Tumores benignos do fígado
O que são tumores benignos do fígado1?
Um tumor2 é um crescimento anormal de células3 e/ou tecidos. Os tumores podem ser benignos ou malignos, conforme permaneçam confinados ao sítio onde surgiram ou se espalhem por todo o organismo, através das circulações sanguínea ou linfática.
Os tumores benignos do fígado1 são extremamente frequentes, variados e principalmente assintomáticos. Todas as células3 do fígado1 (hepatócitos e células3 biliares, endoteliais e mesenquimais4) podem sofrer proliferação benigna. A maioria dos tumores benignos é detectada acidentalmente por uma ultrassonografia5 abdominal ou outras varreduras eventuais, em função de algum outro problema. Porém, alguns se anunciam porque causam hepatomegalia6, desconforto no quadrante superior direito do abdômen ou hemorragia7 intraperitoneal.
Nem sempre é fácil distinguir um tumor2 benigno de um tumor2 maligno do fígado1. As massas tumorais malignas podem ser tumores primitivos das células3 hepáticas8 ou tumores metastáticos de tumores à distância. A distinção entre essas três condições (tumores benignos do fígado1, tumores malignos primários do fígado1 e metástases9 hepáticas8) pode ser feita pela história clínica do paciente, pelo monitoramento das imagens e pela biópsia10 hepática11.
Leia sobre "Hepatomegalia6" e "Hepatectomia".
Quais são os tipos de tumores benignos do fígado1?
Os tumores benignos do fígado1 que têm maior incidência12 são de quatro tipos:
- Os hemangiomas, que são o tipo mais comum entre os tumores hepáticos benignos. Eles são pequenos e assintomáticos e ocorrem em 1 a 5% dos adultos. A maioria não requer tratamento. Alguns, no entanto, podem crescer e/ou sangrar e precisarem ser removidos por cirurgia. É mais provável que surjam sintomas13 se eles tiverem mais de 4 centímetros. Os sintomas13 incluem desconforto, plenitude e, com menor frequência, anorexia14, náusea15, saciedade precoce e dor secundária a sangramento ou trombose16. Muitas vezes eles são encontrados incidentalmente durante exames por outras condições.
- A hiperplasia17 nodular focal é um crescimento semelhante ao tumor2 de vários tipos de células3 e, embora seja benigno, às vezes pode ser difícil diferenciá-lo dos verdadeiros cânceres de fígado1. Se houver sintomas13, o tumor2 deve ser removido cirurgicamente. O diagnóstico18 é baseado em ressonância magnética19 ou tomografia computadorizada20 com contraste, mas a biópsia10 pode ser necessária para confirmação. O tratamento raramente é necessário.
- Os adenomas hepatocelulares são tumores benignos que se iniciam no principal tipo de células3 hepáticas8. A maioria não causa sintomas13 e não precisa de tratamento. Mas, se eles causam dor de estômago21, uma massa na barriga ou perda de sangue22, eles podem precisar ser removidos. Ocorrem principalmente em mulheres em idade fértil, particularmente aquelas que tomam contraceptivos orais, possivelmente pelos efeitos do estrogênio. A maioria dos adenomas é assintomática, mas os grandes podem causar desconforto no quadrante superior direito. Raramente, os adenomas se manifestam como peritonite23 e choque24 devido à ruptura e hemorragia7 intraperitoneal. Raramente, eles se tornam malignos. Muitas vezes, além dos exames de imagem, é necessária uma biópsia10 para confirmação. Se o adenoma25 não regredir com a interrupção do contraceptivo ou se for maior de 5 centímetros, a ressecção cirúrgica é frequentemente recomendada.
- Os cistos hepáticos simples são bastante comuns, mas distintos da doença hepática11 policística. São lesões26 hepáticas8 biliares congênitas27 que se pensa resultar da dilatação progressiva dos hamartomas28 biliares.
Outros tumores benignos (geralmente assintomáticos), mais raros, são: adenomatose hepática11, hiperplasia17 nodular regenerativa, angiomiolipoma, hemangioendotelioma epitelioide, hemangioendotelioma infantil, lipoma29, fibroma30, pseudotumor inflamatório e hamartoma31 mesenquimal32. Os adenomas benignos do ducto biliar também são raros e às vezes confundidos com câncer33 metastático.
Saiba mais sobre "Hemangioma hepático" e "Cistos hepáticos".
Quais são as principais características clínicas dos tumores benignos do fígado1?
A maioria dos tumores hepáticos benignos é assintomática e passa despercebida. Contudo, o atual uso generalizado de imagens cada vez mais sensíveis levou a uma crescente detecção de massas hepáticas8 focais, solitárias ou múltiplas em pacientes assintomáticos quanto ao fígado1. A população afetada é composta em sua maior parte por mulheres jovens.
Com pouca frequência tumores hepáticos benignos são diagnosticados devido a sintomas13 ou complicações e, nesses casos, a cirurgia pode desempenhar um papel importante na cura dessas circunstâncias.
Como o médico diagnostica os tumores benignos do fígado1?
Muitas vezes o diagnóstico18 é incidental, feito a partir de exames de imagens, em que o tumor2 benigno do fígado1 aparece como uma cicatriz34. O Doppler pode mostrar o fluxo arteriovenoso e detectar tumores hipervascularizados. A cintilografia35 ajuda a captar o marcador injetado concentrado na lesão36. O diagnóstico18 da presença de um tumor2 hepático também é feito sem dificuldade por meio da ressonância magnética19 reforçada com contraste.
No entanto, uma biópsia10 e/ou ressecção pode ser necessária para confirmar o tipo e o estadiamento do tumor2. O diagnóstico18 diferencial inclui, além dos diversos tumores benignos, certos tipos de metástases9 do fígado1. Uma angiografia37 do fígado1 pode ajudar na caracterização do tipo de tumor2.
Como o médico trata os tumores benignos do fígado1?
A maioria dos tumores benignos não requer tratamento, mas apenas um monitoramento médico mais constante. O tratamento clínico, se necessário, deve levar em consideração o histórico médico do paciente, os sintomas13, o estado hormonal (presente e futuro), a natureza do tumor2 e os aspectos psicológicos do paciente.
Os que demandam tratamento cirúrgico geralmente são tratados com uma cirurgia que os erradica de vez, sendo incomum o reaparecimento do tumor2 original. O passo inicial nesses casos é estabelecer um diagnóstico18 preciso, baseado nos sintomas13 e na natureza do tumor2. Para atingir esses objetivos o médico deve conhecer a história natural do tumor2 e considerar as diretrizes da cirurgia para a indicação específica.
Os procedimentos operatórios devem ser justificados e seguros (a mortalidade38 e morbidade39 são mínimas), não envolver transfusões de sangue22, ser o menos invasivos possível e não apresentarem efeitos a longo prazo.
Como evoluem em geral os tumores benignos do fígado1?
Os tumores benignos às vezes crescem o suficiente para causar problemas, mas não invadem tecidos próximos nem se espalham para partes distantes do corpo. Se eles precisarem ser tratados, o paciente pode ser radicalmente curado com cirurgia.
Veja também sobre "Provas de função hepática11", "Cirrose40 hepática11" e "Esteatose hepática41".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas do site da University of California e da Mayo Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.