Você sabe o que é degeneração macular?
O que é degeneração macular1?
A degeneração macular1, como o próprio nome indica, é a condição médica em que há uma degeneração2 da mácula3, uma estrutura do olho4 situada no centro da retina5 e responsável pela visão central6 do campo visual7. A perda parcial da mácula3 torna difícil ou impossível ler ou reconhecer rostos, por exemplo, embora a visão periférica8 permaneça suficiente.
A grande maioria das degenerações é dita atrófica9 (ou seca), se deve ao envelhecimento e evolui lentamente provocando perda gradual da visão10. Há também degenerações exsudativas11 (ou úmidas), que costumam ser de instalação abrupta e podem provocar perda rápida da visão10.
Quais são as causas da degeneração macular1?
As degenerações atróficas12 da mácula3 geralmente estão associadas ao envelhecimento. As exsudativas11 são causadas por resíduos de células13 que formam as drusas (cristais no fundo do olho4), as quais destroem os receptores celulares da luz e provocam a proliferação anormal de vasos sanguíneos14 na coroide15, sob a retina5. Não se sabe ainda as razões para que isso aconteça, mas alguns fatores de risco são conhecidos: predisposição genética; traumatismos; exposição excessiva à luz solar; hipertensão arterial16; obesidade17; diabetes18; dietas pobres em zinco; deficiência de vitamina19 C, vitamina19 A, betacaroteno e luteína20; fumo; inflamações21; etc. O maior de todos os fatores de risco talvez seja a idade avançada, porque a degeneração macular1 incide com maior frequência a partir dos 60 anos.
Quais são os principais sinais22 e sintomas23 da degeneração macular1?
A degeneração macular1 produz uma perda indolor da visão10 e afeta tanto a visão10 de perto como a de longe. No início, a perda visual pode ser pouco perceptível. Aos poucos surgem visão10 borrosa, pontos luminosos inusitados, manchas escuras no centro do campo visual7 (escotomas24), diminuição da percepção de contrastes, dificuldade de adaptação ao escuro, percepção das linhas retas como sinuosas, etc.
A degeneração macular1 pode acontecer apenas em um olho4 ou afetar os dois olhos25 ao mesmo tempo e pode ter uma progressão diferente em cada um deles. Os pacientes não chegam a ficar completamente cegos porque ainda resta-lhes a visão periférica8, mas a visão10 de detalhes fica grandemente prejudicada.
Como o médico diagnostica a degeneração macular1?
Além da história clínica, o exame de fundo de olho26 pode levantar a suspeita de degeneração macular1, mas a confirmação do diagnóstico27 só pode vir com a retinografia28, a angiofluoresceinografia29 (angiografia30 com fluoresceína) e outros exames especializados.
Como o médico trata a degeneração macular1?
Um tratamento clínico de ordem geral deve garantir uma diminuição do consumo de gorduras; manutenção de um peso saudável; controle da pressão arterial31; dieta rica em frutas, folhas verdes, grãos integrais, peixes, nozes, castanhas e amêndoas; abandono do cigarro, pelos fumantes.
A degeneração macular1 “seca” ou “úmida” merecem tratamentos diferenciados. A terapia fotodinâmica pode reduzir a proliferação de vasos sanguíneos14 e limitar a perda visual na degeneração2 exsudativa32, embora não ajude a melhorar a acuidade visual33 já comprometida. A injeção34 intraocular de certos agentes antiangiogênicos35 pode reduzir a proliferação de vasos sanguíneos14. A extração cirúrgica dos vasos sanguíneos14 acumulados na mácula3 é hoje empregada apenas em situações muito especiais.
Como evoluem as degenerações maculares?
A implantação de dispositivos intraoculares e os ensaios clínicos36 com novos agentes antiangiogênicos35 levantam novas expectativas em relação ao tratamento da enfermidade.
As pessoas brancas têm maior chance de desenvolver a doença que as pessoas negras.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.