PET Scan: o que é? Por que fazer? Como é feita? Quem deve e quem não deve fazer? Quais são as possíveis complicações?
O que é a PET Scan?
A PET Scan é a sigla em inglês para a tomografia por emissão de pósitrons (Positron Emission Tomography) e é uma modalidade de diagnóstico1 por imagem que permite o mapeamento de diferentes substâncias químicas radioativas no organismo. As denominações PET-Scan e PET-CT possuem o mesmo significado. Esse exame foi desenvolvido na Universidade de Washington, em 1973, pelos médicos Edward Hoffman e Michael E. Phelps. A PET Scan é um exame que une os recursos da medicina nuclear e da radiologia, uma vez que sobrepõe imagens metabólicas às imagens anatômicas, produzindo assim um terceiro tipo de imagem. Em português, usa-se também a sigla TEP como equivalente a PET.
Por que fazer a PET Scan?
A vantagem da PET Scan sobre os demais exames de imagens é que ela permite medir a atividade metabólica das lesões2, demonstrando assim o grau de atividade delas, podendo mostrar a presença de alterações funcionais antes mesmo das morfológicas, permitindo um diagnóstico1 ainda mais precoce de doenças neoplásicas3. A PET Scan produz imagens mais nítidas que os demais estudos de medicina nuclear e, além disso, informa acerca do estado funcional das estruturas examinadas e não só do seu estado morfológico. Ademais, a PET Scan pode gerar imagens em 3D ou imagens em "fatias", como na tomografia computadorizada4 comum. Isso, no entanto, não evita que o exame possa ter resultados falso-positivos, mostrando captações intensas em áreas normais, resultados que podem levar a biópsias5 desnecessárias e a outros procedimentos mais invasivos.
Como é feito o exame de PET Scan?
Na preparação para o exame, é necessário jejum de quatro a seis horas, bem como uma alimentação pobre em carboidratos na noite que o antecede. Antecedendo o exame, o paciente deve receber uma injeção6 de glicose7 ligada a um elemento radioativo8 (quase sempre flúor radioativo8) e cerca de sessenta minutos depois deve submeter-se a uma tomografia computadorizada4, quando então serão tomadas imagens do corpo inteiro, durante cerca de 25 a 35 minutos, em média. A PET Scan capta os sinais9 de radiação emitidos pelo elemento radioativo8, transformando-os em imagens e determinando assim os locais onde há presença deste açúcar10, demonstrando que neste local há um metabolismo11 acentuado. Então, as regiões que metabolizam essa glicose7 em excesso, tais como tumores, regiões do cérebro12 em intensa atividade e o coração13 aparecerão em vermelho numa imagem criada por computador. O paciente deve permanecer na clínica por, pelo menos, duas horas, após o que poderá reassumir suas tarefas diárias, sem restrições.
Quem deve fazer a PET Scan?
A PET Scan pode ser utilizada na neurologia, mas é na oncologia que seus resultados são mais significativos, permitindo uma detecção precoce das lesões2, o estadiamento e monitoramento delas e possibilitando fazer uma avaliação de eventuais recidivas14. Além destas indicações, a PET Scan tem grande utilidade no planejamento da radioterapia15, na escolha do melhor local para realizar uma biópsia16, na determinação do prognóstico17 e sobrevida18 dos pacientes e em casos em que haja dúvidas sobre outros exames de imagem. Na neurologia a PET Scan tem lugar no diagnóstico1 de algumas condições clínicas. A avaliação metabólica do cérebro12 permite o diagnóstico1 precoce da doença de Alzheimer19 e sua diferenciação entre outras formas de demência20, permitindo um melhor controle da doença. Na epilepsia21 é utilizada com grande precisão na localização e determinação do foco de epilepsia21, sendo fator fundamental quando a cirurgia é uma opção de tratamento. A PET Scan também é usada em investigação de farmacologia22 humana, em que o fármaco23 marcado com um radionuclídeo24 permite estudar a sua absorção, fixação e eliminação.
Quem não deve fazer a PET Scan?
Em geral, a PET Scan é um exame seguro e indolor e a glicose7 radioativa não causa nenhum tipo de efeito colateral25, podendo ser utilizado inclusive em pacientes diabéticos, mas não deve ser feito, a menos que seja muito necessário, na gravidez26. Nesse caso, a paciente deve discutir a relação risco-benefício com o seu médico. Em caso de amamentação27, as mamadas devem ser suspensas por pelo menos seis horas, sendo que o ideal é manter o bebê sem mamar no seio28 materno por 24 horas, se possível.
Quais são as complicações possíveis da PET Scan?
A PET Scan é um exame minimamente invasivo e as doses de radioatividade absorvidas por cada paciente são muito baixas, sendo semelhantes às dos outros estudos diagnósticos que também envolvem radiações. A injeção6 mediante a qual a substância radioativa é inoculada pode causar pequeno desconforto e vermelhidão locais, sintomas29 que desaparecem rapidamente. As mulheres devem informar ao médico se estão grávidas ou amamentando e seguir as orientações médicas a respeito do que devem fazer.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Mayo Clinic e do U. S. National Institute of Health.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.