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Principais distúrbios testiculares

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O que são testículos1?

Os testículos1 são as glândulas2 reprodutivas masculinas, ou gônadas3. Em todos os animais, incluindo o homem, eles existem em pares e são bilaterais. Correspondem, no sexo masculino, ao que são os ovários4 no sexo feminino. Ou seja, são os produtores dos gametas5 reprodutivos do homem, os espermatozoides6.

Além disso, produzem o líquido seminal7 e hormônios masculinos, principalmente testosterona. A liberação dela no sangue8 é controlada pelo hormônio9 luteinizante da hipófise anterior10 e a produção de esperma11 é controlada tanto pelo hormônio9 folículo12-estimulante (FSH) da hipófise anterior10 quanto pela testosterona gonadal.

Os homens têm dois testículos1 de tamanhos semelhantes, contidos numa bolsa chamada escroto13, que é uma extensão da parede abdominal14. Um testículo15 adulto médio mede até 5 cm de comprimento, 2 cm de largura e 3 cm de profundidade. Internamente, os testículos1 são cobertos por uma casca fibrosa resistente chamada túnica albugínea, sob a qual os testículos1 abrigam tubos espiralados muito finos chamados túbulos seminíferos, revestidos por uma camada de células germinativas16 que reproduzem as células17 espermáticas, desde a puberdade até a velhice. Depois de amadurecidos, os espermatozoides6 movem-se para o ducto deferente18 e, por fim, são expelidos pela uretra19 e para fora do orifício uretral20 por meio de contrações musculares.

Veja sobre "Espermograma", "Azoospermia21" e "Ejaculação22 retrógrada".

O que são distúrbios testiculares?

Distúrbios testiculares referem-se a problemas ou condições médicas que afetam os testículos1, seja no seu aspecto reprodutivo, seja na sua função glandular endócrina. Isto é, os testículos1 como responsáveis pela produção de espermatozoides6 ou de hormônios sexuais, como a testosterona. A seguir estão os principais distúrbios testiculares.

Epididimite

A epididimite é caracterizada pela inflamação23 do epidídimo24, estrutura responsável pelo armazenamento e maturação dos espermatozoides6. As pessoas de 15 a 35 anos são as mais comumente afetadas.

A infecção25 bacteriana é a causa mais comum de epididimite aguda. A gonorreia26 e a clamídia são as condições subjacentes mais comuns. Em homens que praticam sexo anal ativo, as bactérias entéricas também são uma causa comum. Causas não infecciosas também são possíveis, como procedimentos geniturinários (prostatectomia, cateterismo27 urinário, vasectomia, etc.), traumas, causas químicas, etc.

A forma aguda se desenvolve com febre28, dor e inchaço29 frequentemente em apenas um dos testículos1 e, geralmente, haverá também queixas de disúria30 ou corrimento uretral20. Na fase crônica, o paciente tem pontos dolorosos à palpação31, que podem revelar um epidídimo24 já endurecido.

Orquite32

A orquite32 (ou orqueíte) é uma inflamação23 aguda ou crônica dos testículos1 (uni ou bilateralmente) que, se não tratada a tempo, pode levar à impotência33 ou  esterilidade34. É frequente que também o epidídimo24 seja afetado, gerando uma orquiepididimite35.

orquite32 pode ser causada por diversos fatores, tais como bactérias, vírus36, parasitas, espiroquetas, ou ainda, ser devida a traumas, a causas químicas ou ser idiopática37 (de causa desconhecida). Um dos principais fatores causadores de orquite32 é o vírus36 da caxumba38.

Os principais sinais39 e sintomas40 da orquite32 aguda são inchaço29 e dor nos testículos1, escroto13 hiperemiado, sensação de peso no escroto13, ejaculação22 com sangue8, hematúria41, suor nos testículos1, febre28 e mal-estar. A forma crônica pode ser assintomática ou apresentar apenas um pequeno desconforto no escroto13.

Torção42 testicular

Normalmente o testículo15 fica suspenso dentro do saco escrotal pelo canal deferente43artérias44 e veias45, e tem certa mobilidade. Mas, se movimentar além do normal, pode torcer seu pedículo46. A torção42 testicular ocorre quando o cordão espermático47, que fornece sangue8 aos testículos1, se torce de modo a diminuir ou cortar o fornecimento de sangue8 ao órgão, causando dor intensa.

Quase sempre é uma emergência48 médica que requer tratamento imediato. Isso pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens (dos 10 aos 25 anos).

Varicocele49

Varicocele49 é a dilatação das veias45 que drenam o sangue8 dos testículos1. Pode causar desconforto, dor e afetar a fertilidade em alguns casos. A varicocele49 pode alterar o esperma11, mas não causa alterações na potência sexual. Em alguns casos (raros) a varicocele49 pode causar infertilidade50.

As causas da varicocele49 (dilatação das veias45) ainda não foram bem estabelecidas, mas acredita-se que haja uma alteração nas válvulas dentro das veias45 que drenam os testículos1, o que levaria à dilatação delas.

Hidrocele51

Hidrocele51 consiste no acúmulo anormal de líquido ao redor dos testículos1, causando inchaço29 e aumento do tamanho escrotal. A hidrocele51 ocorre quando há algum desequilíbrio entre a produção e a absorção desse líquido, levando-o a acumular-se no interior da bolsa escrotal.

hidrocele51 pode ser causada por processos inflamatórios dos próprios testículos1 ou de estruturas vizinhas, ou por traumatismos, obstruções dos vasos linfáticos ou tumores. Nos fetos, os testículos1 migram da cavidade abdominal52 para a bolsa escrotal, por um caminho que em geral se fecha naturalmente. Caso isso não aconteça, líquidos da cavidade abdominal52 passam para o interior do saco escrotal, acumulando-se ali e resultando na hidrocele51 dos bebês53.

Criptorquidia54

Normalmente os testículos1 são formados no interior do abdômen e, nos últimos meses da vida intrauterina, migram (descem) para a bolsa escrotal, passando pelo canal inguinal55. Criptorquidia54 é a condição em que um ou ambos os testículos1 não descem do abdômen para o escroto13 durante o desenvolvimento fetal.

Geralmente, essa posição dos testículos1 se corrige durante os primeiros meses de vida, mas se persistir, pode afetar a fertilidade e aumentar o risco de desenvolvimento de câncer56 testicular. Isso acontece porque o caminho de migração dos testículos1 pode ser obstruído por hérnias57 ou malformação58 do abdômen inferior.

A criptorquidia54 é comum em bebês53 prematuros.

Câncer56 testicular

O câncer56 testicular é uma forma relativamente rara de câncer56, mas que afeta principalmente homens jovens. Ainda não está esclarecido o que causa o câncer56 testicular. O que se sabe é que quase todos os tumores testiculares começam nas células germinativas16.

Em alguns casos, o câncer56 de testículo15 não apresenta sintomas40. Quando existem sinais39 e sintomas40, eles incluem nódulo59 ou aumento dos testículos1, sensação de peso no escroto13, dor surda no abdome60 ou na virilha, coleção repentina de fluido no escroto13, dor ou desconforto em um testículo15 e aumento ou sensibilidade dos seios61.

Hipogonadismo

Hipogonadismo é uma condição caracterizada pela insuficiente produção de hormônios sexuais masculinos, principalmente testosterona. Pode ser causada por problemas nos testículos1 ou no sistema hipotalâmico-hipofisário62. No hipogonadismo primário, os testículos1 são primariamente afetados. No hipogonadismo secundário, eles são comprometidos por alguma outra doença que afeta o corpo.

O déficit de hormônios sexuais pode ocasionar um mau desenvolvimento das características sexuais primárias ou secundárias e resultar em infertilidade50. O hipogonadismo pode ser congênito63 ou adquirido. Neste último caso, ele geralmente é consequência de alguma outra doença que também afeta os testículos1.

Leia sobre "Criptorquidia54", "Orquite32", "Varicocele49" e "Torção42 de testículo15".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Portal da Urologia.

ABCMED, 2023. Principais distúrbios testiculares. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-do-homem/1444150/principais-disturbios-testiculares.htm>. Acesso em: 27 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Testículos: Os testículos são as gônadas sexuais masculinas que produzem as células de fecundação ou espermatozóides. Nos mamíferos ocorrem aos pares e são protegidos fora do corpo por uma bolsa chamada escroto. Têm função de glândula produzindo hormônios masculinos.
2 Glândulas: Grupo de células que secreta substâncias. As glândulas endócrinas secretam hormônios e as glândulas exócrinas secretam saliva, enzimas e água.
3 Gônadas: 1. Designação genérica das glândulas sexuais (ovário e testículo) que produzem os gametas (óvulos e espermatozoides). 2. Em embriologia, é a glândula embrionária antes de sua possível identificação morfológica como ovário ou testículo.
4 Ovários: São órgãos pares com aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura cada um. Eles estão presos ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos. Na puberdade, os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno.
5 Gametas: Células reprodutoras encontradas em organismos multicelulares.
6 Espermatozóides: Células reprodutivas masculinas.
7 Líquido seminal: Líquido seminal é um líquido pré-ejaculatório, que limpa o canal da uretra, neutralizando o pH e matando possíveis micro-organismos, para que o esperma não seja contaminado.
8 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
9 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
10 Hipófise Anterior: Lobo glandular anterior da hipófise, também conhecido como adenohipófise. Secreta os HORMÔNIOS ADENOHIPOFISÁRIOS que regulam funções vitais como CRESCIMENTO, METABOLISMO e REPRODUÇÃO.
11 Esperma: Esperma ou sêmen. Líquido denso, gelatinoso, branco acinzentado e opaco, que contém espermatozoides e que serve para conduzi-los até o óvulo. O esperma é o líquido da ejaculação. Ele é composto de plasma seminal e espermatozoides. Este plasma contém nutrientes que alimentam e protegem os espermatozoides.
12 Folículo: 1. Bolsa, cavidade em forma de saco. 2. Fruto simples, seco e unicarpelar, cuja deiscência se dá pela sutura que pode conter uma ou mais sementes (Ex.: fruto da magnólia).
13 Escroto:
14 Parede Abdominal: Margem externa do ABDOME que se estende da cavidade torácica osteocartilaginosa até a PELVE. Embora sua maior parte seja muscular, a parede abdominal consiste em pelo menos sete camadas Músculos Abdominais;
15 Testículo: A gônada masculina contendo duas partes funcionais Sinônimos: Testículos
16 Células Germinativas: São as células responsáveis pela reprodução sexuada e contêm metade do número total de cromossomos de uma espécie. Os espermatozoides (homem) e os ovócitos (mulher) são células germinativas.
17 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
18 Ducto deferente: Ducto deferente ou canal deferente é um canal muscular que conduz os espermatozóides a partir do epidídimo até a próstata.
19 Uretra: É um órgão túbulo-muscular que serve para eliminação da urina.
20 Uretral: Relativo ou pertencente à uretra.
21 Azoospermia: Ausência de espermatozódes no líquido seminal.
22 Ejaculação: 1. Ato de ejacular. Expulsão vigorosa; forte derramamento (de líquido); jato. 2. Em fisiologia, emissão de esperma pela uretra no momento do orgasmo. 3. Por extensão de sentido, qualquer emissão. 4. No sentido figurado, fartura de palavras; arrazoado.
23 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
24 Epidídimo: O epidídimo é um pequeno ducto, com cerca de seis centímetros de comprimento, enrolado sobre si mesmo, que coleta e armazena os espermatozóides produzidos pelo testículo. Localiza-se atrás do testículo, no saco escrotal, e desemboca na base do ducto deferente, o canal que conduz os espermatozóides até a próstata.
25 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
26 Gonorreia: Infecção bacteriana que compromete o trato genital, produzida por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhoeae. Produz uma secreção branca amarelada que sai pela uretra juntamente com ardor ao urinar. É uma causa de infertilidade masculina.Em mulheres, a infecção pode não ser aparente. Se passar despercebida, pode se tornar crônica e ascender, atingindo os anexos uterinos (trompas, útero, ovários) e causar Doença Inflamatória Pélvica e mesmo infertilidade feminina.
27 Cateterismo: Exame invasivo de artérias ou estruturas tubulares (uretra, ureteres, etc.), utilizando um dispositivo interno, capaz de injetar substâncias de contraste ou realizar procedimentos corretivos.
28 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
29 Inchaço: Inchação, edema.
30 Disúria: Dificuldade para urinar. Pode produzir ardor, dor, micção intermitente, etc. Em geral corresponde a uma infecção urinária.
31 Palpação: Ato ou efeito de palpar. Toque, sensação ou percepção pelo tato. Em medicina, é o exame feito com os dedos ou com a mão inteira para explorar clinicamente os órgãos e determinar certas características, como temperatura, resistência, tamanho etc.
32 Orquite: Inflamação de um ou ambos os testículos. Freqüentemente se produz como complicação de uma infecção do trato urinário ou sexual. A infecção pelo vírus da caxumba pode produzir orquite. As pessoas podem sentir dor, inchaço e coloração avermelhada do escroto.
33 Impotência: Incapacidade para ter ou manter a ereção para atividades sexuais. Também chamada de disfunção erétil.
34 Esterilidade: Incapacidade para conceber (ficar grávida) por meios naturais. Suas causas podem ser masculinas, femininas ou do casal.
35 Orquiepididimite: Processo inflamatório que envolve os testículos (orquite) e o epidídimo (epididimite).
36 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
37 Idiopática: 1. Relativo a idiopatia; que se forma ou se manifesta espontaneamente ou a partir de causas obscuras ou desconhecidas; não associado a outra doença. 2. Peculiar a um indivíduo.
38 Caxumba: Também conhecida como parotidite. É uma doença infecciosa imunoprevenível de transmissão respiratória. Causada pelo vírus da caxumba, resulta em manifestações discretas ou é assintomática. Quando ocorrem, as manifestações clínicas mais comuns são febre baixa, dor no corpo, perda de apetite, fadiga e dor de cabeça. Cerca de 30 a 40% dos indivíduos infectados apresentam dor e aumento uni ou bilateral das glândulas salivares (mais comumente, das parótidas). Geralmente tem evolução benigna, é mais comum em crianças e resulta em imunidade permanente. Em alguns casos pode complicar causando meningite, encefalite, surdez, orquite, ooferite, miocardite ou pancreatite.
39 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
40 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
41 Hematúria: Eliminação de sangue juntamente com a urina. Sempre é anormal e relaciona-se com infecção do trato urinário, litíase renal, tumores ou doença inflamatória dos rins.
42 Torção: 1. Ato ou efeito de torcer. 2. Na geometria diferencial, é a medida da derivada do vetor binormal em relação ao comprimento de arco. 3. Em física, é a deformação de um sólido em que os planos vizinhos, transversais a um eixo comum, sofrem, cada um deles, um deslocamento angular relativo aos outros planos. 4. Em medicina, é o mesmo que entorse. 5. Na patologia, é o movimento de rotação de um órgão sobre si mesmo. 6. Em veterinária, é a cólica de alguns animais, especialmente a do cavalo.
43 Canal deferente: Canal deferente ou ducto deferente é um canal muscular que conduz os espermatozóides a partir do epidídimo até a próstata.
44 Artérias: Os vasos que transportam sangue para fora do coração.
45 Veias: Vasos sangüíneos que levam o sangue ao coração.
46 Pedículo: 1. Na anatomia geral, é uma estrutura alongada e fina que liga vísceras e vértebras ao resto do corpo. 2. Na anatomia zoológica, é o mesmo que pedúnculo ou haste de fixação. Nos arácnidos, é uma porção estreita que une o cefalotórax e o abdome. 3. Na morfologia botânica, é qualquer haste pequena que sustenta um órgão vegetal, que não seja um pecíolo, pedicelo ou pedúnculo. 4. Em patologia, é a porção estreita através da qual se implanta um tumor ou uma verruga.
47 Cordão Espermático: Cada um dos pares de estruturas tubulares formado por DUCTOS DEFERENTES, ARTÉRIAS, VEIAS, VASOS LINFÁTICOS e nervos. Estende-se do anel inguinal profundo (através do CANAL INGUINAL) até os TESTÍCULOS (no ESCROTO).
48 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
49 Varicocele: Dilatação venosa do cordão espermático. Em geral é assintomática e manifesta-se pelo aumento de tamanho da bolsa escrotal, mas podem ser dolorosas e causar infertilidade.
50 Infertilidade: Capacidade diminuída ou ausente de gerar uma prole. O termo não implica a completa inabilidade para ter filhos e não deve ser confundido com esterilidade. Os clínicos introduziram elementos físicos e temporais na definição. Infertilidade é, portanto, freqüentemente diagnosticada quando, após um ano de relações sexuais não protegidas, não ocorre a concepção.
51 Hidrocele: Coleção de líquido em uma cavidade em forma de saco ou bolsa do corpo, especialmente no testículo. Muitas crianças nascem com hidrocele testicular, que é reabsorvida ao longo do tempo, raramente necessitando de algum tratamento.
52 Cavidade Abdominal: Região do abdome que se estende do DIAFRAGMA torácico até o plano da abertura superior da pelve (passagem pélvica). A cavidade abdominal contém o PERiTÔNIO e as VÍSCERAS abdominais, assim como, o espaço extraperitoneal que inclui o ESPAÇO RETROPERITONEAL.
53 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
54 Criptorquidia: 1. Falha na descida de testículo para o escroto, também conhecida como criptorquia.
55 Canal Inguinal: Passagem (na PAREDE ABDOMINAL anterior inferior) pela qual passam o CORDÃO ESPERMÁTICO (no homem), o LIGAMENTO REDONDO (na mulher), os nervos e os vasos. Sua extremidade interna localiza-se no anel inguinal profundo e a extremidade externa está no anel inguinal superficial.
56 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
57 Hérnias: É uma massa circunscrita formada por um órgão (ou parte de um órgão) que sai por um orifício, natural ou acidental, da cavidade que o contém. Por extensão de sentido, excrescência, saliência.
58 Malformação: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
59 Nódulo: Lesão de consistência sólida, maior do que 0,5cm de diâmetro, saliente na hipoderme. Em geral não produz alteração na epiderme que a recobre.
60 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
61 Seios: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
62 Sistema Hipotalâmico-Hipofisário: Grupo de NEURÔNIOS, trato de FIBRAS NERVOSAS, tecido endócrino e vasos sangüíneos no HIPOTÁLAMO e na HIPÓFISE. Esta circulação portal hipotalâmica- hipofisária fornece o mecanismo para a regulação neuroendócrina hipotalâmica (HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS) da função hipofisária e a liberação de vários HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS na circulação sistêmica para manutenção da HEMOSTASIA.
63 Congênito: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
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