Hipotensão arterial
O que é hipotensão arterial1?
Diz-se que há hipotensão arterial1, ou simplesmente hipotensão2, quando a pressão arterial3 está em níveis abaixo do que seria esperável para o normal. A pressão arterial3 é medida em milímetros de mercúrio (mmHg). Os valores médios tidos como normais são de 120 mmHg para pressão sistólica4 (máximo de 140 mmHg) e de 80 mmHg para a pressão diastólica5 (máximo de 90 mmHg). Não há uma cifra precisa que defina a hipotensão2, mas costuma-se falar que há hipotensão2 quando a pressão é baixa o suficiente para produzir sintomas6, geralmente inferior a 90/60 mmHg.
Quais são as causas da hipotensão arterial1?
Algumas condições médicas ou doenças podem causar diminuição da pressão arterial3: gravidez7, problemas do coração8, problemas endócrinos, desidratação9, perda grave de sangue10, queimaduras extensas, septicemia11, reações alérgicas e anemias graves.
Outras causas fisiológicas12, mas que podem ser agravadas por condições intercorrentes, incluem: levantar-se bruscamente depois de passar muito tempo deitado ou sentado e ficar de pé por um longo tempo. A pressão baixa pode ocorrer a qualquer pessoa, no entanto, alguns fatores como idade avançada, uso de algumas medicações, certas doenças cardiovasculares13, ou de outra natureza, favorecem o rebaixamento da pressão.
Saiba mais sobre "Pressão arterial3", "Septicemia11", "Queimaduras", "Desidratação9", "Alergias" e "Anemias".
Qual é o mecanismo fisiológico14 da hipotensão arterial1?
O interior do aparelho circulatório15 tem uma capacidade volumétrica variável conforme haja contração ou dilatação do coração8 e dos vasos sanguíneos16. Assim, a pressão arterial3 é variável conforme essa capacidade seja maior ou menor, sendo máxima nos momentos de contração cardíaca (pressão sistólica4, também chamada pressão máxima) e menor nos momentos de dilatação daquele órgão (presão diastólica, também chamada pressão mínima).
Elas determinam o quão intenso é o fluxo de sangue10 passando pelas artérias17 e a pressão que ele exerce sobre as paredes arteriais. O enrijecimento das artérias17, como o que ocorre na arteriosclerose18, também diminui a capacidade volumétrica do sistema cardiovascular19 e impõe mais obstáculo à circulação20 do sangue10, fazendo a pressão arterial3 subir.
Normalmente, a pressão arterial3 deve ter níveis suficientes para que oxigênio e nutrientes sejam levados a todas as células21 do corpo e para que sejam removidos os produtos metabólicos desprezáveis. Se o conteúdo sanguíneo sofrer diminuição ou for sequestrado por alguma região corporal ou se o fluxo dele se tornar muito débil ou, ainda, se os mecanismos de regulação da pressão deixarem de funcionar adequadamente, ter-se-á valores baixos da pressão, falando-se em hipotensão arterial1.
Assim, a hipotensão2 postural ou ortostática (uma queda súbita da pressão arterial3 quando a pessoa se põe de pé rapidamente a partir de uma posição sentada ou deitada) resulta de que o sangue10 acumulado nos pés e pernas, por ação da gravidade, se torne insuficiente nas demais partes do corpo. Se o mecanismo normal de compensação do organismo falha, a pressão arterial3 cai e leva aos sintomas6 correspondentes.
Pode acontecer também a hipotensão2 pós-prandial (queda da pressão que se verifica após a ingestão de grandes refeições e que afeta principalmente os idosos). Nessa ocasião, uma grande quantidade de sangue10 flui para o aparelho digestivo22, ficando novamente insuficiente nas demais partes do corpo. O organismo busca compensar, mas se seus mecanismos não funcionam adequadamente nessa tentativa, novamente produzem-se sintomas6.
Na chamada hipotensão2 neural mediada, que é a queda da pressão após a pessoa ficar de pé por longos períodos, o sangue10 novamente é atraído por ação da gravidade para as partes mais baixas do corpo, causando hipotensão2. Ela parece ser devida também a uma falha de comunicação entre o coração8 e o cérebro23 na tentativa de compensação.
A atrofia24 de múltiplos sistemas, também chamada de síndrome25 de Shy-Drager, uma doença rara que causa danos progressivos ao sistema nervoso autônomo26, responsável por controlar várias funções involuntárias, entre as quais a pressão arterial3, gera uma hipotensão2 ortostática grave em combinação com a pressão arterial3 muito alta quando deitado.
Quais são as principais características clínicas da hipotensão arterial1?
Na maioria das pessoas saudáveis quanto ao resto, a pressão baixa não causa sintomas6. Em alguns casos, ela pode até ser considerada normal. Normalmente, os atletas ou pessoas que se exercitam regularmente têm pressão arterial3 mais baixa que pessoas sedentárias.
Entretanto, quando há sintomas6, eles são: tonturas27, vertigens28 ou desmaios, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares, náuseas29 e vômitos30, aumento da sede, visão31 embaçada, fraqueza, confusão mental, cansaço, pele32 fria e pegajosa, respiração ofegante, fezes negras e febre33.
Leia mais sobre "Hipotensão2 ortostática", "Tontura34", "Síncopes35" e "Arritmias36 cardíacas".
Como o médico diagnostica a hipotensão arterial1?
O reconhecimento da pressão baixa é feito pelos meios corriqueiros de tomada da pressão arterial3. No entanto, para verificar suas causas o médico precisa conhecer o histórico de saúde37 do paciente, fazer um detido exame físico e realizar testes laboratoriais. Encontrar a causa subjacente ajuda a determinar o tratamento adequado.
Para chegar a um diagnóstico38, o médico pode recomendar um ou mais dos seguintes exames: leitura da pressão arterial3, eletrocardiograma39, ecocardiograma40, teste de esforço, manobra de Valsalva e teste de inclinação, entre outros.
Como o médico trata a hipotensão arterial1?
O tratamento da hipotensão2 implica, por um lado, em elevar os níveis pressóricos41 e, por outro, em remover suas causas. Provavelmente o paciente só vai receber tratamento se a pressão arterial3 baixa estiver causando sintomas6 ou se ela cair bruscamente.
O tratamento irá depender do tipo de hipotensão2 e de quais são os seus sintomas6. No entanto, de forma geral, o médico pode recomendar ao paciente adicionar mais sal à dieta, ingerir mais água ou obter fluidos por via intravenosa, interromper medicamentos que baixam a pressão arterial3, usar meias de compressão e tomar medicamentos para tratar o problema que está causando a pressão arterial3 baixa.
Como evitar a hipotensão arterial1?
- Beber mais água.
- Limitar o consumo de bebida alcoólica.
- Seguir uma dieta saudável.
- Usar mais sal.
- Levantar-se devagar e respirando profundamente.
- Fazer refeições pequenas e com poucos carboidratos.
- Ingerir cafeína (como café ou chá), para aumentar temporariamente a pressão arterial3.
Veja também sobre "Sauna - benefícios e contraindicações" e "Alimentação saudável".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.