Parestesia - entenda essas sensações cutâneas
O que é parestesia1?
Parestesias2 são todas as sensações cutâneas3 não dolorosas, transitórias na maior parte das vezes, como, por exemplo, frio, calor, queimação, formigamento, agulhadas, adormecimento (dormência4), pressão, etc. que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação externa, salvo aquelas devidas ao fato de permanecer numa mesma posição por muito tempo. Geralmente ocorrem caso algum nervo sensorial seja afetado, seja por contato ou pelo rompimento das terminações nervosas.
Deve-se fazer uma diferenciação da parestesia1 com duas palavras muito parecidas, a paralisia5 e a paresia6, mas que nomeiam realidades diferentes, embora também relacionadas aos nervos.
Paralisia5 é uma perda da função motora voluntária, isto é, de movimentos; paresia6, por outro lado, indica a dificultação e restrição dos movimentos, quando as funções motoras estão fracas ou limitadas.
Qual é o substrato fisiológico7 da parestesia1?
Ao contrário da crença popular, a parestesia1 (principalmente a sensação de formigamento e dormência4 dos membros) não acontece devido ao impedimento da circulação8 sanguínea, mas sim por causa da compressão aplicada sobre um nervo.
Leia sobre "Dormência4 ou formigamento" "Paralisia5 facial", "Síndrome da cauda equina9" e "Notalgia10 parestésica11".
Quais são as causas da parestesia1?
Entre as causas primárias estão os pinçamentos ou traumas dos nervos sensoriais por doenças articulares, ósseas e de tendões12. A parestesia1 pode ocorrer também durante a recuperação de efeito de anestésicos, por obstrução momentânea da passagem de sangue13 a alguma região do corpo, devido à pressão sobre um nervo ou a ocorrência de herpes zóster e imobilidade prolongada de membros.
Nos casos mais simples (e mais numerosos), assim que a alteração nervosa ou a irrigação sanguínea é restabelecida, o corpo reage recuperando sua integridade, com o desaparecimento dos sintomas14. Outros inúmeros fatores podem provocar parestesia1, como alergia15, falta de vitaminas, doenças cerebrais, inflamações16 das articulações17 e estresse.
Quais são as características clínicas da parestesia1?
As parestesias2 podem ocorrer de forma constante ou intermitente18 e são frequentemente sentidas nas mãos19, braços, pernas ou pés, mas também podem ocorrer em outras partes do corpo, como boca20 ou peito21.
Como o médico diagnostica a parestesia1?
Os sintomas14 habitualmente são reconhecidos e relatados pelos pacientes. No entanto, o principal do diagnóstico22 da parestesia1 crônica consiste em determinar a condição que causa as sensações, para o que deve ser feito um histórico médico da pessoa acometida, exame físico e testes laboratoriais.
Os testes para identificar os distúrbios que causam parestesia1 incluem:
- exames de sangue13, para procurar sinais23 de doenças, incluindo diabetes24, distúrbios renais, deficiências de vitaminas e outras;
- testes de imagens, como radiografias, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas, que permitem que o médico procure por problemas que afetam os nervos, a medula espinhal25 e o cérebro26;
- testes de condução nervosa, que servem para determinar se o nervo transmitiu o sinal27 corretamente e numa velocidade normal;
- eletromiografia28, realizada para fazer estudos de condução nervosa, que ajuda a detectar danos aos nervos e músculos29.
Como o médico trata a parestesia1?
A parestesia1 temporária causada por ficar numa mesma posição por longos períodos ou dormir em uma posição incômoda se resolve por si mesma, em alguns minutos, quando a pessoa muda de posição ou se movimenta. O tratamento das demais formas de parestesia1 dependerá da causa subjacente. Na maioria dos casos, o tratamento eficaz da condição primária resultará no alívio dos sintomas14 secundários da parestesia1.
Como algumas parestesias2 podem surgir sem uma causa aparente e se tornarem persistentes ou repetitivas e serem resultantes de doenças do sistema nervoso30 ou prenúncio de outras doenças graves, elas podem resultar em complicações sérias ou danos permanentes, motivo pelo qual o médico deve sempre ser consultado nessas situações.
Como evoluem as parestesias2?
O prognóstico31 do tratamento das parestesias2 depende da severidade das sensações e condições médicas de base associadas a elas, mas a maioria dos casos tem bom prognóstico31.
Quais são as complicações possíveis com a parestesia1?
As complicações potenciais das parestesias2, que felizmente são raras, incluem dor crônica, incapacidade para certas atividades, paralisias, perda permanente de sensações e má qualidade de vida.
Veja também sobre "Síndrome compartimental32", "Lordose33" e "Hérnia de disco34".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Science Direct e da Cleveland Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.