Esteatose alcoólica
O que é esteatose1 alcoólica?
A esteatose1, também chamada “doença hepática2 gordurosa”, é a acumulação de gordura3 no fígado4. Existem dois tipos de esteatose1, de acordo com as causas: (1) a esteatose1 metabólica e (2) a esteatose1 alcoólica. Essa última condição pode ocorrer mesmo em indivíduos que não são alcoólatras e apenas bebem moderadamente. Essas pessoas têm potencial evolutivo de chegar à cirrose5 hepática2, passando por uma hepatite6 alcoólica, se continuarem consumindo álcool após o diagnóstico7 de esteatose1 alcoólica.
Quais são as causas da esteatose1 alcoólica?
A esteatose1 alcoólica é provocada pelo consumo excessivo ou moderado de álcool, se houver uma predisposição genética. Ela ocorre em mais de 90% das pessoas que bebem álcool em excesso. Este é só o primeiro estágio, ainda reversível, das chamadas doenças alcoólicas do fígado4, que pode evoluir para hepatite6 alcoólica e cirrose5 hepática2.
Leia sobre "Esteatose hepática8", "Esteatose1 metabólica", "Hepatite6 alcoólica" e "Cirrose5 hepática2".
Qual é o substrato fisiológico9 da esteatose1 alcoólica?
O fígado4 tem uma capacidade limitada de metabolizar as moléculas de álcool e eliminar os resíduos delas do organismo. Quando a dose é alta e supera essa capacidade metabólica ou é ingerida uma quantidade maior de álcool em curto espaço de tempo, os subprodutos tóxicos do processo ficam concentrados no fígado4 e são danosos para as células10. Com o passar do tempo, esse dano começa a interferir nas funções do órgão.
No entanto, nem todas as pessoas que consomem álcool em excesso terão esteatose hepática8. A razão por que isso acontece a algumas pessoas e a outras não é desconhecida, mas há pesquisas sugerindo a interveniência de um possível fator genético.
As mulheres são mais vulneráveis à lesão11 hepática2 por álcool que os homens. Elas têm maior risco caso bebam a metade da quantidade dos homens. O risco pode estar aumentado nas mulheres porque seu sistema digestivo12 pode ser menos capaz de processar o álcool, aumentando assim a quantidade dessa substância que chega ao fígado4.
Quais são as características clínicas da esteatose1 alcoólica?
A esteatose1 alcoólica é o tipo menos grave das três doenças hepáticas13 que podem ser causadas pelo álcool. As outras duas são a hepatite6 alcoólica e a cirrose5 hepática2. Na esteatose1, gotículas volumosas de gordura3 se acumulam no fígado4. A doença pode ser revertida com as medidas terapêuticas adequadas e abstinência do álcool. Se o consumo é parado, a gordura3 tende a desaparecer e o fígado4 é capaz de voltar ao estado original. É normal ter alguma gordura3 no fígado4, mas quando essa quantidade é maior de 5 a 10% dele, o quadro deve ser tratado.
Como o médico diagnostica a esteatose1 alcoólica?
Diante da suspeita de esteatose1, o médico deve fazer um detalhado levantamento do histórico de saúde14 do paciente com foco no seu passado de consumo de álcool. Exames de sangue15 podem identificar danos iniciais ao fígado4.
Como o médico trata a esteatose1 alcoólica?
Não há medicamentos aprovados para corrigir a esteatose hepática8 alcoólica, embora alguns estejam em ensaios clínicos16. Normalmente, a primeira linha de tratamento é interromper a bebida e perder peso, especialmente se a pessoa tiver sobrepeso17 ou for obesa. Parar de beber é a única maneira de evitar que os danos ao fígado4 piorem. Perder apenas 3 a 5% do peso corporal pode reduzir a quantidade de gordura3 no fígado4. Essas medidas podem reverter algumas lesões18 hepáticas13 se elas ainda forem iniciais. Se a pessoa já tiver uma cirrose5 ou uma insuficiência hepática19, poderá ser necessário fazer um transplante de fígado4.
Como evolui a esteatose1 alcoólica?
Se a pessoa não interromper a ingesta de álcool, a esteatose hepática8 pode progredir até chegar numa cirrose5 descompensada, passando por uma hepatite6 alcoólica. No geral, estima-se que 8 a 20% dos pacientes com esteatose1 associada ao álcool irão eventualmente evoluir para cirrose5. Embora o uso continuado de álcool seja um fator de risco20 primário para doença hepática2 alcoólica progressiva, outros fatores de risco incluem doença hepática2 coexistente, obesidade21, sexo feminino, inflamação22 do fígado4 e fator genético.
O risco de mortalidade23 é alto. Embora a esteatose1 em si, na ausência de cirrose5 ou hepatite6, pareça não estar associada a uma mortalidade23 mais alta, ela tem sido associada ao aumento de doenças do fígado4, às vezes fatais.
Quais são as complicações possíveis da esteatose1 alcoólica?
Com o tempo, a presença de gordura3 no fígado4 pode causar um processo de inflamação22 no órgão, chamado de hepatite6 alcoólica, que se não for identificado e tratado pode evoluir para cirrose5 e necessitar de um transplante de fígado4. Em geral, as pessoas com esteatose hepática8 que chegam a necessitar de um transplante de fígado4 se saem muito bem.
Veja também sobre "Insuficiência hepática19", "Transplante de fígado4", "Biópsia24 do fígado4", "Câncer25 de fígado4", "Hepatite6 B" e "Hepatite6 C".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic, da Cleveland Clinic e do American Addiction Centers.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.