Gostou do artigo? Compartilhe!

Alterações do cortisol e impactos clínicos

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é cortisol?

O cortisol é um glicocorticoide produzido na zona fasciculada1 das glândulas2 suprarrenais, localizadas acima dos rins3, sob regulação do eixo hipotálamo4-hipófise5-suprarrenal (HHS). Ele é liberado em resposta a situações de estresse físico ou emocional, pela secreção do hormônio6 adrenocorticotrófico (ACTH) da hipófise5, que, por sua vez, é estimulada pelo hormônio6 liberador de corticotropina (CRH) do hipotálamo4.

O cortisol atua em quase todos os tecidos do corpo, influenciando o metabolismo7, a resposta imunológica, a regulação da pressão arterial8 e a resposta ao estresse. Ele ajuda a mobilizar energia, aumentando os níveis de glicose9 no sangue10, e tem propriedades anti-inflamatórias e imunossupressoras, que modulam a resposta do sistema imunológico11.

Quais são as fontes de cortisol?

A principal fonte de cortisol no corpo humano12 é a produção endógena pelas glândulas2 suprarrenais. Essa produção ocorre em um ritmo circadiano13, com picos pela manhã (geralmente entre 6h e 8h) e níveis mais baixos à noite. Além disso, o cortisol pode ser administrado exogenamente na forma de medicamentos, como a hidrocortisona ou prednisona, usados para tratar condições inflamatórias, autoimunes14 ou para reposição hormonal em casos de insuficiência15 suprarrenal.

Situações que ativam o eixo HHS, como estresse crônico16, infecções17, traumas, cirurgias ou exercícios intensos, também aumentam a liberação endógena de cortisol.

Leia sobre "Sono do bebê", "Insônia" e "Distúrbios do sono".

Quando suspeitar de alterações no cortisol?

A suspeita de disfunções do cortisol surge quando o paciente apresenta sinais18 compatíveis com hipercortisolismo ou hipocortisolismo, especialmente quando associados a alterações metabólicas ou hemodinâmicas inexplicadas.

No hipercortisolismo, chamam atenção ganho de peso central, estrias violáceas, hipertensão19 de difícil controle, fraqueza muscular proximal20, alterações de humor e infecções17 frequentes.

No hipocortisolismo, a combinação de fadiga21 intensa, hipotensão22, perda de peso, hiperpigmentação cutânea23 (quando presente), hiponatremia24 e intolerância ao estresse físico deve levantar forte suspeita.

Quais são as taxas sanguíneas normais de cortisol?

As taxas normais de cortisol no sangue10 variam de acordo com o horário do dia, o método de coleta e o laboratório que realiza a análise. De acordo com as referências bibliográficas desse trabalho, os valores são:

  • Manhã (7h–9h): 5 a 25 µg/dL (ou 138 a 690 nmol/L)
  • Tarde (16h–18h): 2 a 14 µg/dL (ou 55 a 386 nmol/L)
  • Noite: níveis significativamente mais baixos, geralmente abaixo de 5 µg/dL

Para exames de cortisol urinário (cortisol livre na urina25 de 24 horas), os valores normais variam entre 10 e 100 µg/24h, dependendo do laboratório. Já o cortisol salivar, usado para avaliar o ritmo circadiano13, tem valores de referência específicos que variam ao longo do dia. Esse exame é particularmente útil por refletir o cortisol livre, não ligado a proteínas26.

Quais são os efeitos clínicos das alterações nas taxas de cortisol?

Alterações nos níveis de cortisol podem causar sintomas27 diversos, dependendo se os níveis estão elevados (hipercortisolismo) ou reduzidos (hipocortisolismo).

O hipercortisolismo pode ser decorrente da síndrome de Cushing28, de tumores nas suprarrenais ou na hipófise5, do uso prolongado de corticosteroides ou de estresse crônico16. Ele causa:

  • Ganho de peso, especialmente na região abdominal e facial (rosto em “lua cheia”)
  • Estrias avermelhadas
  • Fraqueza muscular
  • Hipertensão arterial29
  • Diabetes tipo 230
  • Osteoporose31
  • Alterações de humor (ansiedade, depressão)
  • Insônia
  • Infecções17 frequentes devido à imunossupressão32
  • Irregularidades menstruais
  • Aumento da glicose9 no sangue10
  • Resistência à insulina33
  • Redistribuição de gordura34 corporal
  • Fragilidade capilar35
  • Equimoses36 espontâneas
  • Maior risco de trombose37

O hipocortisolismo pode ser decorrente da Doença de Addison (insuficiência15 suprarrenal primária), de insuficiência15 hipofisária, da interrupção abrupta de corticosteroides ou de condições autoimunes14. Os sintomas27 principais são:

  • Fadiga21 extrema
  • Fraqueza
  • Perda de peso
  • Hipotensão arterial38
  • Hipoglicemia39
  • Náuseas40 e vômitos41
  • Hiperpigmentação da pele42 (na doença de Addison)
  • Intolerância ao estresse físico
  • Desequilíbrios eletrolíticos, como hiponatremia24 e hipercalemia43
  • Crise adrenal em fases avançadas, caracterizada por colapso44 circulatório e risco iminente de vida

Quais exames detectam as taxas de cortisol no sangue10?

Para avaliar os níveis de cortisol, diversos exames podem ser realizados, dependendo da suspeita clínica. O cortisol sérico mede os níveis de cortisol no sangue10, geralmente coletado pela manhã e, em alguns casos, à tarde ou à noite para avaliar o ritmo circadiano13. O cortisol urinário livre avalia o cortisol excretado na urina25 em 24 horas, útil para diagnosticar hipercortisolismo. O cortisol salivar mede o cortisol livre na saliva, sendo uma opção não invasiva para avaliar o ritmo circadiano13 e o estresse crônico16.

O teste de supressão com dexametasona é usado para diagnosticar síndrome de Cushing28 e avalia a resposta adequada do eixo HHS. O teste de estímulo com ACTH é utilizado para diagnosticar insuficiência15 suprarrenal e avalia a capacidade das suprarrenais de produzir cortisol após estímulo com ACTH sintético. A dosagem de ACTH ajuda a diferenciar causas primárias (suprarrenais) de alterações nos níveis de cortisol de causas secundárias (hipófise5).

Exames de imagem, como tomografia computadorizada45 ou ressonância magnética46, podem ser usados para identificar tumores nas suprarrenais ou hipófise5, complementando o diagnóstico47.

Como o médico trata o cortisol baixo e o cortisol alto?

O tratamento de cortisol baixo consiste em reposição hormonal. Pacientes com insuficiência15 suprarrenal recebem corticosteroides, como hidrocortisona ou prednisona, para repor o cortisol. A dose é ajustada para imitar o ritmo circadiano13 natural. Em situações de crise adrenal, é necessária administração intravenosa de corticosteroides e fluidos. Em casos de insuficiência15 secundária, pode ser necessário tratar doenças hipofisárias. A educação do paciente quanto ao uso de “doses de estresse” em infecções17, febre48 ou cirurgias é fundamental para prevenir crises.

O tratamento de cortisol alto baseia-se no manejo da causa primária. Na síndrome de Cushing28, a abordagem depende da etiologia49; tumores hipofisários ou suprarrenais geralmente requerem cirurgia. Em tumores inoperáveis, medicamentos podem reduzir a produção de cortisol. Quando o hipercortisolismo é induzido por corticosteroides, a redução gradual da dose é essencial para evitar insuficiência15 suprarrenal. Além disso, algumas terapias direcionadas ao eixo HHS podem auxiliar no controle da secreção hormonal.

Veja também: "Dormir bem é fundamental: práticas que preservam o sono e o bem-estar".

Quais são as complicações possíveis com as alterações de cortisol?

O hipercortisolismo pode levar a hipertensão19 e aterosclerose50, osteoporose31 com risco de fraturas, imunossupressão32 com maior suscetibilidade a infecções17, distúrbios psiquiátricos (ansiedade, depressão, alterações cognitivas) e diabetes51 tipo 2, resultante da resistência à insulina33 induzida pelo cortisol. Também aumenta o risco de eventos tromboembólicos e de miopatia52 proximal20.

O hipocortisolismo, por sua vez, pode evoluir para crise adrenal, uma emergência53 médica caracterizada por hipotensão22 grave, desidratação54 e choque55, potencialmente fatal. Além disso, desequilíbrios eletrolíticos como hiponatremia24 e hipercalemia43 comprometem o funcionamento cardíaco e sistêmico56. A fadiga21 crônica prejudica de forma importante a qualidade de vida. A crise adrenal permanece como a complicação mais grave e exige intervenção imediata.

 

ABCMED, 2025. Alterações do cortisol e impactos clínicos. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/vida-saudavel/1497275/alteracoes-do-cortisol-e-impactos-clinicos.htm>. Acesso em: 18 nov. 2025.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Zona Fasciculada: Zona média, larga, no córtex da adrenal. Esta região produz várias enzimas que convertem a PREGNENOLONA em cortisol (HIDROCORTISONA) via 17-ALFA-HIDROXIPROGESTERONA.
2 Glândulas: Grupo de células que secreta substâncias. As glândulas endócrinas secretam hormônios e as glândulas exócrinas secretam saliva, enzimas e água.
3 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
4 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
5 Hipófise:
6 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
7 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
8 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
9 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
10 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
11 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
12 Corpo humano: O corpo humano é a substância física ou estrutura total e material de cada homem. Ele divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A anatomia humana estuda as grandes estruturas e sistemas do corpo humano.
13 Ritmo circadiano: Também conhecido como ciclo circadiano, o ritmo circadiano representa o período de um dia (24 horas) no qual se completam as atividades do ciclo biológico dos seres vivos. Uma das funções deste sistema é o ajuste do relógio biológico, controlando o sono e o apetite. Através de um marca-passo interno que se encontra no cérebro, o ritmo circadiano regula tanto os ritmos materiais quanto os psicológicos, o que pode influenciar em atividade como: digestão em vigília, renovação de células e controle de temperatura corporal.
14 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
15 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
16 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
17 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
18 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
19 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
20 Proximal: 1. Que se localiza próximo do centro, do ponto de origem ou do ponto de união. 2. Em anatomia geral, significa o mais próximo do tronco (no caso dos membros) ou do ponto de origem (no caso de vasos e nervos). Ou também o que fica voltado para a cabeça (diz-se de qualquer formação). 3. Em botânica, o que fica próximo ao ponto de origem ou à base. 4. Em odontologia, é o mais próximo do ponto médio do arco dental.
21 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
22 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
23 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
24 Hiponatremia: Concentração de sódio sérico abaixo do limite inferior da normalidade; na maioria dos laboratórios, isto significa [Na+] < 135 meq/L, mas o ponto de corte [Na+] < 136 meq/L também é muito utilizado.
25 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
26 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
27 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
28 Síndrome de Cushing: A síndrome de Cushing, hipercortisolismo ou hiperadrenocortisolismo, é um conjunto de sinais e sintomas que indicam excesso de cortisona (hormônio) no sangue. Esse hormônio é liberado pela glândula adrenal (também conhecida como suprarrenal) em resposta à liberação de ACTH pela hipófise no cérebro. Níveis elevados de cortisol (ou cortisona) também podem ocorrer devido à administração de certos medicamentos, como hormônios glicocorticoides. A síndrome de Cushing e a doença de Cushing são muito parecidas, já que o que a causa de ambas é o elevado nível de cortisol no sangue. O que difere é a origem dessa elevação. A doença de Cushing diz respeito, exclusivamente, a um tumor na hipófise que passa a secretar grande quantidade de ACTH e, consequentemente, há um aumento na liberação de cortisol pelas adrenais. Já a síndrome de Cushing pode ocorrer, por exemplo, devido a um tumor presente nas glândulas suprarrenais ou pela administração excessiva de corticoides.
29 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
30 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
31 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
32 Imunossupressão: Supressão das reações imunitárias do organismo, induzida por medicamentos (corticosteroides, ciclosporina A, etc.) ou agentes imunoterápicos (anticorpos monoclonais, por exemplo); que é utilizada em alergias, doenças autoimunes, etc. A imunossupressão é impropriamente tomada por alguns como sinônimo de imunodepressão.
33 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
34 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
35 Capilar: 1. Na medicina, diz-se de ou tubo endotelial muito fino que liga a circulação arterial à venosa. Qualquer vaso. 2. Na física, diz-se de ou tubo, em geral de vidro, cujo diâmetro interno é diminuto. 3. Relativo a cabelo, fino como fio de cabelo.
36 Equimoses: Manchas escuras ou azuladas devido à infiltração difusa de sangue no tecido subcutâneo. A maioria aparece após um traumatismo, mas pode surgir espontaneamente em pessoas que apresentam fragilidade capilar ou alguma coagulopatia. Após um período de tempo variável, as equimoses desaparecem passando por diferentes gradações: violácea, acastanhada, esverdeada e amarelada.
37 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
38 Hipotensão arterial: Diminuição da pressão arterial abaixo dos valores normais. Estes valores normais são 90 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 50 milímetros de pressão diastólica.
39 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
40 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
41 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
42 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
43 Hipercalemia: É a concentração de potássio sérico maior que 5.5 mmol/L (mEq/L). Uma concentração acima de 6.5 mmol/L (mEq/L) é considerada crítica.
44 Colapso: 1. Em patologia, é um estado semelhante ao choque, caracterizado por prostração extrema, grande perda de líquido, acompanhado geralmente de insuficiência cardíaca. 2. Em medicina, é o achatamento conjunto das paredes de uma estrutura. 3. No sentido figurado, é uma diminuição súbita de eficiência, de poder. Derrocada, desmoronamento, ruína. 4. Em botânica, é a perda da turgescência de tecido vegetal.
45 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
46 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
47 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
48 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
49 Etiologia: 1. Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. 2. Estudo das causas das doenças.
50 Aterosclerose: Tipo de arteriosclerose caracterizado pela formação de placas de ateroma sobre a parede das artérias.
51 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
52 Miopatia: Qualquer afecção das fibras musculares, especialmente dos músculos esqueléticos.
53 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
54 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
55 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
56 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.

Resultados de busca relacionada no catalogo.med.br:

Renato Galvao Redorat

Endocrinologia e Metabologia

Rio de Janeiro/RJ

Você pode marcar online Ver horários disponíveis

Ricardo Amim da Costa

Endocrinologia e Metabologia

Formiga/MG

Jairo Golabek

Endocrinologia e Metabologia

São Paulo/SP

Você pode marcar online Ver horários disponíveis
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.