Saiba mais sobre a esplenomegalia ou aumento do baço
O que é esplenomegalia1?
A esplenomegalia1 (do grego splenikós = baço2 e megalos = grande) consiste no aumento do volume do baço2, que normalmente pesa em torno de 150 gramas e tem até 11 centímetros de comprimento em seu maior eixo. O baço2 é um órgão esponjoso, responsável pela produção, armazenamento, controle e destruição de células3 do sangue4. Se seu crescimento for muito grande pode ocasionar uma ruptura do órgão, causando uma grave hemorragia5 interna, potencialmente fatal. O baço2 é um órgão que faz parte também do sistema linfático6 e filtra o sangue4, contribuindo para manter saudáveis as células sanguíneas7.
Quais são as causas da esplenomegalia1?
A esplenomegalia1 pode ser causada, entre outros motivos, por estimulação exercida sobre o baço2 por uma resposta imune, por aumento na destruição excessiva de hemácias8, doença mieloproliferativa, doença infiltrativa, neoplasias9, doença de Chagas10, leishmaniose visceral, aumento na pressão venosa e doenças de deposição, como a amiloidose11, por exemplo. Quando ocorre esplenomegalia1, o baço2 aumenta sua capacidade de armazenar células sanguíneas7 e pode reduzir o número de eritrócitos12, de leucócitos13 e de plaquetas14 na circulação15, levando à anemia16, leucopenia17 ou plaquetopenia18, condição que é denominada hiperesplenismo.
Quais são os principais sinais19 e sintomas20 da esplenomegalia1?
A esplenomegalia1 quase não causa sintomas20 e eles, quando existem, não revelam a causa específica do seu aumento. Raramente a esplenomegalia1 é dolorosa ou apresenta outros sintomas20, mas podem ocorrer soluços, incapacidade de comer uma refeição abundante, aumento do volume abdominal, dor em hipocôndrio21 esquerdo (região onde o baço2 está localizado) e febre22, sendo que estes sintomas20 geralmente ocorrem nas esplenomegalias infecciosas ou no câncer23. Pode também haver palidez, petéquias24 e hematomas25 por conta do hiperesplenismo. O baço2 pode ser afetado por doenças do sangue4, do sistema linfático6, infecções26, tumores e doenças do fígado27 e então serão observados os sintomas20 próprios de cada uma delas.
Como o médico diagnostica a esplenomegalia1?
A esplenomegalia1 é diagnosticada pela palpação28 ou percussão29 do abdômen ou através de uma ultrassonografia30 abdominal, que pode ser complementada por uma tomografia computadorizada31. Na cintilografia32, usam-se partículas radioativas para avaliar o tamanho e a função do baço2 e para determinar se esse órgão está acumulando ou destruindo grandes quantidades de células sanguíneas7. O exame de sangue4 revelará uma queda do número de células3 do sangue4. Esses exames do baço2 podem ser coadjuvados por um exame microscópico33 das células sanguíneas7 e por um exame da medula óssea34, que pode detectar a presença de um câncer23 de células sanguíneas7 ou um acúmulo de substâncias indesejadas. A determinação da concentração de proteínas35 pode ajudar a descartar alguns distúrbios patológicos.
Como o médico trata a esplenomegalia1?
Na maioria das vezes, não se faz necessário nenhum tratamento específico da esplenomegalia1. Se ele precisar ser feito, em primeiro lugar deve ser tratada a doença de base que esteja causando a esplenomegalia1. Em casos extremos e raros, quando o baço2 esteja exaurindo a reserva de hemácias8, leucócitos13 e plaquetas14, o médico pode sugerir a remoção cirúrgica do baço2. A esplenectomia (remoção cirúrgica do baço2) também pode ser feita quando o aumento do baço2 causa dor, comprime outros órgãos ou quando ele torna-se tão grande que partes do mesmo sangram ou morrem. Nessa eventualidade, o baço2 pode ser retirado por laparotomia36 (uma incisão37 única, maior) ou por laparoscopia38 (pequenos orifícios, pelos quais se introduz uma microcâmera). A radioterapia39 algumas vezes pode ser utilizada como alternativa para reduzir o tamanho do baço2.
Como evolui a esplenomegalia1?
Após a retirada do baço2 a capacidade de defesa do organismo fica reduzida, aumentando o risco de infecções26. Para diminuir este risco, recomenda-se o uso contínuo de antibióticos em baixas doses por toda a vida, de acordo com as orientações do médico assistente.
Outra recomendação importante é sobre as imunizações. Pacientes esplenectomizados (que tiveram seu baço2 retirado) devem ser vacinados contra pneumococo, meningococo, Haemophilus influenzae tipo b e Influenza40 (gripe41). Em casos de viagens ao exterior, também devem certificar-se se estão imunizados com todas as vacinas aconselhadas para os países que irão visitar. Em particular, devem ser imunizados contra o meningococo do grupo A.
Quais são as complicações possíveis da esplenomegalia1?
As complicações potencialmente possíveis da esplenomegalia1 são infecções26 e rotura do baço2.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.