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Quando a menopausa afeta músculos e articulações

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O que é síndrome1 musculoesquelética da menopausa2?

A menopausa2 marca o fim da fase reprodutiva da mulher, geralmente entre 45 e 55 anos, com a cessação permanente da menstruação3 por 12 meses consecutivos. Esse período é acompanhado por alterações hormonais profundas, especialmente a queda acentuada dos níveis de estrogênio, progesterona e, em menor grau, testosterona.

Embora os sintomas4 vasomotores (“ondas de calor”) e geniturinários sejam mais conhecidos, cerca de 70% das mulheres na pós-menopausa2 relatam queixas musculoesqueléticas que interferem significativamente na qualidade de vida. Essas manifestações formam um conjunto clínico denominado Síndrome1 Musculoesquelética da Menopausa2 (SMM), reconhecida nos últimos 15 anos como distinta, embora ainda subdiagnosticada.

A SMM é um espectro de sintomas4 dolorosos e funcionais que afetam músculos5, tendões6, ligamentos7, articulações8 e ossos, desencadeados ou agravados pela transição da menopausa2. Trata-se de um fenômeno multifatorial e progressivo, que engloba sintomas4 de variadas naturezas, ocorrendo na ausência de doença reumática inflamatória sistêmica ou lesão9 estrutural grave preexistente.

Quais são as causas da síndrome1 musculoesquelética da menopausa2?

A causa principal é a hipoestrogenia crônica (baixa produção de estrogênio). O estrogênio exerce efeitos tróficos diretos e indiretos no tecido conjuntivo10. Receptores estrogênicos estão presentes em condrócitos11, sinoviócitos, fibroblastos12 tendíneos, miócitos e osteoblastos/osteoclastos13, de foram que a subativação deles:

  • reduz a síntese de todos os tipos de colágeno14;
  • aumenta a degradação proteica;
  • favorece a reabsorção óssea;
  • reduz a síntese de proteoglicanos na cartilagem articular15, com perda de hidratação e elasticidade16;
  • diminui a perfusão microvascular sinovial e muscular por queda de óxido nítrico endotelial;
  • e aumenta a sensibilidade à dor por modulação descendente reduzida de serotonina e noradrenalina17 no corno dorsal medular.

Fatores agravantes incluem índice de massa corporal18 elevado; sedentarismo19, que acelera a sarcopenia; tabagismo, que tem ação antiestrogênica e pró-inflamatória; deficiência de vitamina20 D; e histórico de sobrecarga articular por microtraumas repetitivos.

Veja sobre "Irregulares menstruais", "Terapia de Reposição Hormonal ou TRH" e "Reposição hormonal com hormônios bioidênticos".

Qual é a fisiopatologia21 da síndrome1 musculoesquelética da menopausa2?

A fisiopatologia21 é multifásica e envolve três eixos principais: (1) eixo degenerativo22; (2) eixo inflamatório; e (3) eixo metabólico-endócrino23.

No eixo 1:

  • há redução de condrócitos11 viáveis nas cartilagens24 e fissuração precoce;
  • o colágeno14 tipo I dos tendões6 e ligamentos7 torna-se mais rígido e menos elástico;
  • ocorre atrofia25 de fibras tipo II (rápidas) nos músculos5, com infiltração gordurosa (sarcopenia tipo menopausa2);
  • os ossos trabeculares têm sua microarquitetura comprometida, com trabéculas26 mais finas e desconexas, diminuindo 2 a 3% ao ano nos primeiros 5 anos pós-menopausa2.

No eixo 2:

  • as citocinas27 pró-inflamatórias estão elevadas na sinóvia e nos músculos5, mesmo sem infecção28;
  • há maior participação de mecanismos de sensibilização central, com microglia ativada por hipoestrogenia, originando sintomas4 semelhantes aos da fibromialgia29;
  • ocorre disfunção do eixo hipotálamo30-hipófise31-adrenal, com cortisol basal elevado, mas resposta ao estresse atenuada.

No eixo 3:

Quais são as características clínicas da síndrome1 musculoesquelética da menopausa2?

O quadro típico surge em mulher de 48-58 anos, 1 a 3 anos após a menopausa2, com:

  1. Artralgias33 (dor articular difusa, especialmente em joelhos, ombros, mãos34 e coluna)
  2. Mialgias35 (dor muscular generalizada ou localizada)
  3. Rigidez matinal ou pós-repouso
  4. Fraqueza muscular proximal36 (dificuldade para subir escadas ou levantar os braços, por exemplo)
  5. Tendinopatias (especialmente do manguito rotador37 e/ou tendão de Aquiles38)
  6. Síndrome1 do túnel do carpo (mais prevalente na perimenopausa)
  7. Dor lombar crônica de origem degenerativa39 acelerada
  8. Perda de densidade mineral óssea (osteopenia/osteoporose40 precoce).

Sintomas4 associados incluem insônia, humor depressivo, fadiga41 crônica e ganho de peso central. A flutuação dos sintomas4 ao longo do dia é comum e pode mimetizar quadros reumatológicos funcionais.

Como o médico diagnostica a síndrome1 musculoesquelética da menopausa2?

A SMM é um diagnóstico42 de exclusão, mas com características temporais claras, com início ou piora acentuada nos 2-5 anos que sucedem a última menstruação3. O diagnóstico42 é clínico, devendo seguir uma história médica de início na peri/pós-menopausa2, ausência de trauma, sem febre43 e sem perda ponderal44. O exame físico deve mostrar dor à palpação45 difusa, sem sinais flogísticos46.

Nos exames de laboratório, um FSH maior que 30 UI/L + estradiol menor que 20 pg/mL confirma menopausa2. A PCR47 e a VHS48 são normais ou levemente elevadas (<2x normal). Frequentemente há deficiência de vitamina20 D e hipotireoidismo49 subclínico. As imagens de RX de mãos34 e joelhos mostram ausência de erosões e possível osteopenia precoce.

A avaliação deve sempre excluir artrites inflamatórias, polimialgia reumática e doenças da tireoide50.

Leia sobre "Miomas uterinos", "Pólipos51 uterinos", "Adenomiose52" e "Endometriose53".

Como o médico trata a síndrome1 musculoesquelética da menopausa2?

O tratamento é multimodal, individualizado e escalonado, podendo incluir:

  1. Medidas não farmacológicas
  2. Reposição hormonal
    • Tem indicação forte se os sintomas4 vasomotores são intensos e se não houver contraindicações (tromboembolismo57, câncer58 hormônio59-dependente ou outras).
    • O esquema preferencial é o estrogênio transdérmico (patch 50 mcg/dia) + progesterona micronizada cíclica ou contínua.
    • Geralmente, há benefício musculoesquelético, com redução de 40-60% na dor em cerca de 3 meses.
  3. Tratamento farmacológico sintomático60
    • Analgésicos61
    • Anti-inflamatórios tópicos ou sistêmicos62 curtos
    • Suplementação63 de vitamina20 D, cálcio e magnésio
  4. Tratamento da osteoporose40 ou de fratura64 prévia

O manejo deve priorizar a restauração da força muscular e a manutenção da função cotidiana, evitando dependência prolongada de analgésicos61. O acompanhamento conjunto com ginecologista, reumatologista e fisioterapeuta é o ideal.

Como evolui a síndrome1 musculoesquelética da menopausa2?

A fase aguda dura de 0 a 3 anos pós-menopausa2 e o pico de sintomas4 ocorre em 80% das pacientes. A fase subaguda65 dura de 3 a 7 anos, com estabilização ou regressão parcial dos sintomas4 tratados. A fase crônica dura mais que 7 anos, persistindo em 30-40% das mulheres, com dor residual, especialmente se a sarcopenia não for revertida.

Com intervenção precoce, 70% das pacientes alcançam remissão funcional em 12-18 meses. Sem tratamento, 25% evoluem para incapacidade moderada. Estudos longitudinais mostram que intervenções nos primeiros 5 anos pós-menopausa2 reduzem em 50% o risco de dependência funcional aos 70 anos.

A velocidade da recuperação depende diretamente do nível de atividade física e da adesão ao tratamento.

Quais são as complicações possíveis com a síndrome1 musculoesquelética da menopausa2?

Há um risco cerca de 2,5 vezes maior de fratura64 osteoporótica em vértebra, punho e colo femoral66. Pode ocorrer sarcopenia grave com quedas recorrentes; fibromialgia29 secundária; depressão maior; doença cardiovascular, devido à imobilidade e ganho de peso; incontinência urinária67 de esforço por fraqueza do assoalho pélvico68; e perda de autonomia, com necessidade de cuidador em 5-10% das mulheres aos 70 anos.

Tendinopatias crônicas e incapacidade funcional persistente podem limitar atividades básicas, como caminhar ou carregar peso.

Veja também sobre "15 sintomas4 de câncer58 que muitas mulheres ignoram", "Perda involuntária69 de urina70 em mulheres", "Frigidez feminina" e "Queda da libido71".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do Taylor & Francis Group e da National Library of Medicine.

ABCMED, 2025. Quando a menopausa afeta músculos e articulações. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/1497320/quando-a-menopausa-afeta-musculos-e-articulacoes.htm>. Acesso em: 21 nov. 2025.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
2 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
3 Menstruação: Sangramento cíclico através da vagina, que é produzido após um ciclo ovulatório normal e que corresponde à perda da camada mais superficial do endométrio uterino.
4 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
5 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
6 Tendões: Tecidos fibrosos pelos quais um músculo se prende a um osso.
7 Ligamentos: 1. Ato ou efeito de ligar(-se). Tudo o que serve para ligar ou unir. 2. Junção ou relação entre coisas ou pessoas; ligação, conexão, união, vínculo. 3. Na anatomia geral, é um feixe fibroso que liga entre si os ossos articulados ou mantém os órgãos nas respectivas posições. É uma expansão fibrosa ou aponeurótica de aparência ligamentosa. Ou também uma prega de peritônio que serve de apoio a qualquer das vísceras abdominais. 4. Vestígio de artéria fetal ou outra estrutura que perdeu sua luz original.
8 Articulações:
9 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
10 Tecido conjuntivo: Tecido que sustenta e conecta outros tecidos. Consiste de CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO inseridas em uma grande quantidade de MATRIZ EXTRACELULAR.
11 Condrócitos: Células polimórficas que formam a cartilagem.
12 Fibroblastos: Células do tecido conjuntivo que secretam uma matriz extracelular rica em colágeno e outras macromoléculas.
13 Osteoclastos: Célula que garante a destruição do tecido ósseo.
14 Colágeno: Principal proteína fibrilar, de função estrutural, presente no tecido conjuntivo de animais.
15 Cartilagem Articular:
16 Elasticidade: 1. Propriedade de um corpo sofrer deformação, quando submetido à tração, e retornar parcial ou totalmente à forma original. 2. Flexibilidade, agilidade física. 3. Ausência de senso moral.
17 Noradrenalina: Mediador químico do grupo das catecolaminas, liberado pelas fibras nervosas simpáticas, precursor da adrenalina na parte interna das cápsulas das glândulas suprarrenais.
18 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
19 Sedentarismo: Qualidade de quem ou do que é sedentário, ou de quem tem vida e/ou hábitos sedentários. Sedentário é aquele que se exercita pouco, que não se movimenta muito.
20 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
21 Fisiopatologia: Estudo do conjunto de alterações fisiológicas que acontecem no organismo e estão associadas a uma doença.
22 Degenerativo: Relativo a ou que provoca degeneração.
23 Endócrino: Relativo a ou próprio de glândula, especialmente de secreção interna; endocrínico.
24 Cartilagens: Tecido resistente e flexível, de cor branca ou cinzenta, formado de grandes células inclusas em substância que apresenta tendência à calcificação e à ossificação.
25 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
26 Trabéculas: 1. Em Anatomia, é a estrutura filamentar ou linear de certos tecidos orgânicos, como o tecido ósseo esponjoso, o tecido pulmonar ou a parede vesical. 2. Em Botânica, é o filamento ou fileira de células que atravessam uma lacuna ou um espaço em um tecido, em uma célula ou no espaço entre células. 3. Trave pequena.
27 Citocinas: Citoquina ou citocina é a designação genérica de certas substâncias segregadas por células do sistema imunitário que controlam as reações imunes do organismo.
28 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
29 Fibromialgia:
30 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
31 Hipófise:
32 Microbioma: Comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos que compartilham nosso espaço corporal. Microbioma humano é o conjunto de microrganismos que reside no corpo do Homo sapiens, mantendo uma relação simbiótica com o hospedeiro. O conceito vai além do termo microbiota, incluindo também a relação entre as células microbianas e as células e sistemas humanos, por meio de seus genomas, transcriptomas, proteomas e metabolomas.
33 Artralgias: Dor em articulações.
34 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
35 Mialgias: Dor que se origina nos músculos. Pode acompanhar outros sintomas como queda no estado geral, febre e dor de cabeça nas doenças infecciosas. Também pode estar associada a diferentes doenças imunológicas.
36 Proximal: 1. Que se localiza próximo do centro, do ponto de origem ou do ponto de união. 2. Em anatomia geral, significa o mais próximo do tronco (no caso dos membros) ou do ponto de origem (no caso de vasos e nervos). Ou também o que fica voltado para a cabeça (diz-se de qualquer formação). 3. Em botânica, o que fica próximo ao ponto de origem ou à base. 4. Em odontologia, é o mais próximo do ponto médio do arco dental.
37 Manguito rotador: O manguito rotador ou coifa dos rotadores é um grupo de músculos e seus tendões que age para estabilizar o ombro. É formado por quatro músculos: o supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular. Estes músculos desempenham um papel fundamental nos movimentos do ombro e da cintura escapular.
38 Tendão de Aquiles:
39 Degenerativa: Relativa a ou que provoca degeneração.
40 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
41 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
42 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
43 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
44 Ponderal: Relativo a peso, equilíbrio. Exemplos: Perda ponderal = perda de peso, emagrecimento. Ganho ponderal = ganho de peso.
45 Palpação: Ato ou efeito de palpar. Toque, sensação ou percepção pelo tato. Em medicina, é o exame feito com os dedos ou com a mão inteira para explorar clinicamente os órgãos e determinar certas características, como temperatura, resistência, tamanho etc.
46 Sinais flogísticos: São alterações que aparecem durante um processo inflamatório, tais como dor, calor e rubor.
47 PCR: Reação em cadeia da polimerase (em inglês Polymerase Chain Reaction - PCR) é um método de amplificação de DNA (ácido desoxirribonucleico).
48 VHS: É a velocidade com que os glóbulos vermelhos se separam do “soro†e se depositam no fundo de um tubo de ensaio, se este tubo com sangue é deixado parado (com anticoagulante). Os glóbulos vermelhos (hemácias) são puxados para baixo pela gravidade e tendem a se aglomerar no fundo do tubo. No entanto, eles são cobertos por cargas elétricas negativas e, quando vão se aproximando do fundo, repelem-se umas às outras, como cargas iguais de ímãs. Essa força magnética de repulsão se contrapõe à gravidade e naturalmente diminui a velocidade com que as hemácias caem. Se junto com as hemácias, nadando no plasma, haja outras estruturas de cargas positivas, estas vão anular as cargas negativas das hemácias e também a repulsão magnética entre elas, permitindo sua aglutinação. Neste caso a gravidade age sozinha e a velocidade com que elas caem (velocidade de hemossedimentação) é acelerada. O VHS é expresso como o número de milímetros que o sangue sedimentou (no tubo) no espaço de uma hora (mm/h).
49 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.
50 Tireoide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente.
51 Pólipos: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
52 Adenomiose: Patologia uterina em que há invasão do miométrio por endométrio, produzindo um difuso aumento do útero, o qual, microscopicamente, exibe glândulas ectópicas, não-neoplásicas, endometrial e estroma. É considerada benigna, porém, com importante impacto clínico devido aos sintomas que a acompanha, como sangramento uterino aumentado, dor e infertilidade.
53 Endometriose: Doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
54 Hidroterapia: 1. Uso da água sob formas diversas (banhos, duchas, loções, compressas úmidas, etc.) com fins terapêuticos. 2. Qualquer terapia que faça uso de água.
55 Fisioterapia: Especialidade paramédica que emprega agentes físicos (água doce ou salgada, sol, calor, eletricidade, etc.), massagens e exercícios no tratamento de doenças.
56 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
57 Tromboembolismo: Doença produzida pela impactação de um fragmento de um trombo. É produzida quando este se desprende de seu lugar de origem, e é levado pela corrente sangüínea até produzir a oclusão de uma artéria distante do local de origem do trombo. Esta oclusão pode ter diversas conseqüências, desde leves até fatais, dependendo do tamanho do vaso ocluído e do tipo de circulação do órgão onde se deu a oclusão.
58 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
59 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
60 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
61 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
62 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
63 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
64 Fratura: Solução de continuidade de um osso. Em geral é produzida por um traumatismo, mesmo que possa ser produzida na ausência do mesmo (fratura patológica). Produz como sintomas dor, mobilidade anormal e ruídos (crepitação) na região afetada.
65 Subaguda: Levemente aguda ou que apresenta sintomas pouco intensos, mas que só se atenuam muito lentamente (diz-se de afecção ou doença).
66 Colo Femoral: Porção comprimida do osso da coxa entre cabeça do fêmur e trocanter.
67 Incontinência urinária: Perda do controle da bexiga que provoca a passagem involuntária de urina através da uretra. Existem diversas causas e tipos de incontinência e muitas opções terapêuticas. Estas vão desde simples exercícios de fisioterapia até complicadas cirurgias. As mulheres são mais freqüentemente acometidas por este problema.
68 Assoalho Pélvico: Tecido mole, formado principalmente pelo diafragma pélvico (composto pelos dois músculos levantadores do ânus e pelos dois coccígeos). Por sua vez, o diafragma pélvico fica logo abaixo da abertura (outlet) pélvica e separa a cavidade pélvica do PERÍNEO. Estende-se do OSSO PÚBICO (anteriormente) até o COCCIX (posteriormente).
69 Involuntária: 1.    Que se realiza sem intervenção da vontade ou que foge ao controle desta, automática, inconsciente, espontânea. 2.    Que se encontra em uma dada situação sem o desejar, forçada, obrigada.
70 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
71 Libido: Desejo. Procura instintiva do prazer sexual.
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