Insuficiência hepática: definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e possíveis complicações
O que é insuficiência hepática1?
A insuficiência hepática1 é a consequência mais grave de quase todas as doenças crônicas no fígado2. É a situação em que as funções do fígado2 geralmente encontram-se diminuídas, ocasionando dificuldades do órgão em desempenhar suas funções normais. Ela pode ser aguda ou crônica e cada uma delas pode ser de natureza benigna ou maligna. A insuficiência hepática1 aguda complicada por encefalopatia3 costuma ser fulminante, deteriorando significativamente o fígado2 e quase sempre levando o paciente à morte em poucos meses.
Quais são as causas da insuficiência hepática1?
As alterações funcionais do fígado2 são a consequência comum de todos os distúrbios que afetam os hepatócitos, as células4 funcionais do fígado2. As causas da insuficiência hepática1 podem ser tóxicas e não tóxicas. Entre as primeiras, encontram-se uma infinidade de substâncias que podem causar insuficiência hepática1, como hepatotoxinas intrínsecas; certos medicamentos e metais; fósforo; ouro; álcool etc. Entre as causas não tóxicas pode-se citar: hepatite5 viral aguda, hepatite5 crônica autoimune6, doença de Wilson7 etc. Quase todas essas causas levam, com o tempo, a uma cirrose8 (“cicatrização”) hepática9 que afeta a função do órgão.
Quais são os sinais10 e sintomas11 da insuficiência hepática1?
Os sinais10 e sintomas11 da insuficiência hepática1 dependem de sua intensidade. Se leve, ela provoca manifestações ligeiras ou até pode ser assintomática; se moderada, ocasiona manifestações evidentes; quando grave, provoca manifestações muito evidentes e complicações sérias.
Os principais sinais10 e sintomas11 da insuficiência hepática1 podem ser: anorexia12; náuseas13; vômitos14; desconforto abdominal; icterícia15 (amarelão); aumento das bilirrubinas16; hipoglicemia17; baixa concentração de albumina18, causando edemas19; odor "bolorento" no corpo; acidose20 lática21; distúrbios da coagulação22 do sangue23; insuficiência renal24 e hemorragias25 gastrointestinais. Casos graves evoluem para encefalopatia3, com manifestações que incluem depressão do sistema nervoso central26 e distúrbios da função neuromuscular (aumento do tônus muscular27, movimentos mioclônicos28 e tremores). Podem surgir outros sintomas11 como cansaço, fraqueza e falta de apetite.
Como o médico diagnostica a insuficiência hepática1?
O diagnóstico29 da insuficiência hepática1 pode ser feito pela análise do quadro clínico e por exames laboratoriais de sangue23, que mostrarão aumento das bilirrubinas16; hipoglicemia17 ou hiperglicemia30; acidose20 lática21; alterações da creatinina31, ureia32, albumina18 e bilirrubinas16; dosagem dos eletrólitos33; transaminases e tempo de protrombina34 ou outras provas das funções hepáticas35. Pode-se realizar ainda tomografia computadorizada36 do crânio37 e eletroencefalograma38 (EEG), em caso de encefalopatia3. Além disso, outros exames podem ser necessários para esclarecer as condições causais da insuficiência hepática1.
Como o médico trata a insuficiência hepática1?
O tratamento da insuficiência hepática1 dependerá da causa e dos sintomas11. Nas situações mais graves o tratamento é feito através de um transplante do fígado2 que, em alguns casos, pode salvar vidas.
Como evolui a insuficiência hepática1?
A insuficiência hepática1 fulminante ocasiona altas taxas de mortalidade39, mesmo com tratamento intensivo. Os sobreviventes geralmente terão uma recuperação completa em seis a dez semanas, com o restabelecimento da estrutura e funções do fígado2.
Pacientes com insuficiência hepática1 que não desenvolvem encefalopatia3, geralmente têm uma recuperação completa.
Não é comum haver complicações tardias.
Quais são as complicações possíveis da insuficiência hepática1?
Uma das complicações mais importantes da insuficiência hepática1 é a encefalopatia3 hepática9, uma patologia40 mental e neurológica que resulta da incapacidade do fígado2 em depurar certas substâncias tóxicas para o cérebro41, especialmente o amoníaco.
As complicações da insuficiência hepática1 fulminante incluem edema42 cerebral, aumento da pressão intracraniana e hipotensão arterial43 intratável.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.