Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). O que são?
O que são doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)?
São aquelas doenças adquiridas por contato sexual (vaginal, oral ou anal) com alguém que já esteja contaminado por uma DST. Elas podem ser causadas por bactérias ou vírus1 e antigamente eram chamadas de doenças venéreas.
As DSTs afetam a saúde2 física, emocional e a qualidade de vida de homens e mulheres, sendo os adolescentes e adultos jovens os mais frequentemente acometidos. Algumas delas têm cura, outras não.
A presença de uma DST facilita a transmissão do vírus1 da imunodeficiência3 humana (HIV4) - que causa a síndrome5 da imunodeficiência3 adquirida (SIDA ou AIDS) – em caso de exposição a este vírus1.
É muito comum a ausência de sintomas6, principalmente nos estágios iniciais da doença. O que leva à ausência de tratamento, podendo causar problemas como infertilidade7 ou câncer8, os quais tendem a ser mais graves em mulheres do que em homens.
Gestantes infectadas por alguns tipos de doenças sexualmente transmissíveis podem passar a infecção9 para o bebê durante a gravidez10 ou parto.
O que você precisa saber sobre doenças sexualmente transmissíveis?
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Elas afetam homens e mulheres de todas as idades, etnias e classes sociais. Adolescentes e adultos jovens são os mais acometidos, pois eles têm relações sexuais mais frequentemente, com parceiros variados, e ainda não estão cientes da importância de preveni-las com o uso da camisinha.
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É importante que todos estejam alerta para a regra dos 5Ps: proteção contra DSTs, parceiros sexuais confiáveis, prevenção de DSTs na gravidez10, prática sexual segura e passado de DSTs.
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O número de pessoas contaminadas por DSTs está aumentando a cada dia.
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Mesmo não apresentando sintomas6, você pode estar com uma DST e passar esta doença para outra pessoa. Para evitar que isso aconteça, converse com seu médico sobre a realização de exames, especialmente se você tem mais de um parceiro sexual.
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As DSTs são transmitidas através de contato sexual, que não se resume à penetração do pênis11 na vagina12. Essas doenças podem ser transmitidas em todo o contato do pênis11 com a vagina12, com a vulva13 (parte externa da vagina12), com o ânus14 ou com a boca15. Portanto, não é necessário ejaculação16 ou penetração para contaminação por vírus1 e bactérias. Qualquer contato sexual pode transmitir doenças como AIDS e HPV (papilomavírus humano). Daí a importância do uso de preservativo em toda relação sexual. A camisinha não evita totalmente o risco de contaminação, mas diminui bastante sua possibilidade.
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Mães podem passar DSTs para seus bebês17 antes, durante e logo após o parto. Algumas delas podem ser curáveis, outras causam danos permanentes ao recém-nascido. Um pré-natal bem orientado ajuda a identificar riscos para a mãe e para o bebê.
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Quanto mais precoce o diagnóstico18, maior a chance de sucesso terapêutico.
Quais são as DSTs mais frequentes?
Infecção9 por Chlamydia Trachomatis, blenorragia19 ou gonorreia20, infecção9 pelo Trichomonas vaginalis, herpes genital, sífilis21, HIV4 (vírus1 da imunodeficiência3 humana) e HPV (papilomavírus humano).
O que fazer para evitar as doenças sexualmente transmissíveis?
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Estudos mostram que quanto mais jovem a pessoa tem sua primeira relação sexual, mais chances terá de contrair DSTs. O risco se eleva com o tempo, à medida que a quantidade de parceiros sexuais aumenta. Retardar o início da vida sexual ativa pode ajudar a evitar DSTs.
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Ter um(a) parceiro(a) sexual que não tenha nenhuma doença sexualmente transmissível, no(a) qual você possa ter confiança é fundamental. Esta confiança significa ou que vocês dois não tenham relações sexuais com outras pessoas ou que, quando tenham, usem proteção para evitar infecções22. O uso de preservativo é muito importante para evitar DSTs.
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Usar preservativo sempre que tiver relação sexual. O preservativo não oferece proteção completa, porém diminui a chance de contraí-las. Outros métodos anticoncepcionais (como diafragma23, pílula anticoncepcional, DIU, implantes hormonais, etc.) não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis.
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Limitar a quantidade de parceiros sexuais. O risco de ter uma DST aumenta de acordo com a quantidade de parceiros sexuais que você tem.
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Não compartilhe agulhas de injeções com ninguém, tanto agulhas usadas para injetar drogas ilegais (heroína e cocaína) quanto para uso de medicamentos. Se você for fazer uma tatuagem ou body piercing, certifique-se de que as agulhas estejam esterilizadas ou, de preferência, sejam descartáveis.
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Toda pessoa com vida sexual ativa, especialmente se tiver mais de um parceiro sexual, deve fazer exames regulares para o diagnóstico18 precoce de DSTs. Quanto mais cedo ela for detectada, mais fácil será o tratamento.
O que devo fazer se contrair uma DST?
Peça ajuda a um médico (ginecologista, urologista24, clínico geral) e busque informações. O tratamento na maioria das vezes é simples. Quanto mais precocemente ele acontecer, menor o risco de você sofrer algum tipo de complicação.
Quanto mais cedo você conversar com seu parceiro(a) e avisar que tem uma DST, menos chance terá de espalhá-la. Converse com o seu parceiro(a), de modo que ele(a) também possa receber tratamento.
Faça o tratamento completo, sempre orientado por um médico. Caso você precise de um acompanhamento médico por um tempo maior, não desanime. É fundamental que você tenha consciência de que assim estará evitando problemas futuros para você e para todas as pessoas com as quais mantenha contato sexual.
Estudos indicam que ter uma DST aumenta o risco de ser infectado pelo HIV4, o vírus1 que causa a AIDS. Pense nisso e procure tratamento imediato.
Evite ter qualquer atividade sexual se estiver em tratamento para uma DST. Ao término do tratamento, lembre-se de usar um preservativo durante as relações sexuais para evitar novas contaminações futuras.
Grávidas devem se tratar o mais rápido possível. O tratamento precoce diminui a probabilidade de contaminar o bebê. Em caso de gravidez10, você deve falar com seu médico, pois alguns medicamentos não são seguros para grávidas e você pode precisar de um tratamento diferenciado.
Caso esteja amamentando, converse com seu médico sobre o risco de passar a doença para o bebê através do leite.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.