O que é ejaculação retrógrada?
Como se realiza a ejaculação1 normal?
A ejaculação1 normal se passa em duas fases: (1) A primeira, de emissão, envolve o epidídimo2, os ductos deferentes, as vesículas seminais3, as glândulas4 prostáticas, a uretra5 prostática e o colo6 da bexiga7. Os canais deferentes, que armazenam e transportam o esperma8 dos testículos9, se contraem e expulsam o esperma8 para a parte posterior da uretra5, onde ele se acumula. Na parte de trás da uretra5, as vesículas seminais3 também liberam outras secreções e então inicia-se a (2) segunda fase, de expulsão, da qual participam a uretra5 e os músculos10 pélvicos11. A expulsão se dá quando a uretra5 posterior detecta as secreções e envia mensagens para a medula12 que, por sua vez, envia fortes sinais13 para os músculos10 basais do pênis14, fazendo com que estes se contraiam vigorosamente a cada 0,8 segundos, causando a impulsão do sêmen15 para fora do pênis14, geralmente em jatos.
O que é ejaculação1 retrógrada?
Quando o mecanismo fisiológico16 da ejaculação1 normal falha em razão de doença, de cirurgia ou do uso de medicamentos, o esfíncter17 entre a uretra5 e a bexiga7 (esfíncter17 interno) pode não se fechar corretamente e o sêmen15 pode fluir retrogradamente para a bexiga7. Isso causa ejaculação1 retardada ou mesmo ausência de ejaculação1.
Saiba mais sobre "Ejaculação1", "Ejaculação1 precoce", "Impotência18 sexual", "Orgasmo" e "Polução noturna".
Quais são as causas da ejaculação1 retrógrada?
As causas mais comuns de ejaculação1 retrógrada são neurológicas, traumáticas ou medicamentosas. Entre as causas neurológicas contam-se principalmente a esclerose múltipla19 e os traumatismos de coluna. A neuropatia periférica20 secundária ao diabetes21 também pode causar ejaculação1 retrógrada.
Entre as causas traumáticas temos as cirurgias abdominais ou pélvicas22, que podem interferir na inervação da bexiga7, mas outros procedimentos cirúrgicos, como a ressecção endoscópica da próstata23, também podem interferir no colo6 vesical24 originando a ejaculação1 retrógrada.
Como causas medicamentosas, aparecem algumas drogas utilizadas para tratamento de doenças cardíacas ou para aumento da pressão arterial25, que podem levar à dessincronização do esfíncter17 interno e à ejaculação1 retrógrada.
Leia sobre "Neuropatia26 diabética", "Neuropatia periférica20" e "Esclerose múltipla19".
Quais são as principais características da ejaculação1 retrógrada?
Normalmente, não há nenhum sintoma27 especial. O paciente apenas notará uma nítida redução no volume ou mesmo ausência do esperma8 no momento do orgasmo.
Como o médico diagnostica a ejaculação1 retrógrada?
O diagnóstico28 pode ser feito a partir da história clínica e confirmado por um exame qualitativo de urina29 colhida logo após o orgasmo e examinada ao microscópio que, em caso positivo, mostrará a presença de espermatozoides30.
Como o médico trata a ejaculação1 retrógrada?
Em geral, o tratamento é feito com o uso de medicamentos que procuram fechar o colo6 vesical24. A estimulação vibratória peniana e a eletroejaculação são técnicas especiais utilizadas principalmente em pacientes neurológicos. Quando há infertilidade31, pode-se recuperar os espermatozoides30, recolhendo-os da urina29 após o orgasmo e de imediato fazer inseminação artificial. Para facilitar as relações sexuais na falta de ejaculação1, o paciente poderá usar lubrificantes especiais.
Quais são as complicações possíveis da ejaculação1 retrógrada?
A principal consequência negativa da ejaculação1 retrógrada é a infertilidade31 masculina para homens que ainda desejam reproduzir-se.
Veja também sobre "Relações sexuais", "Hiperplasia32 benigna da próstata23" e "Câncer33 de próstata23".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.