Angioplastia - quando deve ser feita?
O que é angioplastia1?
Angioplastia1 é um procedimento médico usado para dilatar artérias2 obstruídas. Quando se fala em angioplastia1, pensa-se logo em angioplastia1 das artérias2 do coração3; embora a angioplastia1 coronária seja, de fato, o procedimento mais frequente, usado para dilatar artérias2 cardíacas obstruídas, não é a única forma de angioplastia1.
Por que fazer uma angioplastia1?
A angioplastia1 coronariana é usada para tratar o acúmulo de placas4 de gordura5 (colesterol6) nos vasos sanguíneos7 do coração3, consequentes à aterosclerose8. Ela é um procedimento não cirúrgico usado para melhorar o fluxo sanguíneo para o coração3, o qual pode dilatar e reabrir rapidamente uma artéria9 bloqueada, reduzindo os danos ao órgão.
A angioplastia1 coronariana usa um minúsculo cateter-balão que é inserido até um vaso sanguíneo bloqueado para ajudar a alargá-lo e melhorar o fluxo sanguíneo do coração3; costuma ser combinada com a fixação no local de um pequeno tubo de tela metálica extensiva denominado stent, cujo objetivo é manter a artéria9 aberta. O stent ajuda a manter a artéria9 aberta, diminuindo a chance dela estreitar-se novamente. A maioria dos stents é revestida com medicamentos para ajudar a manter a abertura do vaso.
A angioplastia1 coronariana deve ser indicada (1) se o paciente já experimentou medicamentos e mudanças no estilo de vida, mas eles não melhoraram a saúde10 do coração3; (2) se tem dor no peito11 (angina12) que está piorando ou (3) se já teve um ataque cardíaco.
A angioplastia1 coronária demonstrou aliviar significativamente os sintomas13 como angina12 ou dor torácica, melhorando assim as limitações funcionais e a qualidade de vida do paciente. A angioplastia1 coronariana também é frequentemente realizada durante ou logo após um ataque cardíaco para abrir rapidamente uma artéria9 bloqueada e reduzir os danos ao coração3.
A angioplastia1 também pode ser feita em vasos da periferia. Angioplastia1 periférica refere-se ao uso de um balão para abrir um vaso sanguíneo fora das artérias coronárias14. É mais comumente usada para tratar estreitamentos ateroscleróticos do abdômen, perna e artérias2 renais. Frequentemente, a angioplastia1 periférica é usada em conjunto com implante15 de stent periférico e aterectomia, que é uma técnica de cirurgia endovascular minimamente invasiva em que um cateter com uma micro-lâmina giratória é utilizado para remover a obstrução do vaso.
A angioplastia1 pode ainda ser usada para tratar doença arterial periférica avançada, com isquemia16 crônica, para aliviar a claudicação17 ou dor nas pernas. Um estudo confrontando a cirurgia de revascularização (bypass) com a angioplastia1 em isquemia16 grave da perna descobriu que a angioplastia1 foi associada a menos morbidade18 em curto prazo que a cirurgia de revascularização. No entanto, os resultados de longo prazo favorecem a cirurgia de revascularização. Com base nesse estudo, só se recomenda a angioplastia1 com balão para pacientes19 com expectativa de vida20 de 2 anos ou menos ou para aqueles que não têm uma veia autógena disponível. Para os demais, uma cirurgia de revascularização deve ser priorizada.
A angioplastia1 também pode ser realizada em casos de estenose21 da artéria renal22, que geralmente está associada à hipertensão arterial23 e à perda da função renal24. A obstrução aterosclerótica da artéria renal22 pode ser tratada com angioplastia1 com ou sem colocação de stent. Há também uma recomendação menos incisiva para angioplastia1 da artéria renal22 em pacientes com estenose21 da artéria renal22 e edema25 instantâneo ou insuficiência cardíaca congestiva26.
A estenose21 da artéria9 carótida também pode ser tratada com angioplastia1 e implante15 de stent carotídeo para pacientes19 com alto risco de precisarem de uma endarterectomia carotídea. Embora a endarterectomia carotídea seja majoritariamente preferida ao implante15 de stent na artéria9 carótida, o implante15 de stent é indicado em pacientes selecionados, com estenose21 induzida por radiação ou lesão27 carotídea não adequada para cirurgia.
Já a angioplastia1 venosa pode ser usada para solucionar a estenose21 venosa que afete o acesso à hemodiálise28. Nesse caso, a angioplastia1 deve ser realizada com balão revestido com medicamento, que tem melhor permeabilidade29 de 6 a 12 meses do que a angioplastia1 com balão convencional. A angioplastia1 venosa também é ocasionalmente usada para tratar estenose21 residual da veia subclávia após cirurgia de descompressão30 do desfiladeiro torácico. Há uma recomendação relativa para implante15 de stent venoso profundo para tratar doença venosa crônica obstrutiva.
Saiba mais sobre “Angina12 de peito11”, “Síndrome metabólica31” e “Hipercolesterolemia32 familiar”.
Qual é a técnica de realização da angioplastia1?
O acesso ao sistema vascular33 é feito normalmente por via percutânea (através da pele34), sem uma grande incisão35 cirúrgica. Ele pode ser obtido pela artéria9 transradial ou pela artéria9 transfemoral. O acesso pela artéria9 transradial é a técnica de escolha para o manejo da síndrome36 coronariana, pois apresenta incidência37 significativamente menor de sangramento e complicações em comparação com a abordagem transfemoral.
Um cateter é introduzido no sistema vascular33 e guiado por técnicas de imagens de raio-x ou ressonância magnética38 para a região do corpo a ser tratada. Quando atingido o ponto desejado, um balão é inflado para dilatar o vaso comprometido e um stent pode ou não ser colocado.
Na conclusão do procedimento, o cateter e o balão são removidos e o stent, se foi utilizado, permanece no local.
Quais são os riscos e complicações da angioplastia1?
Em relação à cirurgia, a angioplastia1 é uma opção de menor risco para o tratamento das condições para as quais ela se aplica, mas existem riscos e complicações únicas e potencialmente perigosas associados à angioplastia1. A angioplastia1 também pode fornecer um tratamento menos durável para a aterosclerose8 e ser mais propensa à re-estenose21 em relação ao bypass vascular33.
Veja sobre “Cateterismo39 cardíaco, cinecoronariografia ou angiografia40 coronária” e “Ponte de safena”.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic e do NHS – National Health Service.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.