Sintomas da hipertensão arterial
O que é a pressão arterial1?
A pressão arterial1, ou pressão sanguínea, é a pressão que o sangue2 exerce contra as paredes das artérias3. Ela depende da força que a sístole4 e a diástole5 do coração6 exercem sobre o fluxo sanguíneo e das resistências que se opõem a ele, representadas sobretudo pela rede arterial. A pressão arterial1 varia ritmicamente, desde uma pressão máxima, que ocorre quando o coração6 se contrai, dita também pressão sistólica7, até uma pressão mínima, que ocorre quando ele se dilata, chamada pressão diastólica8.
Outros fatores influenciam os valores da pressão arterial1, como o volume de sangue2 circulante e a capacidade das artérias3 de dilatarem ou contraírem. Deve-se levar em conta, ainda, que em vista dessa mecânica o sistema circulatório9 aumenta e diminui alternativamente sua capacidade de conter o volume de sangue2, o que faz variar a pressão sobre as paredes das artérias3.
Como interpretar os valores da pressão arterial1?
A pressão arterial1 pode elevar-se além dos limites normais ou cair abaixo deles em razão de variações do volume de sangue2 circulante, do estado de contratilidade das artérias3 ou de doenças que afetam o coração6. Ela também pode variar por razões fisiológicas10, como o estado emocional, o exercício, a dor, o frio e o calor, por exemplo.
Idealmente, a pressão máxima medida pelo “aparelho de pressão” (esfigmomanômetro) deve ser de 120 mmHg e a pressão mínima deve corresponder a 80 mmHg (12 por 8). Esses valores são médias ideais, mas medidas até 140/90 mmHg podem ser consideradas normais.
As artérias3 são programadas para trabalhar dentro desses valores e quando submetidas por longo período de tempo a níveis mais elevados, começam a sofrer graves lesões11. A pressão arterial1 excessiva também aumenta o trabalho do coração6, que precisa bombear o sangue2 contra uma resistência maior e ele, então, começa a dilatar, podendo levar à insuficiência cardíaca12.
A pressão arterial1 normal é aquela na qual as artérias3 não ficam submetidas a uma força estressante e o coração6 não fica sobrecarregado.
Leia mais sobre "Hipertensão Arterial13", "Insuficiência cardíaca congestiva14" e "Dieta para hipertensos".
Outros valores podem ser classificados assim:
- Hipotensão15: pressão sistólica7 abaixo de 120 mmHg e pressão diastólica8 abaixo de 80 mmHg.
- Pré-hipertensão16: pressão sistólica7 entre 120 e 139 mmHg ou pressão diastólica8 entre 80 e 89 mmHg.
- Hipertensão16 estágio 1: pressão sistólica7 entre 140 e 159 mmHg ou pressão diastólica8 entre 90 e 99 mmHg.
- Hipertensão16 estágio 2: pressão sistólica7 acima de 160 mmHg ou pressão diastólica8 acima de 100 mmHg.
- Crise hipertensiva: pressão sistólica7 acima de 180 mmHg ou pressão diastólica8 acima de 110 mmHg.
Nas crianças, a definição dos valores da pressão arterial1 é mais complexa, pois depende do percentil em que eles se encontram. Existem tabelas com os valores de pressão arterial1 aceitáveis de acordo com percentil de idade, sexo e altura da criança.
Qual é o mecanismo fisiológico17 da hipertensão arterial13?
A pressão arterial1 é levemente maior que a pressão atmosférica e é isso que faz com que os vasos sanguíneos18 não colapsem. Na maioria das vezes, a pressão arterial1 sobe devido a um estreitamento da luz arterial19, seja pela ação vasoconstritora de medicamentos ou substâncias químicas, seja pela deposição de placas20 ateromatosas no interior das artérias3 ou por diminuição da sua contratilidade. Em alguns casos, o aumento do líquido circulante, como nos casos da retenção pelo sal, por exemplo, faz aumentar a pressão arterial1. Muitas vezes, a hipertensão arterial13 também se deve a causas hereditárias.
Quais são os sintomas21 da hipertensão arterial13?
A hipertensão arterial13 (pressão alta) permanece assintomática até fases muito avançadas e mesmo nestas fases não existe um sintoma22 típico que possa servir de alarme. Não existe nenhuma maneira de detectar uma pressão arterial1 elevada a não ser medindo-a através de um “aparelho de pressão”.
As pessoas adultas sadias devem medir sua pressão arterial1 pelo menos uma vez a cada um ou dois anos, mas se for obesa, fumante, diabética ou se tiver história familiar de hipertensão16, deve medi-la pelo menos duas vezes por ano. As pessoas hipertensas devem medir a pressão arterial1 pelo menos uma vez por semana para saber se ela está controlada ou não.
Os primeiros sintomas21 e sinais23 de uma pressão arterial1 elevada podem variar desde uma simples fadiga24 ou dor de cabeça25 até ocorrências graves, como um acidente vascular cerebral26, infarto do miocárdio27 ou dilatação do coração6, etc. Tais sintomas21 e complicações são mais comuns naqueles casos em que a pressão arterial1 é permanentemente alta, mas ela pode apresentar apenas aumentos transitórios, induzidos por medicação ou por picos hipertensivos leves ou graves, assintomáticos ou não, partindo de uma pressão normal ou já elevada, sem maiores consequências ou com efeitos muito significativos.
Alguns sintomas21 habitualmente não levados em conta, mas que podem ser devidos à hipertensão arterial13 são: dificuldade em adormecer e dormir durante toda a noite, sono agitado, irritabilidade, inquietação, zumbidos nos ouvidos, tonturas28, flutuações de humor, disfunção erétil, falta de ar, dor ou aperto no peito29 e arritmias30 cardíacas.
Saiba mais sobre "Acidente Vascular Cerebral26", "Infarto31", "Zumbido", "Arritma cardíaca" e "Dor no peito29".
Como o médico trata a hipertensão arterial13?
A hipertensão arterial13 não tem cura, mas pode ser controlada por meio de medicações apropriadas quando indicadas. Além das medicações, um estilo de vida saudável é fundamental para controlar os fatores ambientais que ajudam a aumentar a pressão arterial1. Ter uma alimentação rica em frutas, verduras e vegetais, evitar a ingestão excessiva de sal, combater o sedentarismo32 e a obesidade33, evitar o álcool e o cigarro colaboram para a redução da pressão arterial1. O objetivo do tratamento é reduzir a pressão sistólica7 para valores inferiores a 140 mmHg e a pressão diastólica8 para valores abaixo de 90 mmHg.
Veja também sobre "Sedentarismo32", "Obesidade33", "Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial1 (MAPA)" e "Dieta que reduz a pressão arterial1".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.