Hepatite alcoólica - como é? O que deve ser feito? Como prevenir?
O que é a hepatite1 alcoólica?
A hepatite1 alcoólica é a inflamação2 do fígado3 causada pelo consumo de álcool e é mais provável de ocorrer em pessoas que bebem muito por muitos anos seguidos. No entanto, a relação entre consumir álcool e hepatite1 alcoólica é complexa. Nem todos os bebedores pesados desenvolvem hepatite1 alcoólica e a doença pode ocorrer em pessoas que bebem apenas moderadamente.
Qual é a causa da hepatite1 alcoólica?
A hepatite1 alcoólica se desenvolve quando o álcool ingerido danifica o fígado3. A existência prévia de uma hepatite1 C favorece ainda mais a eclosão da hepatite1 alcoólica. Também a desnutrição4 favorece a hepatite1 alcoólica e frequentemente é também uma consequência do alcoolismo.
O principal fator de risco5 para hepatite1 alcoólica é a quantidade de álcool que a pessoa consome. No entanto, a hepatite1 alcoólica pode ocorrer entre aqueles que bebem pouco e têm outros fatores de risco.
As mulheres parecem ter um risco maior de desenvolver hepatite1 alcoólica, possivelmente devido a diferenças na maneira como o álcool é processado nelas. Os bebedores pesados que estão acima do peso podem ser mais propensos a desenvolver a condição e progredir para cirrose6. Há estudos que sugerem que pode haver participação genética na doença, embora seja difícil separar fatores genéticos e ambientais. Os negros e hispânicos parecem estar em maior risco de hepatite1 alcoólica que as demais pessoas.
Saiba mais sobre "Hepatites7", "Alcoolismo" e "Cirrose6 hepática8".
Qual é o substrato fisiológico9 da hepatite1 alcoólica?
Embora não esteja claro como o álcool danifica o fígado3, já que ocorre apenas em alguns bebedores pesados, é sabido que o processo do corpo para decompor o álcool produz produtos químicos altamente tóxicos, os quais desencadeiam inflamações10 que destroem as células11 hepáticas12. Com o tempo, as cicatrizes13 substituem o tecido14 hepático saudável, interferindo na função do fígado3. Essa cicatriz15 irreversível (cirrose6) é o estágio final da doença hepática8 alcoólica.
Os sinais16 de desnutrição4 são comuns em pessoas com hepatite1 alcoólica. Beber grandes quantidades de álcool suprime o apetite, e quem bebe muito recebe a maior parte de suas calorias17 do álcool, sentindo pouca necessidade de outros alimentos. Além disso, muitas pessoas que bebem muito são desnutridas porque comem mal e/ou porque o álcool e seus derivados impedem que o corpo absorva adequadamente os nutrientes, o que contribui para os danos às células11 hepáticas12.
Quais são as características clínicas da hepatite1 alcoólica?
O sinal18 clínico mais comum é o amarelamento da pele19 e do branco dos olhos20 (icterícia21). Outros sinais16 e sintomas22 incluem perda de apetite; náuseas23 e vômitos24; aumento da sensibilidade abdominal; febre25, geralmente baixa; fadiga26 e fraqueza. Outros sinais16 e sintomas22 que ocorrem com a hepatite1 alcoólica grave incluem acúmulo de líquido no abdome27 (ascite28); confusão mental; mudanças de comportamento devido ao acúmulo de toxinas29 normalmente metabolizadas e eliminadas pelo fígado3 e insuficiência renal30 e hepática8.
Como o médico diagnostica a hepatite1 alcoólica?
O médico fará um exame físico e procurará se informar sobre o uso atual e passado de álcool. Para testar a doença hepática8, ele pode recomendar testes de função hepática8, outros exames de sangue31, uma ultrassonografia32, tomografia computadorizada33 ou ressonância magnética34 do fígado3. Uma biópsia35 hepática8 pode ser necessária, se outros exames não fornecerem um diagnóstico36 claro sobre essa ou outras causas de hepatite1.
Como o médico trata a hepatite1 alcoólica?
O paciente diagnosticado com hepatite1 alcoólica deve parar de beber e nunca mais ingerir álcool, além de observar terapias para aliviar os sinais16 e sintomas22 de danos no fígado3. As pessoas que continuam a beber álcool correm um alto risco de danos graves ao fígado3 e de morte.
O tratamento para deixar de beber pode incluir medicamentos, aconselhamento, grupos de Alcoólicos Anônimos ou outros grupos de apoio, programas de tratamento ambulatorial ou residencial. Deve também ser empreendido tratamento para desnutrição4, a começar por uma dieta especial para corrigir os problemas nutricionais vigentes. A pessoa pode ser encaminhada a um nutricionista37 que pode sugerir maneiras de aumentar o consumo de vitaminas e nutrientes que lhe faltam.
Se a pessoa tiver hepatite1 alcoólica grave, o médico pode recomendar medicamentos para reduzir a inflamação2 do fígado3, como corticosteroides ou anti-inflamatórios. Como último recurso, pode ser necessário realizar um transplante de fígado3. Contudo, historicamente, aqueles com hepatite1 alcoólica não são candidatos ao transplante, devido ao alto risco de voltarem a beber, o que é prejudicial após o transplante.
Como evolui a hepatite1 alcoólica?
Para muitas pessoas com hepatite1 alcoólica grave, o risco de morte é alto.
Como prevenir a hepatite1 alcoólica?
A pessoa pode reduzir o risco de hepatite1 alcoólica se beber com moderação, mas a maneira mais certa de preveni-la é evitar de todo o álcool. Por outro lado, a pessoa deve proteger-se da hepatite1 C que, se não tratada, pode levar à cirrose6.
Quais são as complicações possíveis da hepatite1 alcoólica?
As complicações da hepatite1 alcoólica estão relacionadas ao tecido14 cicatricial, que pode retardar o fluxo sanguíneo através do fígado3, aumentando a pressão no vaso sanguíneo principal, a veia porta38, e o acúmulo de toxinas29. O sangue31 que não flui livremente através da veia porta38 pode voltar para outros vasos sanguíneos39 no estômago40 e no esôfago41, produzindo varizes42 que provavelmente sangrarão, muitas vezes de maneira fatal.
Outra complicação possível da hepatite1 alcoólica é o acúmulo de líquido no abdômen (ascite28). A ascite28 não representa risco de vida, mas geralmente é um sinal18 de hepatite1 alcoólica avançada ou cirrose6. O líquido que se acumula no abdômen pode ser infectado e requer tratamento com antibióticos.
O acúmulo de toxinas29 pode danificar o cérebro43, causando confusão mental, sonolência e fala arrastada (encefalopatia44 hepática8). Uma encefalopatia44 hepática8 grave pode resultar em coma45. Um fígado3 danificado pode afetar o fluxo sanguíneo para os rins46, resultando em danos a esses órgãos. A cirrose6 pode levar à insuficiência hepática47.
Leia também sobre "Biópsia35 de fígado3", "Esteatose hepática48", "Insuficiência hepática47" e "Transplante de fígado3".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Mayo Clinic e da Cleveland clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.