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Paralisia bulbar progressiva: quando a fala, a deglutição e a respiração são afetadas por uma doença neurodegenerativa implacável

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O que é paralisia1 bulbar progressiva?

A paralisia1 bulbar progressiva (PBP) é uma doença neurológica rara, degenerativa2 e de evolução progressiva, que afeta os neurônios3 motores inferiores localizados no bulbo4 raquidiano (porção inferior do tronco encefálico5). Esses neurônios3 controlam os músculos6 responsáveis por funções essenciais como fala, deglutição7, mastigação e movimentos da cabeça8 e do pescoço9.

A PBP é frequentemente considerada uma forma clínica da esclerose10 lateral amiotrófica (ELA), uma vez que ambas comprometem os neurônios3 motores. Contudo, distingue-se pela predominância do acometimento bulbar, resultando em sintomas11 iniciais restritos à região orofaríngea12.

Por sua natureza progressiva e incapacitante, compromete de maneira significativa a qualidade de vida e, em estágios avançados, pode levar à insuficiência respiratória13.

Quais são as causas da paralisia1 bulbar progressiva?

As causas exatas da PBP ainda não são completamente compreendidas. A doença é classificada como uma doença do neurônio motor, e sua etiologia14 é multifatorial. Em muitos casos, está associada à ELA, compartilhando mecanismos genéticos e fisiopatológicos semelhantes. Fatores genéticos podem contribuir, com mutações nos genes C9orf72, SOD1, TARDBP e FUS identificadas em parte dos pacientes.

Entretanto, a maioria dos casos é esporádica, sem histórico familiar. Fatores ambientais, como exposição a metais pesados, pesticidas ou infecções15 virais, têm sido propostos como gatilhos potenciais, embora sem comprovação definitiva. Acredita-se que a interação entre predisposição genética e fatores ambientais seja determinante para o surgimento da doença.

Qual é o substrato fisiopatológico da paralisia1 bulbar progressiva?

O substrato fisiopatológico da PBP envolve a degeneração16 seletiva e progressiva dos neurônios3 motores inferiores do bulbo4 raquidiano, especialmente nos núcleos ambíguo, hipoglosso e facial, responsáveis pela inervação dos músculos6 da faringe17, laringe18, língua19 e face20. Essa degeneração16 leva a fraqueza, fasciculações21 e atrofia22 muscular. Em alguns pacientes, há também comprometimento dos neurônios3 motores superiores, resultando em espasticidade23 e hiperreflexia24.

Agregados de proteína TDP-43, semelhantes aos observados na ELA, estão frequentemente presentes e parecem desempenhar papel central na neurodegeneração. Além disso, processos inflamatórios, estresse oxidativo e disfunção mitocondrial contribuem para a morte neuronal e progressão da doença.

Quais são as características clínicas da paralisia1 bulbar progressiva?

Os sintomas11 da PBP estão predominantemente relacionados ao comprometimento dos músculos6 bulbares.

As manifestações iniciais incluem:

  • Disartria25 (fala arrastada, fraca ou anasalada)
  • Disfagia26 (dificuldade para engolir, com engasgos frequentes e risco de aspiração)
  • Atrofia22 e fasciculações21 da língua19
  • Fraqueza facial (dificuldade em mastigar, fechar a boca27 ou realizar expressões faciais)
  • Labilidade emocional (riso ou choro involuntário, devido ao envolvimento das vias corticobulbares)
  • Sialorreia28 (hipersalivação resultante da incapacidade de engolir adequadamente)

Com a progressão, os sintomas11 podem estender-se a outros grupos musculares, principalmente em pacientes que desenvolvem características de ELA, levando a fraqueza nos membros e dificuldade respiratória.

Como o médico diagnostica a paralisia1 bulbar progressiva?

O diagnóstico29 é essencialmente clínico, baseado na história e no exame neurológico, complementado por exames para excluir outras doenças. O médico avalia sintomas11 bulbares como disartria25 e disfagia26, bem como sinais30 de denervação31 (fasciculações21, atrofia22 lingual) e reflexos patológicos.

Exames complementares úteis incluem:

  • Eletromiografia32 (EMG): evidencia sinais30 de denervação31 e reinervação nos músculos6 bulbares e cervicais.
  • Ressonância magnética33 (RM) de encéfalo34 e medula35: ajuda a excluir causas estruturais, como tumores ou AVC.
  • Estudos de condução nervosa: auxiliam a diferenciar de neuropatias periféricas.
  • Exames laboratoriais: servem para descartar doenças inflamatórias, infecciosas, autoimunes36 ou metabólicas.

Os critérios diagnósticos da ELA, como os de El Escorial, podem ser adaptados para a PBP, considerando o acometimento bulbar predominante.

O diagnóstico29 diferencial inclui miastenia37 gravis, esclerose múltipla38, miopatias inflamatórias e doenças desmielinizantes39.

Leia sobre "Miastenia37 gravis", "Esclerose múltipla38" e "Doenças neurodegenerativas".

Como o médico trata a paralisia1 bulbar progressiva?

Não há cura para a PBP. O tratamento é sintomático40, multidisciplinar e de suporte. Os objetivos são melhorar a qualidade de vida, prolongar a sobrevida41 funcional e prevenir complicações.

As principais abordagens incluem:

  • Fonoaudiologia: para otimizar fala e deglutição7, com treinos adaptativos e ajuste da consistência alimentar.
  • Gastrostomia42 endoscópica percutânea: indicada em casos de disfagia26 grave.
  • Fisioterapia43 e terapia ocupacional44: para preservar mobilidade e prevenir contraturas.
  • Controle da sialorreia28 com anticolinérgicos (glicopirrolato, escopolamina) ou injeções de toxina45 botulínica em glândulas salivares46.
  • Antidepressivos ou estabilizadores de humor, quando há labilidade emocional.
  • Ventilação47 não invasiva (BIPAP) nas fases avançadas com insuficiência respiratória13.

A abordagem paliativa é essencial, proporcionando apoio psicológico, nutricional e social ao paciente e à família.

Como evolui a paralisia1 bulbar progressiva?

A PBP tem curso progressivo e prognóstico48 reservado. A expectativa média de vida varia entre 1 e 3 anos após o início dos sintomas11, mas alguns pacientes sobrevivem mais tempo, especialmente quando a doença permanece restrita à região bulbar. Com a progressão, ocorre perda completa da fala e da deglutição7, levando a desnutrição49, desidratação50 e infecções15 respiratórias recorrentes.

A pneumonia51 aspirativa e a insuficiência respiratória13 são as principais causas de óbito52. Em muitos casos, a PBP evolui para a forma clássica da ELA, com fraqueza generalizada e comprometimento respiratório.

Quais são as complicações possíveis da paralisia1 bulbar progressiva?

As complicações da PBP decorrem da disfunção dos músculos6 bulbares e da progressão do comprometimento neurológico. A pneumonia51 aspirativa é uma das complicações mais frequentes, causada pela aspiração de alimentos, líquidos ou saliva, podendo evoluir para infecções15 pulmonares graves. A insuficiência respiratória13 surge à medida que os músculos respiratórios53 enfraquecem, exigindo suporte ventilatório em estágios avançados.

A disfagia26 severa leva à desnutrição49 e desidratação50, agravando o estado geral do paciente e contribuindo para a deterioração clínica. A acumulação de secreções e saliva favorece infecções15 secundárias de vias aéreas. O comprometimento da fala e da comunicação pode gerar isolamento social, ansiedade e depressão.

Em fases de imobilidade prolongada, podem surgir úlceras54 de pressão e trombose venosa profunda55, agravando o quadro clínico. Nos casos em que a doença evolui para esclerose10 lateral amiotrófica, ocorre fraqueza generalizada e falência respiratória, o que frequentemente determina o desfecho fatal.

Veja também sobre "Mielite56 transversa", "Neuropatia periférica57" e "Doenças degenerativas58".

 

ABCMED, 2025. Paralisia bulbar progressiva: quando a fala, a deglutição e a respiração são afetadas por uma doença neurodegenerativa implacável. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1496495/paralisia-bulbar-progressiva-quando-a-fala-a-degluticao-e-a-respiracao-sao-afetadas-por-uma-doenca-neurodegenerativa-implacavel.htm>. Acesso em: 23 out. 2025.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Paralisia: Perda total da força muscular que produz incapacidade para realizar movimentos nos setores afetados. Pode ser produzida por doença neurológica, muscular, tóxica, metabólica ou ser uma combinação das mesmas.
2 Degenerativa: Relativa a ou que provoca degeneração.
3 Neurônios: Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO. Sinônimos: Células Nervosas
4 Bulbo: Porção inferior do TRONCO ENCEFÁLICO. É inferior à PONTE e anterior ao CEREBELO. A medula oblonga serve como estação de retransmissão entre o encéfalo e o cordão espinhal, e contém centros que regulam as atividades respiratória, vasomotora, cardíaca e reflexa.
5 Tronco Encefálico: Parte do encéfalo que conecta os hemisférios cerebrais à medula espinhal. É formado por MESENCÉFALO, PONTE e MEDULA OBLONGA.
6 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
7 Deglutição: Passagem dos alimentos desde a boca até o esôfago; ação ou efeito de deglutir; engolir. É um mecanismo em parte voluntário e em parte automático (reflexo) que envolve a musculatura faríngea e o esfíncter esofágico superior.
8 Cabeça:
9 Pescoço:
10 Esclerose: 1. Em geriatria e reumatologia, é o aumento patológico de tecido conjuntivo em um órgão, que ocorre em várias estruturas como nervos, pulmões etc., devido à inflamação crônica ou por razões desconhecidas. 2. Em anatomia botânica, é o enrijecimento das paredes celulares das plantas, por espessamento e/ou pela deposição de lignina. 3. Em fitopatologia, é o endurecimento anormal de um tecido vegetal, especialemnte da polpa dos frutos.
11 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
12 Orofaríngea: Relativo à orofaringe.
13 Insuficiência respiratória: Condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica. Como a definição está relacionada à incapacidade do sistema respiratório em manter níveis adequados de oxigenação e gás carbônico, foram estabelecidos, para sua caracterização, pontos de corte na gasometria arterial: PaO2 50 mmHg.
14 Etiologia: 1. Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. 2. Estudo das causas das doenças.
15 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
16 Degeneração: 1. Ato ou efeito de degenerar (-se). 2. Perda ou alteração (no ser vivo) das qualidades de sua espécie; abastardamento. 3. Mudança para um estado pior; decaimento, declínio. 4. No sentido figurado, é o estado de depravação. 5. Degenerescência.
17 Faringe: Canal músculo-membranoso comum aos sistemas digestivo e respiratório. Comunica-se com a boca e com as fossas nasais. É dividida em três partes: faringe superior (nasofaringe ou rinofaringe), faringe bucal (orofaringe) e faringe inferior (hipofaringe, laringofaringe ou faringe esofagiana), sendo um órgão indispensável para a circulação do ar e dos alimentos.
18 Laringe: É um órgão fibromuscular, situado entre a traqueia e a base da língua que permite a passagem de ar para a traquéia. Consiste em uma série de cartilagens, como a tiroide, a cricóide e a epiglote e três pares de cartilagens: aritnoide, corniculada e cuneiforme, todas elas revestidas de membrana mucosa que são movidas pelos músculos da laringe. As dobras da membrana mucosa dão origem às pregas vocais.
19 Língua:
20 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
21 Fasciculações: 1. Implantações, formações de fascículos. 2. Leves contrações localizadas de fascículos musculares inervados por um único filamento nervoso motor, visíveis como breves tremores na superfície da pele.
22 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
23 Espasticidade: Hipertonia exagerada dos músculos esqueléticos com rigidez e hiperreflexia osteotendinosa.
24 Hiperreflexia: Definida como reflexos muito ativos ou responsivos em excesso. Suas causas mais comuns são lesão na medula espinal e casos de hipocalcemia.
25 Disartria: Distúrbio neurológico caracterizado pela incapacidade de articular as palavras de maneira correta (dificuldade na produção de fonemas). Entre as suas principais causas estão as lesões nos nervos centrais e as doenças neuromusculares.
26 Disfagia: Sensação consciente da passagem dos alimentos através do esôfago. Pode estar associado a doenças motoras, inflamatórias ou tumorais deste órgão.
27 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
28 Sialorreia: Produção excessiva de saliva; hipersialose. Escoamento de saliva para fora da boca, geralmente por causa de problemas de deglutição ou paralisia facial.
29 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
30 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
31 Denervação: Consiste na ressecção ou remoção dos nervos que inervam um órgão ou parte dele.
32 Eletromiografia: Técnica voltada para o estudo da função muscular através da pesquisa do sinal elétrico que o músculo emana, abrangendo a detecção, a análise e seu uso.
33 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
34 Encéfalo: A parte do SISTEMA NERVOSO CENTRAL contida no CRÂNIO. O encéfalo embrionário surge do TUBO NEURAL, sendo composto de três partes principais, incluindo o PROSENCÉFALO (cérebro anterior), o MESENCÉFALO (cérebro médio) e o ROMBENCÉFALO (cérebro posterior). O encéfalo desenvolvido consiste em CÉREBRO, CEREBELO e outras estruturas do TRONCO ENCEFÁLICO (MeSH). Conjunto de órgãos do sistema nervoso central que compreende o cérebro, o cerebelo, a protuberância anular (ou ponte de Varólio) e a medula oblonga, estando todos contidos na caixa craniana e protegidos pela meninges e pelo líquido cefalorraquidiano. É a maior massa de tecido nervoso do organismo e contém bilhões de células nervosas. Seu peso médio, em um adulto, é da ordem de 1.360 g, nos homens e 1.250 g nas mulheres. Embriologicamente, corresponde ao conjunto de prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Seu crescimento é rápido entre o quinto ano de vida e os vinte anos. Na velhice diminui de peso. Inglês
35 Medula: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
36 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
37 Miastenia: Perda das forças musculares ocasionada por doenças musculares inflamatórias. Por ex. Miastenia Gravis. A debilidade pode predominar em diferentes grupos musculares segundo o tipo de afecção (debilidade nos músculos extrínsecos do olho, da pelve, ou dos ombros, etc.).
38 Esclerose múltipla: Doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, produzida pela alteração na camada de mielina. Caracteriza-se por alterações sensitivas e de motilidade que evoluem através do tempo produzindo dano neurológico progressivo.
39 Desmielinizantes: Que remove ou destrói a bainha de mielina de nervo ou trato nervoso.
40 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
41 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
42 Gastrostomia: Procedimento cirúrgico realizado para fixar uma sonda alimentar. Um orifício artificial é criado na altura do estômago para fazer uma ligação direta do meio externo com o meio interno do paciente.
43 Fisioterapia: Especialidade paramédica que emprega agentes físicos (água doce ou salgada, sol, calor, eletricidade, etc.), massagens e exercícios no tratamento de doenças.
44 Terapia ocupacional: A terapia ocupacional trabalha com a reabilitação das pessoas para as atividades que elas deixaram de fazer devido a algum problema físico (derrame, amputação, tetraplegia), psiquiátrico (esquizofrenia, depressão), mental (Síndrome de Down, autismo), geriátrico (Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson) ou social (ex-presidiários, moradores de rua), objetivando melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Além disso, ela faz a organização e as adaptações do domicílio para facilitar o trânsito dessa pessoa e as medidas preventivas para impedir o aparecimento de deformidades nos braços fazendo exercícios e confeccionando órteses (aparelhos confeccionados sob medida para posicionar partes do corpo).
45 Toxina: Substância tóxica, especialmente uma proteína, produzida durante o metabolismo e o crescimento de certos microrganismos, animais e plantas, capaz de provocar a formação de anticorpos ou antitoxinas.
46 Glândulas salivares: As glândulas salivares localizam-se no interior e em torno da cavidade bucal tendo como objetivo principal a produção e a secreção da saliva. São elas: parótidas, submandibulares, sublinguais e várias glândulas salivares menores.
47 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
48 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
49 Desnutrição: Estado carencial produzido por ingestão insuficiente de calorias, proteínas ou ambos. Manifesta-se por distúrbios do desenvolvimento (na infância), atrofia de tecidos músculo-esqueléticos e caquexia.
50 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
51 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
52 Óbito: Morte de pessoa; passamento, falecimento.
53 Músculos Respiratórios: Neste grupo de músculos estão incluídos o DIAFRAGMA e os MÚSCULOS INTERCOSTAIS.
54 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
55 Trombose Venosa Profunda: Caracteriza-se pela formação de coágulos no interior das veias profundas da perna. O que mais chama a atenção é o edema (inchaço) e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha. Uma de suas principais conseqüências a curto prazo é a embolia pulmonar, que pode deixar seqüelas ou mesmo levar à morte. Fatores individuais de risco são: varizes de membros inferiores, idade maior que 40 anos, obesidade, trombose prévia, uso de anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal, entre outras.
56 Mielite: Doença caracterizada pela inflamação infecciosa ou imunológica da medula espinhal, que se caracteriza pelo surgimento de déficits de força ou sensibilidade de diferentes territórios do corpo dependendo da região da medula que está comprometida.
57 Neuropatia periférica: Dano causado aos nervos que afetam os pés, as pernas e as mãos. A neuropatia causa dor, falta de sensibilidade ou formigamentos no local.
58 Degenerativas: Relativas a ou que provocam degeneração.
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