Gostou do artigo? Compartilhe!

Anemia hemolítica - conceito, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é hemólise1?

As hemácias2 (glóbulos vermelhos do sangue3) se formam e se desenvolvem na medula óssea4, que é o tecido5 esponjoso dentro dos ossos; a isso se denomina hematopoese. O corpo normalmente destrói glóbulos vermelhos velhos ou defeituosos, principalmente no baço6 ou em outras partes do corpo; a isso dá-se o nome de hemólise1.

Normalmente, existe um processo contínuo e equilibrado entre a formação e a destruição das hemácias2, as quais duram cerca de 90 dias na circulação7. Contudo, esse processo pode sofrer desvios patológicos no sentido de uma hemólise1 mais acentuada que o normal.

O que é anemia hemolítica8?

Certas condições podem fazer com que a hemólise1 aconteça com muita rapidez ou com muita frequência. A anemia hemolítica8 se dá nessas condições. Ela ocorre quando se tem um baixo número de glóbulos vermelhos devido a muita hemólise1 no corpo, que então não consegue repor esses glóbulos na velocidade necessária.

Existem muitos tipos de anemia hemolítica8, que os médicos diagnosticam com base na causa subjacente dela.

Quais são as causas da anemia hemolítica8?

A anemia hemolítica8 autoimune9 é rara e tem várias causas. A hemólise1 autoimune9 pode ser primária ou secundária a condições como infecções10, lúpus11 eritematoso12 sistêmico13, hepatite14 autoimune9 e influenza15.

As condições que podem levar à anemia hemolítica8 incluem doenças hereditárias do sangue3, distúrbios autoimunes16, insuficiência17 da medula óssea4 ou infecções10. Alguns medicamentos ou efeitos colaterais18 às transfusões de sangue3 também podem causar anemia hemolítica8.

Os distúrbios hereditários incluem deficiência de glicose19-6-fosfato desidrogenase, esferocitose hereditária e anemia falciforme20, entre outras causas. Causas adquiridas de hemólise1 incluem desordens imunes, produtos químicos tóxicos, drogas, agentes antivirais, danos físicos e infecções10.

Leia sobre "Transfusão21 de sangue3", "Transplante de medula22" e "Hemograma".

Qual é o mecanismo fisiológico23 da anemia hemolítica8?

Uma anemia hemolítica8 se desenvolverá quando a atividade da medula óssea4 não puder compensar a perda de eritrócitos24. A hemólise1 que leva à anemia hemolítica8 pode ser causada por distúrbios hereditários ou adquiridos. A etiologia25 da destruição prematura de eritrócitos24 é diversa e pode ser causada por condições como defeitos da membrana, hemoglobina26 anormal, defeitos eritrocitários27 enzimáticos, destruição imune de eritrócitos24, lesão28 mecânica e hiperesplenismo (aumento do volume do baço6 e da sua capacidade de reter e armazenar células sanguíneas29).

A hemólise1 pode ser um fenômeno extravascular30 ou intravascular31. A anemia hemolítica8 autoimune9 e a esferocitose hereditária são exemplos de hemólise1 extravascular30 porque os glóbulos vermelhos são destruídos no baço6 e em outros tecidos reticuloendoteliais. A hemólise1 intravascular31 ocorre na anemia hemolítica8 devido a válvulas cardíacas protéticas (artificiais), deficiência de glicose19-6-fosfato desidrogenase, púrpura32 trombocitopênica trombótica33, coagulação34 intravascular31 disseminada, transfusão21 de sangue3 incompatível ABO e hemoglobinúria paroxística noturna.

A hemólise1 também pode ser intramedular, quando precursores frágeis de eritrócitos24 são destruídos na medula óssea4 antes de serem liberados na circulação7. A hemólise1 intramedular ocorre na anemia perniciosa35 e na talassemia36, por exemplo. A hemólise1 está associada à liberação de desidrogenase de lactato37.

Saiba mais sobre "Hiperesplenismo", "Púrpura32", "Coagulação34 intravascular31 disseminada" e "Hemoglobinúria paroxística noturna".

Quais são as principais características clínicas da anemia hemolítica8?

A gravidade da anemia38 depende de o início da hemólise1 ser gradual ou abrupto e da extensão da destruição dos eritrócitos24. A hemólise1 leve pode ser assintomática, enquanto a anemia38 na hemólise1 grave pode ser fatal e causar angina39 e descompensação cardiopulmonar.

A apresentação clínica da anemia hemolítica8 pode diferir dependendo da etiologia25. Os sinais40 e sintomas41 devem-se à anemia38, à extensão da compensação da anemia38, ao tratamento anterior e ao distúrbio subjacente. Os pacientes com anemia hemolítica8 mínima ou de longa duração podem ser assintomáticos, e a hemólise1 frequentemente é encontrada incidentalmente durante os exames laboratoriais de rotina.

As manifestações clínicas podem incluir o seguinte: na hemólise1 intravascular31, a deficiência de ferro devido à hemoglobinúria crônica pode exacerbar a anemia38 e a fraqueza; na anemia38 grave ocorrem taquicardia42, dispneia43, angina39 e fraqueza; a hemólise1 persistente pode resultar no desenvolvimento de cálculos biliares com dor abdominal, presença de pele44 cor de bronze, diabetes45 e urina46 escura, devido à hemoglobinúria.

Os pacientes podem apresentar também febre47, sinais40 e sintomas41 neurológicos, insuficiência renal48 e trombocitopenia49. Úlceras50 de perna podem se desenvolver em pacientes com anemias hemolíticas. Tromboembolismo51 venoso pode ocorrer em 15% a 33% dos adultos com anemia hemolítica8. Crianças com anemia hemolítica8 também apresentam risco aumentado de trombose52.

Veja sobre "Anemia falciforme20", "Anemia ferropriva53", "Anemia38 na gravidez54" e "Anemias em geral".

Como o médico diagnostica a anemia hemolítica8?

O diagnóstico55 da anemia hemolítica8 deve ser feito com base na história clínica, nos exames físico e laboratoriais e outras causas de anemia38 devem ser descartadas. Ao exame físico em um indivíduo com anemia hemolítica8, o médico pode constatar sinais40 de anemia38, complicações da hemólise1 e evidência de doença subjacente na pele44, conjuntiva56, apresentar unhas57 pálidas, além de taquicardia42, taquipneia58 e hipotensão59.

Pode ocorrer também icterícia60 moderada, doença hepática61 e obstrução biliar. A esplenomegalia62 pode não estar presente em todos os distúrbios hemolíticos e a presença dela pode sugerir algum outro distúrbio subjacente, como a leucemia63 linfocítica crônica, alguns linfomas ou lúpus11 eritematoso12 sistêmico13, por exemplo.

Linfadenopatia, juntamente com a esplenomegalia62, é sugestivo de leucemia63 linfocítica crônica. Úlceras50 nas pernas podem estar presentes. As manifestações clínicas podem incluir, ainda, hiperpigmentação irregular, dor na língua64 e sintomas41 gastrointestinais.

Para o diagnóstico55 da anemia hemolítica8, devem ser realizados os seguintes exames laboratoriais complementares: hemograma com contagem de plaquetas65; teste de Coombs direto; teste para comprovação de hemólise1; identificação do anticorpo66 ligado à superfície das hemácias2 e pesquisa de crioaglutininas.

A ultrassonografia67 ou a tomografia computadorizada68 podem ser necessárias para definir o tamanho do baço6.

Como o médico trata a anemia hemolítica8?

Existem diferenças no manejo dos vários tipos de anemias hemolíticas, com o tratamento dependendo do tipo e da causa. Em casos de emergência69, pode ser necessária transfusão21 sanguínea. Para anemia hemolítica8 causada por doença autoimune9, podem ser utilizadas drogas que reprimem o sistema imunológico70. Quando os glóbulos vermelhos são destruídos em ritmo acelerado, o organismo pode precisar de ácido fólico extra e suplementos de ferro para repor o que está sendo perdido.

Como evolui a anemia hemolítica8?

O prognóstico71 para pacientes72 com anemia hemolítica8 depende da causa subjacente. No geral, as taxas de mortalidade73 são baixas nas anemias hemolíticas. Os riscos são maiores em pacientes idosos e naqueles com comprometimento cardiovascular.

Leia também sobre "Esplenomegalia62" e "Ácido fólico".

 

ABCMED, 2019. Anemia hemolítica - conceito, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1337578/anemia-hemolitica-conceito-causas-sintomas-diagnostico-e-tratamento.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Hemólise: Alteração fisiológica ou patológica, com dissolução ou destruição dos glóbulos vermelhos do sangue causando liberação de hemoglobina. É também conhecida por hematólise, eritrocitólise ou eritrólise. Pode ser produzida por algumas anemias congênitas ou adquiridas, como consequência de doenças imunológicas, etc.
2 Hemácias: Também chamadas de glóbulos vermelhos, eritrócitos ou células vermelhas. São produzidas no interior dos ossos a partir de células da medula óssea vermelha e estão presentes no sangue em número de cerca de 4,5 a 6,5 milhões por milímetro cúbico, em condições normais.
3 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
4 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
5 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
6 Baço:
7 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
8 Anemia hemolítica: Doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue se desintegrem no interior dos veios sangüíneos (hemólise intravascular) ou em outro lugar do organismo (hemólise extravascular). Pode ter várias causas e ser congênita ou adquirida. O tratamento depende da causa.
9 Autoimune: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
10 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
11 Lúpus: 1. É uma inflamação crônica da pele, caracterizada por ulcerações ou manchas, conforme o tipo específico. 2. Doença autoimune rara, mais frequente nas mulheres, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta patologia, a defesa imunológica do indivíduo se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especializados no assunto.
12 Eritematoso: Relativo a ou próprio de eritema. Que apresenta eritema. Eritema é uma vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos.
13 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
14 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
15 Influenza: Doença infecciosa, aguda, de origem viral que acomete o trato respiratório, ocorrendo em epidemias ou pandemias e frequentemente se complicando pela associação com outras infecções bacterianas.
16 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
17 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
18 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
19 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
20 Anemia falciforme: Doença hereditária que causa a má formação das hemácias, que assumem forma semelhante a foices (de onde vem o nome da doença), com maior ou menor severidade de acordo com o caso, o que causa deficiência do transporte de gases nos indivíduos que possuem a doença. É comum na África, na Europa Mediterrânea, no Oriente Médio e em certas regiões da Índia.
21 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.
22 Medula: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
23 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
24 Eritrócitos: Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO. Sinônimos: Corpúsculos Sanguíneos Vermelhos; Corpúsculos Vermelhos Sanguíneos; Corpúsculos Vermelhos do Sangue; Glóbulos Vermelhos; Hemácias
25 Etiologia: 1. Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. 2. Estudo das causas das doenças.
26 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
27 Eritrocitários: Relativo a eritrócito, ou seja, relativo à célula vermelha do sangue, cuja principal função é o transporte de oxigênio.
28 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
29 Células Sanguíneas: Células encontradas no líquido corpóreo circulando por toda parte do SISTEMA CARDIOVASCULAR.
30 Extravascular: Relativo ao exterior dos vasos sanguíneos e linfáticos, ou que ali se situa ou ocorre.
31 Intravascular: Relativo ao interior dos vasos sanguíneos e linfáticos, ou que ali se situa ou ocorre.
32 Púrpura: Lesão hemorrágica de cor vinhosa, que não desaparece à pressão, com diâmetro superior a um centímetro.
33 Trombótica: Relativo à trombose, ou seja, à formação ou desenvolvimento de um trombo (coágulo).
34 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
35 Anemia Perniciosa: Doença causada pela incapacidade do organismo absorver a vitamina B12. Mais corretamente, ela se refere a uma doença autoimune que resulta na perda da função das células gástricas parietais, que secretam ácido clorídrico para acidificar o estômago e o fator intrínseco gástrico que facilita a absorção da vitamina B12.
36 Talassemia: Anemia mediterrânea ou talassemia. Tipo de anemia hereditária, de transmissão recessiva, causada pela redução ou ausência da síntese da cadeia de hemoglobina, uma proteína situada no interior do glóbulos vermelhos e que tem a função de transportar o oxigênio. É classificada dentro das hemoglobinopatias. Afeta principalmente populações da Itália e da Grécia (e seus descendentes), banhadas pelo Mar Mediterrâneo.
37 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
38 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
39 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
40 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
41 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
42 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
43 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
44 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
45 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
46 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
47 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
48 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
49 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
50 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
51 Tromboembolismo: Doença produzida pela impactação de um fragmento de um trombo. É produzida quando este se desprende de seu lugar de origem, e é levado pela corrente sangüínea até produzir a oclusão de uma artéria distante do local de origem do trombo. Esta oclusão pode ter diversas conseqüências, desde leves até fatais, dependendo do tamanho do vaso ocluído e do tipo de circulação do órgão onde se deu a oclusão.
52 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
53 Anemia Ferropriva: Anemia por deficiência de ferro. É o tipo mais comum de anemia. Há redução da quantidade total de ferro corporal até a exaustão das reservas de ferro. O fornecimento de ferro é insuficiente para atingir as necessidades de diferentes tecidos, incluindo as necessidades para a formação de hemoglobina e dos glóbulos vermelhos.
54 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
55 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
56 Conjuntiva: Membrana mucosa que reveste a superfície posterior das pálpebras e a superfície pericorneal anterior do globo ocular.
57 Unhas: São anexos cutâneos formados por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de consistência endurecida. Esta consistência dura, confere proteção à extremidade dos dedos das mãos e dos pés. As unhas têm também função estética. Apresentam crescimento contínuo e recebem estímulos hormonais e nutricionais diversos.
58 Taquipneia: Aceleração do ritmo respiratório.
59 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
60 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
61 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
62 Esplenomegalia: Aumento tamanho do baço acima dos limites normais
63 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
64 Língua:
65 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
66 Anticorpo: Proteína circulante liberada pelos linfócitos em reação à presença no organismo de uma substância estranha (antígeno).
67 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
68 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
69 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
70 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
71 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
72 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
73 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.