Principais distúrbios ejaculatórios
O que são distúrbios ejaculatórios?
Distúrbios ejaculatórios são condições médicas que afetam a atividade normal de um homem ejacular durante o ato sexual ou na masturbação1. Esses distúrbios podem envolver uma variedade de problemas relacionados ao processo de ejaculação2, como ejaculação2 rápida (precoce), atraso ejaculatório (ejaculação2 retardada), ejaculação2 ausente (anejaculação), ejaculação2 retrógrada, ejaculação2 dolorosa, ejaculação2 fraca ou astênica e ejaculação2 reflexa.
Tipos de distúrbios ejaculatórios
Alguns dos principais distúrbios ejaculatórios incluem os seguintes.
Ejaculação2 precoce
Denomina-se precoce ejaculação2 que ocorre muito rapidamente, antes que a pessoa deseje e antes que sua parceira sexual tenha atingido o orgasmo, o que habitualmente é vivido com grande ansiedade e insatisfação por ambos os participantes do ato sexual.
Essa ejaculação2 geralmente ocorre dentro de 1 ou 2 minutos de iniciado o ato sexual e se dá ante o mero contato com a vagina3 ou tão logo o pênis4 seja introduzido nela. Não há um tempo mínimo definidor da ejaculação2 precoce e o que mais a define é a sensação subjetiva do homem e da sua parceira de que a ejaculação2 tenha sido muito rápida e ocorreu antes de ser desejada, sem poder ser controlada.
A ejaculação2 precoce talvez seja a queixa mais comum nos consultórios dos sexologistas, atingindo 20 a 30% dos homens. Ela pode ocorrer normalmente de maneira episódica na juventude, em indivíduos que estejam iniciando sua vida sexual, em encontros com parceiros sexuais novos ou após longos períodos de abstinência sexual, mas quando se torna muito frequente e se prolonga pela maturidade passa a constituir um problema.
Não há um causa médica definida para esta condição. Pensa-se em uma sensibilidade anormalmente aumentada da glande peniana, na inexperiência que cerca as primeiras relações sexuais ou em conflitos psicológicos de várias naturezas.
Ejaculação2 retardada
Nesses casos, o homem pode ter dificuldade em ejacular, mesmo quando está excitado sexualmente e sente desejo de fazê-lo. Às vezes, a ejaculação2 pode não ocorrer em absoluto, o que é conhecido como anejaculação. A prevalência5 da ejaculação2 retardada é mais baixa que a da ejaculação2 precoce; cerca de 5% dos homens apresentam ejaculação2 retardada em algum momento da vida. No entanto, esse número pode ser maior, já que muitos homens não relatam o fato.
Essa disfunção sexual ocorre quando o homem demora muito para ejacular durante a relação sexual ou até não consegue ejacular. É possível, dentro de certos limites, controlar conscientemente o tempo médio para que a ejaculação2 aconteça durante o sexo, sendo possível prolongar voluntariamente esse tempo, mas na ejaculação2 retardada esse atraso não é controlável: o homem quer chegar ao orgasmo e não consegue, embora existam a ereção6 do pênis4 e desejo sexual.
A ejaculação2 retardada pode ter causas tanto psicológicas quanto físicas, mas é possível reverter a situação com tratamento individualizado.
Ejaculação2 ausente ou ejaculação2 bloqueada (anejaculação)
Anejaculação é a total falta de ejaculação2 por mais que o homem se esforce para obtê-la. É um distúrbio sexual que pode ser causado por diversas razões, como lesões7 na medula espinhal8, esclerose múltipla9 ou danos nos nervos que controlam a ejaculação2. Algumas doenças, como diabetes10, podem afetar os nervos e vasos sanguíneos11 relacionados à função sexual. A anejaculação pode ocorrer também em virtude de que os efeitos colaterais12 de certos medicamentos ou algumas cirurgias na região pélvica13 ou geniturinária podem interferir nos impulsos nervosos responsáveis pela ejaculação2.
Desequilíbrios hormonais também podem afetar a resposta sexual masculina, incluindo a capacidade de ejacular. Estados de ansiedade, estresse, traumas emocionais ou problemas de relacionamento podem levar a disfunções sexuais transitórias, incluindo anejaculação.
Ejaculação2 retrógrada
Quando o mecanismo fisiológico14 da ejaculação2 normal falha, em razão de doença, de cirurgia ou do efeito colateral15 de medicamentos, o esfíncter16 entre a uretra17 e a bexiga18 (esfíncter16 interno) pode não se fechar corretamente e o sêmen19 pode fluir retrogradamente para a bexiga18.
Entre as causas neurológicas para que isso aconteça contam-se principalmente a esclerose múltipla9 e os traumatismos de coluna. Entre as causas traumáticas estão as cirurgias abdominais ou pélvicas20 e a ressecção endoscópica da próstata21. Algumas drogas utilizadas para tratamento de doenças cardíacas ou para aumento da pressão arterial22 podem levar à dessincronização do esfíncter16 interno e à ejaculação2 retrógrada.
Normalmente, não há nenhum sintoma23 especial e o paciente apenas notará uma nítida redução no volume ou mesmo ausência do esperma24.
Ejaculação2 dolorosa
A ejaculação2 dolorosa, também conhecida como algodispareunia ejaculatória, é caracterizada por dor, desconforto ou sensação de queimação no momento da ejaculação2. Ela pode ser causada por algumas condições médicas, como prostatite25 ou outras infecções26 do trato urinário27; doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorreia28; estenose29 uretral30 ou outras obstruções na uretra17; lesões7 na área genital, como cirurgias ou traumas recentes; e problemas psicológicos, associada à ansiedade ou à disfunção erétil.
Ejaculação2 reflexa
A ejaculação2 reflexa, também conhecida como ejaculação2 autônoma ou ejaculação2 involuntária31, é um tipo de ejaculação2 que ocorre sem o controle consciente do indivíduo. É comum ocorrer em situações específicas e pode ser desencadeada por estímulos físicos ou mentais. Um exemplo comum de ejaculação2 reflexa ocorre durante o sono, conhecido como "polução noturna" ou "ejaculação2 do sono". Nesse caso, a estimulação física do órgão genital durante o sono pode levar à ejaculação2, mesmo sem a presença de sonhos eróticos ou qualquer outro estímulo sexual externo.
O indivíduo que assiste cenas sexualmente excitantes também pode ter uma ejaculação2 não desejada. Além disso, em algumas condições médicas, como lesões7 na medula espinhal8, problemas neurológicos ou após certos procedimentos cirúrgicos, pode ocorrer a ejaculação2 reflexa como uma resposta involuntária31 do corpo a estímulos específicos.
Ejaculação2 astênica
É caracterizada pela emissão lenta do líquido seminal32, devido à ausência de contrações musculares que projetam o esperma24, promovendo assim a ejaculação2 sem força. Isso pode acontecer tanto durante o ato sexual quanto durante a atividade masturbatória. Trata-se de um distúrbio raro que pode ter consequências psicológicas muito negativas para o homem.
As possíveis causas da ejaculação2 astênica podem ser: medo de engravidar; estresse ou ansiedade; traumas na infância ou fase adulta; tensão durante o ato sexual por motivos diversos e preferência pela masturbação1 à relação sexual.
Ela pode ocorrer transitoriamente, no contexto de doenças sexualmente transmissíveis e processos inflamatórios da próstata21 e da uretra17. Formas persistentes podem resultar de lesões7 na coluna devido a danos neurogênicos e miogênicos no assoalho pélvico33. A propulsão reduzida da ejaculação2 também pode ocorrer com a idade, devido à redução do tônus muscular da parede da uretra17.
Leia sobre "Gonorreia28", "Sífilis34", "Herpes genital" e "Sangue35 no esperma24".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site Portal da Urologia.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.