Trauma no olho
O que é trauma no olho1?
Trauma ocular refere-se aos danos causados por um golpe direto no olho1, o qual pode afetar não apenas o olho1, mas a área circundante, incluindo tecidos adjacentes e as estruturas ósseas próximas. Existem muitos tipos diferentes de lesões2, sendo algumas mais leves e outras mais graves, ameaçando a perda de visão3 no olho1 afetado e, às vezes, constituindo verdadeiras emergências médicas.
Quais são as causas do trauma no olho1?
As causas do trauma no olho1 são muito variáveis e vão desde um simples cisco que tenha caído no olho1 até um impacto violento ocasionado por socos, por algum equipamento esportivo (uma bola, por exemplo, arremessada com violência), pedaços de materiais voando pelos ares no trabalho ou em quaisquer outras condições, fogos de artifício, acidentes de várias outras naturezas, etc. Além desses, são possíveis respingos acidentais ou intencionais de materiais químicos.
Qualquer pessoa pode ter uma lesão4 ocular, mas as crianças e adolescentes são mais propensos a ferir os olhos5, seja pelo seu maior descuido, seja durante a prática de esportes ou outras atividades recreativas. Mesmo adultos que praticam esportes de contato como futebol e hóquei também têm um risco maior. Jogadores de beisebol ou tênis são mais propensos a sofrer uma lesão4 ocular por uma bola voadora. Trabalhadores da construção civil e pessoas que trabalham com produtos químicos, lasers e irritantes potenciais têm um risco maior de lesões2 oculares no trabalho, mas as lesões2 oculares podem acontecer mesmo em casa ao trabalhar no quintal, cozinhar, limpar ou soltar fogos de artifício.
Leia sobre "Moscas volantes", "Degeneração macular6" e "Úlcera7 de córnea8".
Quais são as características clínicas do trauma no olho1?
Nem sempre é fácil para uma pessoa identificar que o seu olho1 está ferido, porque alguns tipos de lesões2 causadas pelos traumas, como um descolamento de retina9, por exemplo, só ficam evidentes mais tarde e outras, como o glaucoma10 ou a catarata11, por exemplo, só ocorrerão muito tempo depois do evento causador.
As lesões2 mais comumente causadas por um trauma no olho1, são:
- Queimaduras químicas, frequentemente como resultado de um respingo de líquido no olho1. Alguns produtos químicos, como sabão, protetor solar, spray de pimenta e gás lacrimogêneo são simplesmente irritantes para os olhos5 e não causam danos irreversíveis. No entanto, ácidos e álcalis fortes são extremamente cáusticos e podem causar danos graves e permanentes à superfície ocular e mesmo cegueira total do olho1 comprometido.
- Hemorragia12 subconjuntival, que pode acompanhar qualquer lesão4 ocular e também pode ser espontânea.
- Abrasão (desgaste por fricção; raspagem; escoriação13) da córnea8, que é mais frequentemente o resultado de um golpe contundente no olho1, como um punho, um porrete ou um airbag em um carro, por exemplo.
- Irite14, que simplesmente sugere que a íris15 está inchada, o que pode acontecer por vários motivos traumáticos diferentes.
- Hifema, um sangramento que acontece na câmara anterior16 do olho1 e aparece nas partes coloridas do olho1.
- Fraturas orbitais, que são lesões2 relacionadas à grande força com que um objeto contundente é arremessado contra o olho1.
- Lacerações nas pálpebras17 ou na conjuntiva18 (cobertura transparente sobre o branco do olho1), que geralmente ocorrem por objetos pontiagudos, mas também podem ocorrer por uma queda.
- Corpos estranhos intraoculares, que são lesões2 em que a parede externa do olho1 foi perfurada por algum objeto, agora alojado dentro do próprio olho1.
- Ceratite ultravioleta, que pode ser considerada uma queimadura solar da córnea8, um trauma ocular induzido por luz ultravioleta. Fontes comuns dessa luz nociva são arcos de soldagem, câmaras de bronzeamento e luz do sol refletida pela neve, água ou outras superfícies reflexivas, particularmente em altitudes maiores.
- Retinopatia solar, que é o dano ocasionado à parte central da retina9 (mácula19) ao olhar demoradamente para o sol.
Embora possa haver sinais20 e sintomas21 específicos para cada tipo de lesão4, pode-se falar em sintomas21 gerais, os quais, no entanto, dependem da gravidade da lesão4. Os sintomas21 leves comuns incluem:
- dor de menor intensidade;
- contusão22;
- inchaço23;
- olho1 escuro;
- presença de sangue24 sobre a parte branca do olho1.
Os sinais20 e sintomas21 mais graves, que indicam a ocorrência de uma lesão4 crítica, incluem:
- qualquer sangue24 sobre a parte colorida do olho1;
- mudanças de visão3;
- dificuldade ou dor ao mover o olho1;
- grande quantidade de sangue24 na parte branca do olho1;
- mudança no tamanho ou forma da pupila e desigualdade entre elas;
- dor intensa no globo ocular25;
- sensibilidade à luz;
- visão3 embaçada ou dupla;
- deformidade do olho1 e/ou da órbita;
- dormência26 ao redor do olho1;
- movimento anormal da pálpebra superior;
- presença de um objeto estranho embutido no olho1.
Como o médico diagnostica o trauma no olho1?
O diagnóstico27 do trauma ocular visa determinar a natureza e extensão da lesão4 e orientar o tratamento. O oftalmologista28 pode usar uma lâmpada de fenda para examinar o olho1, incluindo a córnea8, o fundo do olho1 e o nervo óptico, e avaliar o dano. O médico pode, ainda, solicitar tomografia computadorizada29 ou radiografias para analisar os ossos orbitais e procurar por detritos estranhos.
Como o médico trata o trauma no olho1?
Os pacientes que sofreram uma lesão4 ocular devem procurar atendimento médico imediato porque a experiência mostra que quanto mais precoce o atendimento, menores os riscos de perda de visão3. O médico, inicialmente, examinará o paciente quanto à sua acuidade visual30 e existência ou não de lacerações ou outras anomalias oculares. Se houver qualquer possibilidade de perda de visão3, o paciente será encaminhado a um oftalmologista28 para tratamento adicional.
O tratamento do trauma contuso depende inteiramente da extensão da lesão4 e pode incluir aplicação de gelo, analgésicos31 e redução das atividades físicas. Os casos mais graves podem exigir colírios esteroides para reduzir a inflamação32; colírio33 para reduzir a pressão intraocular34; antieméticos35; pomada antibiótica; óculos de proteção até que o olho1 esteja curado e repouso na cama.
Deve-se evitar aspirina e ibuprofeno, que podem aumentar o risco de maior sangramento.
Em casos de ruptura da retina9, descolamento da retina9 ou ruptura do globo, a cirurgia imediata ou o tratamento a laser podem prevenir a perda permanente da visão3.
Às vezes, as consequências de uma lesão4 ocular podem não se tornar identificáveis por meses ou anos após a ocorrência do dano. Esses efeitos tardios, incluindo catarata11, descolamento de retina9 ou glaucoma10, podem resultar em perda de visão3.
Veja também sobre "Manifestações oculares de doenças sistêmicas" e "Incômodo com a claridade - pode ser fotofobia36".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do NHS - National Health Service e da Cleveland Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.