Síndrome do bebê azul
O que é a síndrome1 do bebê azul?
A síndrome1 do bebê azul pode se referir a várias condições que afetam o transporte de oxigênio no sangue2, resultando em cor azulada ou arroxeada da pele3 nos bebês4, devido à cianose5. Geralmente os bebês4 nascem com essa condição ou a desenvolvem muito cedo.
Quais são as causas da síndrome1 do bebê azul?
A síndrome1 do bebê azul pode ocorrer devido a vários defeitos cardíacos congênitos6 (já presentes no momento do nascimento) ou a fatores ambientais. A tonalidade azulada da pele3 ocorre em virtude do sangue2 ser mal oxigenado ou de uma mistura entre sangue2 oxigenado e sangue2 não oxigenado. A falta de oxigenação pode ocorrer por várias razões:
- A tetralogia de Fallot que, embora seja um defeito cardíaco congênito7 raro, é a principal causa da síndrome1 do bebê azul.
- A metemoglobinemia, que decorre principalmente da intoxicação por nitrato e que, mais raramente, pode ser congênita8.
- Outros defeitos cardíacos congênitos6 que fazem com que o sangue2 não oxigenado passe diretamente do lado direito do coração9 para o lado esquerdo, resultando em cianose5.
- Dificuldades respiratórias dos recém-natos, que podem resultar em cianose5 transitória.
Leia sobre "Cardiopatias congênitas10", "Malformações11 fetais", "Tetralogia de Fallot", "Metemoglobinemia" e "Cianose5".
Qual é o substrato fisiológico12 da síndrome1 do bebê azul?
No coraçãozinho do feto13 humano a separação entre os átrios direito e esquerdo é incompleta e há também uma ligação entre a artéria pulmonar14 e a artéria15 aorta16. Com essas comunicações, o sangue2 é desviado dos pulmões17, que ainda não são funcionais nessa etapa da vida, pois as trocas de gases ocorrem através da placenta. Quando o bebê nasce, a respiração que oxigena o sangue2 passa a ser pulmonar e essas comunicações devem fechar. Entretanto, em alguns casos, elas podem persistir e a oxigenação do sangue2 fica prejudicada, resultando na síndrome1 do bebê azul. Normalmente, o sangue2 oxigenado aparece na cor vermelho vivo e o sangue2 não oxigenado e a mistura oxigenado/não-oxigenado tem uma aparência mais azulada.
O termo "síndrome1 do bebê azul" se refere a bebês4 com uma de duas condições principais, além de outras: (1) doenças cardíacas cianóticas18, que é uma categoria de cardiopatias congênitas10 que resultam em baixos níveis de oxigênio no sangue2. Isso pode ser causado pela redução do fluxo sanguíneo para os pulmões17 ou pela mistura de sangue2 oxigenado e desoxigenado. E (2) metemoglobinemia, que é uma doença definida por altos níveis de metemoglobina no sangue2. Níveis elevados de metemoglobina impedem a liberação de oxigênio nos tecidos e resultam em hipoxemia19, mesmo que os pulmões17 estejam funcionando normalmente.
Ambas as condições causam cianose5 ou coloração azulada da pele3 ou das membranas mucosas20. Em bebês4 com baixos níveis de oxigênio ou mistura de sangue2 oxigenado e não oxigenado, o sangue2 pode ter uma cor azulada ou arroxeada, devido à cianose5. Essa aparência azulada é mais perceptível em locais onde a pele3 é fina, como lábios, orelhas21 e unhas22.
Quais são as principais características clínicas da síndrome1 do bebê azul?
Além da cor azulada da pele3, outros sintomas23 da síndrome1 do bebê azul incluem irritabilidade ou letargia24, problemas de alimentação, incapacidade de ganhar peso, questões de desenvolvimento, batimento cardíaco e respiração rápidos e dedos dos pés achatados ou arredondados.
Bebês4 com cianose5 devido à doença cardíaca congênita8 apresentam os sintomas23 algumas horas ou dias após o nascimento. Além da cianose5, eles mostram também sinais25 de taquipneia26 (respiração rápida), sopro no coração9 e diminuição dos pulsos periféricos. Bebês4 com cianose5 devido a metemoglobinemia também costumam apresentar cianose5 no período neonatal.
Como o médico diagnostica a síndrome1 do bebê azul?
Além de obter um histórico médico completo e realizar um exame físico exaustivo, o médico provavelmente fará vários testes que ajudarão a determinar a causa da síndrome1 do bebê azul. Esses testes podem incluir exames de sangue2, radiografia de tórax27, eletrocardiograma28, ecocardiograma29, cateterismo30 cardíaco, teste de saturação de oxigênio e outros.
Os sintomas23 da síndrome1 do bebê azul frequentemente são sutis. A cianose5 pode ser pouco intensa e observada apenas ao redor dos lábios, língua31 e área sublingual, locais de pele3 mais fina. Se houver suspeita de cianose5, a oximetria de pulso também pode ser usada para medir a saturação de oxigênio no sangue2. Embora a cianose5 grave possa ser facilmente percebida, uma saturação de oxigênio tão baixa quanto 80% causa apenas cianose5 clínica leve e difícil de ver.
Como o médico trata a síndrome1 do bebê azul?
O tratamento da síndrome1 do bebê azul depende da sua causa. Bebês4 com metemoglobinemia podem reverter a condição tomando um medicamento chamado azul de metileno, que pode fornecer oxigênio ao sangue2. Se a condição for produzida por um defeito cardíaco congênito7, o bebê provavelmente precisará de cirurgia em algum momento. Até receberem cirurgia, alguns bebês4 podem ser tratados com prostaglandina32 E1 e podem receber oxigenoterapia para aumentar a porcentagem de oxigênio no sangue2.
Como evolui em geral a síndrome1 do bebê azul?
A síndrome1 do bebê azul é um distúrbio raro, com várias causas e, por isso, com vários desfechos possíveis. O médico pode aconselhar desde tratamento conservador e acompanhamento frequente até cirurgia imediata. A cirurgia pode ser muito arriscada quando realizada em um recém-nascido.
Como prevenir a síndrome1 do bebê azul?
Alguns casos de síndrome1 do bebê azul são devidos a um acaso da natureza e não podem ser evitados. Outros, no entanto, podem ser prevenidos das seguintes maneiras: (1) não preparar fórmulas para bebês4 com água de poço nem dar de beber essa água para bebês4 que tenham menos de 12 meses de idade (a água de poço pode estar contaminada com nitratos); (2) limitar os alimentos ricos em nitrato, como brócolis, espinafre, cenoura e beterraba e (3) evitar drogas ilegais, fumo, álcool e alguns medicamentos durante a gravidez33, porque isso ajudará a evitar defeitos cardíacos congênitos6.
Veja também sobre "Sopro cardíaco34", "Oxigenioterapia", "Baixo peso ao nascer", "Hipóxia35" e "Cuidados com o prematuro".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Mayo Clinic e da American Scientist.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.