Dor de cabeça - quando se preocupar com ela?
O que é dor de cabeça1?
Algumas pessoas, embora poucas, nunca sentiram dor de cabeça1 (cefalalgia). No entanto, este talvez seja o sintoma2 mais frequente nos consultórios de quaisquer especialistas. A dor de cabeça1 é dor em qualquer região da cabeça1. Ela pode ocorrer em um ou nos dois lados da cabeça1, ser fixa em um determinado local ou irradiar-se através da cabeça1 a partir de um ponto inicial.
Uma dor de cabeça1 pode ainda aparecer como uma dor aguda, uma sensação latejante, uma dor surda ou ter uma qualidade semelhante a um aperto. Elas podem se desenvolver gradualmente ou surgirem de repente e podem durar de menos de uma hora a vários dias.
Quais são as causas da dor de cabeça1?
A maioria das dores de cabeça1 não é resultado de uma doença grave, mas algumas poucas podem apresentar uma condição com risco de vida que exige cuidados de emergência3.
As dores de cabeça1 podem ser primárias, causadas por excesso de atividade ou problemas com estruturas sensíveis à dor na cabeça1, ou secundárias, como um sintoma2 de uma doença subjacente.
A atividade química no cérebro4, os nervos ou vasos sanguíneos5 que rodeiam o crânio6 ou os músculos7 da cabeça1 e do pescoço8, ou alguma combinação destes fatores, podem desempenhar um papel importante nas dores de cabeça1 primárias. Algumas pessoas também podem ser geneticamente mais propensas a desenvolver dores de cabeça1.
Entre as dores de cabeça1 primárias, as mais comuns são os vários tipos de enxaqueca9, a cefaleia10 tensional, a cefaleia10 autonômica do trigêmeo e a hemicrania paroxística. Alguns tipos menos comuns, cujos sintomas11 também podem ser um sintoma2 de uma doença subjacente, são: dores de cabeça1 diárias crônicas como, por exemplo, enxaqueca9 crônica, cefaleia10 tensional crônica ou hemicranias contínuas; dores de cabeça1 por tosse, por exercícios e por sexo. Outras dores de cabeça1 primárias podem ser devidas a certos vícios ou a fatores de estilo de vida, incluindo: uso de álcool; certos alimentos que contenham nitratos; mudanças no sono ou falta de sono; má postura; falta de refeições regulares e estresse.
As dores de cabeça1 secundárias podem ser devidas a um número de incontáveis situações que variam muito em gravidade. Entre elas se incluem: sinusite12 aguda; dissecções carotídeas ou vertebrais; trombose13 venosa no cérebro4; aneurisma14 cerebral; malformação15 arteriovenosa; tumor16 cerebral; envenenamento por monóxido de carbono17; concussão cerebral18; desidratação19; problemas dentários; infecção20 de ouvido médio21; encefalite22; arterite de células gigantes23; glaucoma24 agudo25; ressaca; hipertensão arterial26; gripe27 e outras doenças febris; hematoma28 intracraniano; meningite29; uso de certos medicamentos; transtorno do pânico; pseudotumor cerebral; acidente vascular30 encefálico; toxoplasmose31; neuralgia32 do trigêmeo, etc.
Alguns outros tipos de dores de cabeça1 secundárias incluem: dores de cabeça1 de compressão externa; dores de cabeça1 por uso excessivo de medicamentos; dores de cabeça1 causadas por inflamação33 e congestão nas cavidades sinusais; cefaleias34 espinhais, causadas por baixa pressão ou volume de líquido cefalorraquidiano35 e dores de cabeça1 em “trovoadas”, um grupo de distúrbios que envolve dores de cabeça1 súbitas e graves com múltiplas causas.
Saiba mais sobre "Enxaqueca9", "Cefaleia10 tensional", "Tumores cerebrais" e "Eletroencefalograma36".
Quando se preocupar com a dor de cabeça1?
A maioria das dores de cabeça1 são sem gravidade e transitórias, mas algumas podem ser sinal37 de condições mais graves e exigem atendimento médico imediato. Um cuidado especial deve ser observado se:
- As dores de cabeça1, antes inexistentes, se desenvolvem depois dos 50 anos de idade.
- Houver uma grande mudança no padrão das dores de cabeça1 habituais.
- A dor de cabeça1 for excepcionalmente severa.
- For uma dor na cabeça1 que aumenta com a tosse ou com o movimento.
- Forem dores de cabeça1 que pioram progressivamente.
- Forem dores acompanhadas por mudanças da personalidade ou da função mental.
- Forem acompanhadas de febre38, rigidez de nuca, confusão mental, diminuição do estado de alerta ou da memória ou sintomas11 neurológicos, como distúrbios visuais, fala arrastada, fraqueza, dormência39 ou convulsões.
- Forem acompanhadas por um olho40 vermelho doloroso.
- Forem dores de cabeça1 depois de um golpe na cabeça1.
- Forem dores de cabeça1 que impedem as atividades diárias normais.
- Forem dores de cabeça1 que surgem abruptamente, especialmente se acordam o paciente.
Como o médico diagnostica a dor de cabeça1?
O primeiro passo é fazer um relato preciso e bem minucioso ao médico, porque os detalhes o ajudarão a fazer hipóteses das possíveis causas da dor de cabeça1. Relate a qualidade da dor, em que parte da cabeça1 ela se localiza, com que frequência ela acontece, coisas que tornam as dores piores e o que as melhoram. O médico fará um exame físico e perguntará por outros detalhes sobre seus sintomas11.
A maioria das pessoas não precisa de exames diagnósticos especiais. Às vezes, os médicos irão sugerir uma tomografia computadorizada41 ou uma ressonância magnética42 da cabeça1, para confirmar ou excluir problemas no interior do cérebro4 que possam estar causando as dores. Radiografias do crânio6 em geral não ajudam. Um eletroencefalograma36 (EEG) muitas vezes é desnecessário, a menos que o paciente tenha desmaiado quando teve uma dor de cabeça1. Mas, tudo depende da história clínica e o neurologista43 é a melhor pessoa para saber quais exames devem ser solicitados em cada caso.
Como o médico trata a dor de cabeça1?
O tratamento da dor de cabeça1 dependerá do tipo de dor, com que frequência ela é sentida e qual a sua causa. Muito frequentemente a causa da dor de cabeça1 permanece desconhecida e ela é tratada apenas sintomaticamente. Algumas pessoas não requerem ajuda médica mas, para aquelas que precisam, o médico fará um plano de tratamento específico para cada paciente, envolvendo medicamentos, dispositivos médicos eletrônicos, aconselhamento e ajuda para o controle do estresse.
Pode levar algum tempo para que médico e paciente encontrem o melhor plano de tratamento. Além disso, a pessoa deve evitar as coisas que saiba que podem desencadear suas dores de cabeça1, como alimentos ou cheiros. E é importante manter hábitos saudáveis, como exercícios físicos regulares, sono suficiente e uma dieta bem equilibrada.
Veja também sobre "Criança com dor de cabeça1", "Mitos e verdades sobre dor de cabeça1", "Dor de cabeça1: a maioria não é sinal37 de doenças graves".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.