Espasmos musculares - O que são? Por que acontecem? O que deve ser feito?
O que são espasmos1 musculares?
Espasmos1 musculares são contrações involuntárias súbitas e muitas vezes dolorosas das fibras musculares2, acompanhadas de enrijecimento prolongado do músculo (espasmo3 tônico) ou de uma série de contrações alternando com relaxamento (espasmo3 clônico). Existem também diferentes graus de intensidade de espasmos1 musculares, que vão desde uma contração muscular dolorosa como as câimbras4 até as pequenas “mioquimias palpebrais” (contrações benignas e indolores de uma das pálpebras5).
Os espasmos1 musculares podem afetar também a musculatura lisa visceral, ocasionando dores sustentadas ou cólicas6, sobre as quais abordamos em outro texto (Cólicas6 Viscerais).
Quais são as causas dos espasmos1 musculares?
Os espasmos1 musculares são uma resposta à lesão7 ou à inflamação8 dos músculos9. Eles podem ocorrer por mal funcionamento da circulação10, baixa reserva dos íons11 nos músculos9, desidratação12, deficiência de nutrientes essenciais, mal funcionamento dos nervos ou ação de medicamentos. Espasmos1 musculares nas costas13 também podem ser causados por lesões14 ou danos às vértebras, aos discos intervertebrais e/ou a ligamentos15 que conectam as vértebras.
As cãibras, que acontecem na panturrilha16, quase sempre são uma reação do corpo ao estresse e ao esforço físico. Mas os espasmos1 podem ainda ocorrer por outras razões: um trauma súbito ou extensão excessiva da coluna vertebral17 ou dos músculos9 e tecidos que a sustentam, tal como ocorre em uma entorse18, ou algum outro tipo de distúrbio mecânico que possa provocar a compressão ou irritação de um nervo espinhal.
Outras causas podem ser bem mais complexas, como os espasmos1 causados por doenças como o tétano19, a esclerose20, a cólera21, lesões14 medulares, etc.
Qual é o substrato fisiológico22 dos espasmos1 musculares?
Quando um nervo é estimulado ou danificado, isso pode fazer com que as fibras musculares2 a que ele se dirige sofram uma contração. Os espasmos1 musculares podem também ser resultado de desequilíbrio hidroeletrolítico23 no corpo ou de sobrecarga muscular. Eles funcionam como uma espécie de autoproteção do corpo, uma vez que sinalizam que algo não corre bem com os músculos9 e colaborando para que não surjam lesões14 ainda mais graves. Quando relacionados ao cansaço e ao estresse muscular, surgem devido ao acúmulo de lactato24, à circulação10 ruim ou à falta de alongamento.
Leia sobre "Contraturas musculares", "Entorses25", "Sedentarismo26" e "Benefícios do alongamento para o corpo".
Quais são as características clínicas dos espasmos1 musculares?
Mais frequentemente, os espasmos1 acontecem nos grandes músculos9 do dorso27, coxa28 e panturrilha16, mas podem ocorrer também em músculos9 menores. Embora sejam incômodos, eles podem ser assintomáticos ou inclusive prazerosos, como os espasmos1 fisiológicos das zonas genitais, ligados ao sexo. Em geral, produzem dor local a alguns e chegam a ser visíveis sob a pele29, como uma massa muscular endurecida.
Como o médico diagnostica os espasmos1 musculares?
Os espasmos1 de curta duração não chegam a ser vistos pelo médico e dependem dos relatos do paciente. Os espasmos1 de mais longas durações podem ser detectados pelo médico, seja visualmente, seja por meio de palpações. Em termos clínicos, mais importante que constatar os espasmos1 é determinar a causa deles, para o quê o médico lançará mão30 de vários exames de laboratório e de imagens.
Como tratar os espasmos1 musculares?
O tratamento dos espasmos1 musculares depende da causa e pode incluir compressas frias ou quentes, medicamentos, massagens, fisioterapia31 e/ou acupuntura, entre outras terapias. Alguns espasmos1 musculares desaparecem por si mesmos em pouco tempo. Se forem mais persistentes, a pessoa deve consultar o médico sobre a conveniência de tomar um analgésico32, um anti-inflamatório e/ou um relaxante muscular e recorrer a um fisioterapeuta.
Se a pessoa estiver tendo um espasmo3 muscular tipo cãibra, durante o mesmo deve procurar distender suavemente o músculo em causa, fazendo um movimento contrário ao espasmo3. Contudo, não deve fazer esforços exagerados para opor-se ao músculo espasmosado nem praticar alongamentos durante o espasmo3, pois eles podem lesionar o músculo. Depois que o espasmo3 muscular cessar, deve aplicar uma compressa quente no local durante 20 minutos para relaxar a musculatura e, a seguir, fazer massagem na musculatura afetada com movimentos circulares durante alguns minutos.
Espasmos1 frequentes devem ser avaliados pelo médico, pois podem indicar algum problema subjacente de saúde33 que precisa ser tratado.
Como prevenir os espasmos1 musculares?
Um dos meios de prevenir o incômodo dos espasmos1 musculares devidos ao exercício físico é fazer um bom alongamento antes de iniciá-los. A falta de condicionamento físico é outro fator determinante para o aparecimento dessas contrações. Assim, é recomendado começar com exercícios leves e ir aumentando aos poucos a intensidade deles, e nunca ultrapassar os limites do próprio corpo. Também uma correta hidratação e reposição de sais minerais ajudam a preveni-los.
Quais são as complicações possíveis com os espasmos1 musculares?
Em casos muito graves, o espasmo3 pode induzir a contrações musculares persistentes e fortes o suficiente para causar ruptura de tendões34 e/ou ligamentos15.
Saiba mais sobre "Exercícios aeróbicos", "Benefícios do pilates", "Rompimento de tendões34 do ombro" e "Rompimento do tendão de Aquiles35".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Cleveland Clinic e da Mayo Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.