Doenças da vagina: quais são as mais comuns?
O que são doenças da vagina1?
Uma doença vaginal é uma condição patológica que afeta parte ou a totalidade da vagina1. Ela pode ser devida a:
- Infecções2 sexualmente transmissíveis
- Outras doenças infecciosas da vagina1 (vulvovaginites)
- Vaginismo
- Obstrução vaginal
- Hipoplasia3 vaginal
- Nódulos incomuns na parede ou na base da vagina1
- Vulvodinias
- Prolapso4 vaginal
- Câncer5 vaginal (muito raro) e do colo6 de útero7
- Transtorno persistente da excitação genital
1 - Infecções2 sexualmente transmissíveis (ISTs)
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) que afetam a vagina1 incluem:
(a) Herpes genital. O vírus8 herpes simplex pode infectar a vulva9, a vagina1 e o colo do útero10, e isso pode resultar em pequenas bolhas e úlceras11 recorrentes e dolorosas. Também pode ocorrer que a infecção12 não cause sintomas13 visíveis.
(b) Gonorreia14 (infecção12 pela Neisseria gonorrhoeae).
(c) Infecção12 causada pela bactéria15 Chlamydia trachomatis.
(d) Tricomoníase. Infecção12 do trato vaginal inferior feminino causada pelo protozoário16 Trichomonas vaginalis. Pode ficar assintomática ou causar uretrite17 e vaginite18.
(e) Papilomavírus humano (HPV), que pode causar verrugas genitais.
O HIV19 pode ser contraído através do coito vaginal, mas não está associado a nenhuma doença local da vagina1 ou vulva9.
Saiba mais sobre "Doenças sexualmente transmissíveis", "Herpes genital", "Gonorreia14", "Uretrites", "HPV" e "HIV19".
2 - Outras doenças infecciosas da vagina1 (vulvovaginites)
São a vulvovaginite20 por Candida albicans e a vaginose bacteriana, associada à Gardnerella, antes denominada "vaginite18 não específica".
3 - Vaginismo
O vaginismo é um aperto involuntário da vagina1 devido a um reflexo condicionado dos músculos21 da área durante a penetração vaginal. Pode afetar qualquer forma de penetração vaginal, incluindo a relação sexual (o que a torna impossível ou muito dolorosa), a inserção de tampões e coletores menstruais e a utilização de espéculos vaginais durante exames ginecológicos. Vários tratamentos psicológicos e físicos são possíveis para ajudar a aliviá-lo.
Leia sobre "Vulvovaginite20", "Candidíase22", "Vaginismo" e "Exame Papanicolau23".
4 - Obstrução vaginal
Uma obstrução vaginal é frequentemente causada por um hímen24 imperfurado ou, menos comumente, por um septo vaginal transverso. Um sinal25 de obstrução vaginal é o hidrocolpo, isto é, o acúmulo de líquido aquoso dentro da vagina1. Pode se estender para tornar-se hidrometrocolpos, isto é, acúmulo de líquido aquoso dentro da vagina1, bem como dentro do útero7.
5 - Hipoplasia3 vaginal
A hipoplasia3 vaginal é o subdesenvolvimento ou o desenvolvimento incompleto da vagina1. Pode variar em gravidade, desde ser menor do que o normal até ser completamente ausente. A ausência de vagina1 é dita agenesia26 vaginal. É frequentemente associada à síndrome27 de Mayer-Rokitansky-Küstner-Hauser, na qual o resultado mais comum é um útero7 ausente em conjunção com uma vagina1 deformada ou ausente, apesar da presença de ovários28 e genitália29 externa normais. Também está associada à agenesia26 cervical, na qual o útero7 está presente, mas o colo uterino30 está ausente.
6 - Nódulos incomuns
Nódulos incomuns na parede ou na base da vagina1 são sempre expressão de algo anormal. O mais comum deles é o cisto de Bartholin (semelhante a uma ervilha), formado por um bloqueio nas glândulas31 que normalmente lubrificam a abertura da vagina1. Outras causas menos comuns de pequenas protuberâncias ou vesículas32 são o herpes simplex. Elas são múltiplas e muito dolorosas, com um líquido claro deixando uma crosta. Podem estar associadas a inchaço33 generalizado e são muito sensíveis. Os nódulos associados ao câncer5 da parede vaginal são muito raros e a idade média de início é de setenta anos.
7 - Vulvodinias
As vulvodinias são dores vaginais de diversas etiologias.
Veja mais sobre "Bartolinite34", "Colposcopia35", "Tensão pré-menstrual", "Menopausa36" e "Menstruação37 forte ou menorragia38".
8 - Prolapso4 vaginal
O prolapso4 vaginal pode resultar do caso de músculos21 pélvicos39 enfraquecidos, que é um resultado comum do pós-parto; no caso desse prolapso4, o reto40, o útero7 ou a bexiga41 empurram a vagina1, e casos graves resultam na vagina1 projetando-se para fora do corpo. Exercícios adequados têm sido usados para fortalecer o assoalho pélvico42 e podem ajudar a prevenir ou remediar o prolapso4 vaginal.
9 - Câncer5 vaginal e do colo do útero10
O câncer5 do colo do útero10 pode ser prevenido por exames de Papanicolau23 e vacinas contra o HPV. Por outro lado, o câncer5 vaginal é muito raro, mas seus sintomas13 incluem sangramento vaginal anormal ou corrimento vaginal.
10 - Transtorno persistente da excitação genital
O transtorno da excitação genital persistente resulta em uma excitação genital espontânea, persistente e incontrolável, com ou sem orgasmo, não relacionada a nenhum sentimento de desejo sexual. O transtorno da excitação genital persistente deve ser diferenciado do priapismo43 clitoriano, uma condição geralmente dolorosa em que, por um período de tempo excepcionalmente longo, o clitóris ereto44 não retorna ao seu estado relaxado. Esse transtorno só foi reconhecido em 2001 e, portanto, há pouca pesquisa sobre o que pode curar ou remediar esta condição.
Leia também sobre "Corrimento vaginal", "Orgasmo" e "Exames preventivos da mulher".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Mayo Clinic e do International Federation of Gynecologiy and Obstetrics.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.