Hepatite C: o que é? Quais as causas? E os sintomas? Como são feitos o diagnóstico e o tratamento? Existem complicações da doença? Como evitá-la?
O que é hepatite1 C?
A hepatite1 C é uma doença infecciosa que afeta sobretudo o fígado2 e que pode ser aguda, mais raramente, ou crônica, mais frequentemente. Existem seis genótipos de vírus3 denominados de 1 a 6 sendo o genótipo4 1 o mais comum e o mais difícil de tratar.
Quais são as causas da hepatite1 C?
A hepatite1 C é causada pelo vírus3 da hepatite1 C, o VHC. O contágio5 do vírus3 é feito sobretudo pelo uso compartilhado de seringas, transfusões de sangue6, material médico mal esterilizado ou práticas clínicas pouco seguras. Num certo número de casos a causa do contágio5 permanece desconhecida. Outras formas menos frequentes de transmissão envolvem relações sexuais, piercings, tatuagens e compartilhamento de objetos de uso pessoal. As pessoas em maiores riscos são as que estiveram em diálise7 renal8, as que têm contato com sangue6, como os profissionais de saúde9, as que têm contato sexual não protegido, as que compartilham seringas com outras pessoas, as que receberam transfusão10 de sangue6 não analisado, as que fazem tatuagem ou acupuntura, as que receberam derivados do sangue6 ou órgãos sólidos, as que compartilham itens pessoais, como escovas de dente11, barbeadores etc. e as que nasceram de uma mãe infectada com hepatite1 C.
Quais são os principais sinais12 e sintomas13 da hepatite1 C?
A hepatite1 C muitas vezes fica assintomática durante alguns anos. Passados 20 a 30 anos, a infecção14 crônica pode levar à cirrose15 do fígado2, à insuficiência hepática16 ou ao câncer17 do fígado2. Cerca de 15% das pessoas acometidas apresentam sintomas13 agudos, os quais, no entanto, são pouco intensos e imprecisos: falta de apetite, fadiga18, náuseas19, dores musculares ou nas articulações20 e perda de peso. Em alguns casos a infecção14 pode desaparecer por si só, o que ocorre com mais frequência em indivíduos jovens do sexo feminino. A maioria das pessoas expostas ao vírus3 contraem uma infecção14 crônica. Durante anos os infectados não notam qualquer sintoma21. Às vezes há uma ligeira fadiga18, dificilmente atribuível à doença. Outros sintomas13 que podem ocorrer, com a característica de que às vezes passam desapercebidos ou são atribuídos a outras causas, são: dor abdominal ligeira, urina22 escura, febre23, prurido24, icterícia25, inapetência26, náuseas19, fezes pálidas e vômitos27, entre outros. A cirrose15 e câncer17 do fígado2 desenvolvem-se mais frequente entre alcoolistas e em indivíduos do sexo masculino.
Como o médico diagnostica a hepatite1 C?
O diagnóstico28 da hepatite1 C normalmente se inicia com um exame de sangue6 que detecte a presença de anticorpos29 do VHC e níveis elevados das enzimas hepáticas30, os quais, no entanto, guardam pouca relação com a intensidade da doença. Esses exames não conseguem fazer a distinção entre infecções31 agudas ou crônicas. O diagnóstico28 definitivo da hepatite1 C e da fibrose32 que ela pode causar é feito pela biópsia33 hepática34. Hoje em dia há exames de imagens que procuram substituir a biópsia33, avaliando o grau de fibrose32 do fígado2. Os danos hepáticos causados pela hepatite1 C e suas complicações podem ser avaliados e acompanhados pelas provas de função hepática34 e pelo tempo de protrombina35.
Como o médico trata a hepatite1 C?
O tratamento da hepatite1 C geralmente é feito com uma combinação de interferon com antivirais. A taxa de sucesso do tratamento está entre 50 e 80%. Aqueles indivíduos que desenvolvam cirrose15 ou câncer17 do fígado2 podem vir a necessitar de transplante de fígado2, embora o vírus3 possa voltar a se manifestar. Os portadores de hepatite1 C devem ser aconselhados a evitar bebidas alcoólicas e quaisquer medicamentos que apresentem toxicidade36 para o fígado2. Pacientes que tenham cirrose15 devem manter vigilância do hepatograma37, através da ecografia38.
Como evolui a hepatite1 C?
As respostas favoráveis ao tratamento medicamentoso variam conforme o genótipo4 do vírus3.
Os pacientes com hepatite1 C parecem ser mais sensíveis à hepatite1 A e B e por isso devem tomar as vacinas contra essas formas da hepatite1.
Como prevenir a hepatite1 C?
Ainda não há uma vacina39 eficaz contra a doença, no entanto, existem algumas em fase de desenvolvimento.
É importante o rastreio adequado dos doadores de sangue6 ou órgãos e adesão das unidades de saúde9 aos princípios básicos de precaução.
Quais são as complicações da hepatite1 C?
As complicações maiores e mais temíveis da hepatite1 C são a cirrose15 hepática34 e o câncer17 de fígado2.
Pode haver complicações da cirrose15 que representam risco imediato de vida, como as varizes40 gastroesofagianas.
A cirrose15 hepática34 pode levar à hipertensão porta41, acúmulo de líquidos no abdome42, hemorragias43 e encefalopatia44.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.