chamada também de doença ou síndrome12 de Pick.

Quais são as causas da pericardite1 constritiva?

No passado, a tuberculose13 era a causa mais frequente. Atualmente, à medida que aquela doença pode ser tratada, as formas idiopáticas vão ganhando mais espaço. Em geral, a causa da pericardite1 constritiva é desconhecida, embora ela possa se seguir a quase todas as reações pericárdicas: infecções7, neoplasias14, lúpus15, artrite reumatoide16, etc.

A pericardite1 constritiva também pode se seguir a radioterapias e traumatismos, como cirurgias cardíacas ou lesões17 decorrentes de procedimentos terapêuticos ou propedêuticos, como implante18 de marcapassos, cateterismo19 coronariano, etc.

Veja mais sobre "Infarto do Miocárdio20", "Arritmias21" e "Marcapasso22".

Qual é o substrato fisiopatológico da pericardite1 constritiva?

Na pericardite1 constritiva ocorre um espessamento fibroso de um ou ambos os folhetos da camada serosa, que então se tornam inextensíveis, incapazes de relaxamento durante a diástole9. Em 1/3 a 1/4 dos casos esse tecido23 pode sofrer calcificação11 que, quando extensa, forma uma concha que restringe os movimentos cardíacos (coração3 blindado).

O processo constritivo envolvendo o pericárdio4 interfere com o enchimento diastólico de ambos os ventrículos e prejudica também o esvaziamento deles. A diminuição do débito cardíaco24, no entanto, não é tão intensa como o aumento da pressão venosa. Há o aumento da frequência de batimentos e da contratilidade miocárdica.

Em geral, ocorre marcada hipertensão25 pulmonar em consequência do comprometimento ventricular. Logo no início da diástole9, há enchimento rápido, aumento da pressão intraventricular limitada pela rigidez aumentada das paredes e aumento da pressão venosa.

Quais são as características clínicas da pericardite1 constritiva?

Via de regra, os sintomas26 são insidiosos. O edema27 pode ser mais acentuado nos membros inferiores e abdome28. A insuficiência cardíaca congestiva29 direita pode dar origem a um inchaço30 precoce e muito pronunciado nos membros inferiores e à ascite31. Aparecem comumente digestão32 difícil, anorexia33, fraqueza, astenia34 e algumas arritmias21 cardíacas e/ou fibrilação atrial.

A área cardíaca pode ser normal, mas as bulhas cardíacas geralmente estão abafadas. Pode ser ouvido um ruído diastólico precoce, chamado soco pericárdico, que corresponde à fase de enchimento diastólico rápido. Os pulsos são finos, a pressão arterial35 levemente reduzida, podendo aparecer o pulso paradoxal36, com redução da pressão de pulso à inspiração37 profunda.

As veias38 superficiais são proeminentes, com ingurgitamento venoso muito pronunciado. É comum o derrame39 pleural e aumento da estase40 venosa cervical à inspiração37 (sinal41 de Kussmaul). Também pode ocorrer hepatomegalia42 precoce. A hipoalbuminemia43 pode ser severa, observando-se que a redução da pressão oncótica44 tem maior efeito nos linfáticos e nos capilares45 hepáticos e do peritônio46.

Como o médico diagnostica a pericardite1 constritiva?

A pericardite1 constritiva deve ser suspeitada em todos os pacientes que tenham apresentado doença pericárdica e desenvolvido aumento de pressão venosa central. O eletrocardiograma47 mostrará ondas mais ou menos típicas, além de taquicardia48, arritmias21 e distúrbios de condução de ramos atrioventriculares.

Na radiologia de tórax49, aparecerá uma área cardíaca normal ou levemente aumentada, veia cava superior proeminente e calcificação11 no pericárdio4, se houver.

Derrame39 pleural é frequente, uni ou bilateralmente. O ecocardiograma50 revela disfunção diastólica e presença de derrame39 pericárdico. O laboratório mostrará hipoalbuminemia43, alteração das provas de função hepática51 e, eventualmente, hiperbilirrubinemia.

Um diagnóstico52 diferencial deve ser feito com miocardiopatias restritivas, fibroelastase miocárdica, cardiopatia isquêmica53 avançada com insuficiência cardíaca54 de outra etiologia55, cirrose56 hepática51, síndrome nefrótica57, tromboses58 venosas múltiplas, estenose59 ou insuficiência60 tricúspide, insuficiência cardíaca54 direita e infarto61 do ventrículo direito.

Como o médico trata a pericardite1 constritiva?

Deve-se visar, sobretudo, o tratamento precoce da doença pericárdica predisponente. O tratamento de pericardite1 constritiva avançada é basicamente cirúrgico, visando a decorticação62 pericárdica e a pericardiotomia, essencial nos casos avançados. Os casos mais leves podem ser acompanhados sem tratamento cirúrgico.

Como evolui a pericardite1 constritiva?

Em virtude de a pericardite1 constritiva ser uma condição rara, os dados prognósticos de que se dispõe são relativamente escassos. Ela é uma doença potencialmente curável se diagnosticada precocemente, mas potencialmente fatal se negligenciada. Pacientes não diagnosticados podem ter uma mortalidade63 de até 90%.

O prognóstico64 também depende da gravidade da doença. As taxas de sobrevida65 pós-pericardiotomia é de cerca de 71% em 5 anos e 52% em 10 anos após a pericardiotomia. O prognóstico64 a longo prazo com terapia médica isolada é ruim. A expectativa de vida66 é reduzida em crianças não tratadas e em pacientes com início relativamente agudo67 dos sintomas26.

Leia também sobre "Pericardite1", "Miocardite68" e "Dor no peito69: é sempre um sinal41 de alerta?"

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Cleveland Clinic e da U.S. National Library of Medicine.

ABCMED, 2022. Pericardite constritiva. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1417240/pericardite-constritiva.htm>. Acesso em: 20 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Pericardite: Inflamação da membrana que recobre externamente o coração e os vasos sanguíneos que saem dele. Os sintomas dependem da velocidade e grau de lesão que produz. Variam desde dor torácica, febre, até o tamponamento cardíaco, que é uma emergência médica potencialmente fatal.
2 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
3 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
4 Pericárdio: Saco fibroseroso cônico envolvendo o CORAÇÃO e as raízes dos grandes vasos (AORTA, VEIA CAVA, ARTÉRIA PULMONAR). O pericárdio consiste em dois sacos, o pericárdio fibroso externo e o pericárdio seroso externo. O pericárdio seroso consiste em uma camada parietal externa e uma visceral interna próxima ao coração (epicárdio), com uma cavidade pericárdica no meio. Sinônimos: Epicárdio
5 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
6 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
7 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
8 Sístole: Período em que o miocárdio (músculo cardíaco) se contrai. Nesta fase, o sangue é ejetado dos ventrículos para as artérias.
9 Diástole: Período em que o miocárdio (músculo cardíaco) se relaxa. Nesta fase o sangue entra nos átrios, proveniente das veias e, em seguida, passa aos ventrículos.
10 Elasticidade: 1. Propriedade de um corpo sofrer deformação, quando submetido à tração, e retornar parcial ou totalmente à forma original. 2. Flexibilidade, agilidade física. 3. Ausência de senso moral.
11 Calcificação: 1. Ato, processo ou efeito de calcificar(-se). 2. Aplicação de materiais calcíferos básicos para diminuir o grau de acidez dos solos e favorecer seu aproveitamento na agricultura. 3. Depósito de cálcio nos tecidos, que pode ser normal ou patológico. 4. Acúmulo ou depósito de carbonato de cálcio ou de carbonato de magnésio em uma camada de profundidade próxima a do limite de percolação da água no solo, que resulta em certa mobilidade deste e alteração de suas propriedades químicas.
12 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
13 Tuberculose: Doença infecciosa crônica produzida pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis). Produz doença pulmonar, podendo disseminar-se para qualquer outro órgão. Os sintomas de tuberculose pulmonar consistem em febre, tosse, expectoração, hemoptise, acompanhada de perda de peso e queda do estado geral. Em países em desenvolvimento (como o Brasil) aconselha-se a vacinação com uma cepa atenuada desta bactéria (vacina BCG).
14 Neoplasias: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
15 Lúpus: 1. É uma inflamação crônica da pele, caracterizada por ulcerações ou manchas, conforme o tipo específico. 2. Doença autoimune rara, mais frequente nas mulheres, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta patologia, a defesa imunológica do indivíduo se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especializados no assunto.
16 Artrite reumatóide: Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.
17 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
18 Implante: 1. Em cirurgia e odontologia é o material retirado do próprio indivíduo, de outrem ou artificialmente elaborado que é inserido ou enxertado em uma estrutura orgânica, de modo a fazer parte integrante dela. 2. Na medicina, é qualquer material natural ou artificial inserido ou enxertado no organismo. 3. Em patologia, é uma célula ou fragmento de tecido, especialmente de tumores, que migra para outro local do organismo, com subsequente crescimento.
19 Cateterismo: Exame invasivo de artérias ou estruturas tubulares (uretra, ureteres, etc.), utilizando um dispositivo interno, capaz de injetar substâncias de contraste ou realizar procedimentos corretivos.
20 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
21 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
22 Marcapasso: Dispositivo eletrônico utilizado para proporcionar um estímulo elétrico periódico para excitar o músculo cardíaco em algumas arritmias do coração. Em geral são implantados sob a pele do tórax.
23 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
24 Débito cardíaco: Quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto.
25 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
26 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
27 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
28 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
29 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
30 Inchaço: Inchação, edema.
31 Ascite: Acúmulo anormal de líquido na cavidade peritoneal. Pode estar associada a diferentes doenças como cirrose, insuficiência cardíaca, câncer de ovário, esquistossomose, etc.
32 Digestão: Dá-se este nome a todo o conjunto de processos enzimáticos, motores e de transporte através dos quais os alimentos são degradados a compostos mais simples para permitir sua melhor absorção.
33 Anorexia: Perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos.
34 Astenia: Sensação de fraqueza, sem perda real da capacidade muscular.
35 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
36 Paradoxal: Que contém ou se baseia em paradoxo(s), que aprecia paradoxo(s). Paradoxo é o pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião consabida, a crença ordinária e compartilhada pela maioria. É a aparente falta de nexo ou de lógica; contradição.
37 Inspiração: 1. Ato ou efeito de inspirar(-se). 2. Entrada de ar nos pulmões através das vias respiratórias. 3. Conselho, sugestão, influência. 4. No sentido figurado, significa criatividade, entusiasmo. Pessoa ou coisa que inspira, estimula a capacidade criativa. 5. Ideia súbita e espontânea, geralmente brilhante e/ou oportuna.
38 Veias: Vasos sangüíneos que levam o sangue ao coração.
39 Derrame: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
40 Estase: 1. Estagnação do sangue ou da linfa. 2. Incapacidade de agir; estado de impotência.
41 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.
42 Hepatomegalia: Aumento anormal do tamanho do fígado.
43 Hipoalbuminemia: Queda da albumina no sangue.
44 Pressão oncótica: É a pressão osmótica gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo. No plasma sanguíneo, os componentes dissolvidos possuem uma pressão osmótica. A diferença entre a pressão osmótica exercida pelas proteínas plasmáticas (pressão osmótica coloidal) no plasma sanguíneo e a pressão exercida pelas proteínas fluidas no tecido é chamada de pressão oncótica.
45 Capilares: Minúsculos vasos que conectam as arteríolas e vênulas.
46 Peritônio: Membrana serosa que recobre as paredes do abdome e a superfície dos órgãos digestivos.
47 Eletrocardiograma: Registro da atividade elétrica produzida pelo coração através da captação e amplificação dos pequenos potenciais gerados por este durante o ciclo cardíaco.
48 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
49 Tórax: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original Sinônimos: Peito; Caixa Torácica
50 Ecocardiograma: Método diagnóstico não invasivo que permite visualizar a morfologia e o funcionamento cardíaco, através da emissão e captação de ultra-sons.
51 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
52 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
53 Cardiopatia isquêmica: Doença ocasionada por um déficit na circulação nas artérias coronarianas e outros defeitos capazes de afetar o aporte sangüíneo para o músculo cardíaco.É evidenciada por dor no peito, arritmias, morte súbita ou insuficiência cardíaca.
54 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
55 Etiologia: 1. Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. 2. Estudo das causas das doenças.
56 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
57 Síndrome nefrótica: Doença que afeta os rins. Caracteriza-se pela eliminação de proteínas através da urina, com diminuição nos níveis de albumina do plasma. As pessoas com síndrome nefrótica apresentam edema, eliminação de urina espumosa, aumento dos lipídeos do sangue, etc.
58 Tromboses: Formações de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Podem ser venosas ou arteriais e produzem diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
59 Estenose: Estreitamento patológico de um conduto, canal ou orifício.
60 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
61 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
62 Decorticação: 1. O termo pode ser utilizado por alguns autores para se referir à retirada de parte ou da totalidade do córtex cerebral, geralmente realizada em animais, para experimentações científicas em laboratório. 2. Expressão utilizada para demonstrar rigidez de decorticação e denotar uma postura anormal, rígida, com os braços dobrados, os punhos cerrados e as pernas esticadas. O Dicionário Médico Blakiston diz que posição decorticada é a postura observada em casos de “lesões ao nível ou acima do pedúnculo cerebral superior, isto é, cujo córtex cerebral não está funcionandoâ€. Segundo esta referência teórica, o paciente, quando em posição decorticada, mantém-se deitado em uma postura imóvel e muito rígida. Quando aplicado algum estímulo, pode haver uma exacerbação da postura, podendo o tronco apresentar-se em opistótono, ou seja, arqueado anteriormente.
63 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
64 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
65 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
66 Expectativa de vida: A expectativa de vida ao nascer é o número de anos que se calcula que um recém-nascido pode viver caso as taxas de mortalidade registradas da população residente, no ano de seu nascimento, permaneçam as mesmas ao longo de sua vida.
67 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
68 Miocardite: 1. Inflamação das paredes musculares do coração. 2. Infecção do miocárdio causada por bactéria, vírus ou outros microrganismos.
69 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
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