Lesões da medula espinhal
O que são lesões1 da medula espinhal2?
Lesões1 da medula espinhal2 são danos causados à medula espinhal2 que implicam em alterações da sua função, de modo temporário ou permanente. Estas alterações interrompem total ou parcialmente o trânsito de impulsos nervosos e se traduzem em perda da função motora muscular, das sensações ou da função autonômica em partes do corpo abaixo do nível da lesão3.
Como é a classificação das lesões1 da medula espinhal2?
As lesões1 podem ocorrer em qualquer nível da medula4 (cervical, torácica, lombar e sacra) e podem ser classificadas como lesão3 completa (perda total da sensação e da função muscular) ou incompleta (alguns sinais5 nervosos ainda são capazes de atravessar a área lesionada). As lesões1 incompletas da medula espinal6, por sua vez, podem gerar: (a) síndrome7 do cordão central, (b) síndrome7 do cordão anterior e (c) síndrome7 de Brown-Séquard.
Quais são as causas das lesões1 da medula espinhal2?
Há, basicamente, três tipos de causas de lesões1 medulares:
- Forças mecânicas (traumáticas e não traumáticas).
- Tóxicas.
- Isquêmicas (por falta de fluxo sanguíneo).
Na maioria dos casos, os danos à coluna resultam de traumas físicos, tais como acidentes de carro, tiro, quedas ou lesões1 esportivas, mas também pode resultar de causas não-traumáticas, como infecção8, fluxo sanguíneo insuficiente e tumores.
As lesões1 da medula4 podem interromper total ou parcialmente o fluxo de estímulos nervosos. Nesse último caso, (1) a síndrome7 gerada pela interrupção do cordão central quase sempre resulta de lesão3 da medula4 cervical; (2) a síndrome7 devida a danos na porção frontal pode ser causada por fraturas ou luxações de vértebras ou hérnia9 de discos e (3) a síndrome7 de Brown-Séquard ocorre quando a medula espinhal2 é lesada em um dos lados muito mais do que o outro.
Quais são as principais características clínicas das lesões1 da medula espinhal2?
Dependendo da localização e gravidade dos danos à medula4, os sintomas10 podem variar amplamente, desde dor ou dormência11 até paralisia12 muscular e incontinência13 esfincteriana. Se a lesão3 espinhal for completa, todas as funções abaixo da área lesada são perdidas; se for incompleta, a função motora ou sensorial abaixo do nível de lesão3 podem ficar preservadas em parte.
Na síndrome7 do cordão anterior, abaixo do nível de lesão3, a sensação de dor e de temperatura são perdidas, enquanto senso de toque e propriocepção14 continuam intactos.
Na síndrome7 de Brown-Séquard é raro que a medula espinhal2 seja verdadeiramente hemisseccionada (inteiramente seccionada em um lado), mas lesões1 parciais são comuns. No lado da lesão3, o corpo perde a função motora, a propriocepção14 e os sentidos de vibração e toque. No lado oposto da lesão3, há uma perda de sensações de dor e de temperatura.
A síndrome7 do cordão posterior é observada em casos de mielopatia15 crônica ou em infarto16 da artéria17 espinhal posterior e causa a perda de propriocepção14 e sensação de vibração abaixo do nível de lesão3, enquanto a função motora e a sensação de dor, temperatura e toque permanecem intactas.
Leia sobre "Incontinência fecal18" e "Incontinência urinária19".
Como o médico diagnostica as lesões1 da medula espinhal2?
Os danos à coluna vertebral20 podem ser diagnosticados por radiografias, tomografia computadorizada21 ou ressonância magnética22 que pode também determinar onde eles estão localizados. A tomografia computadorizada21 ou ressonância magnética22 podem fornecer mais detalhes que as radiografias, permitindo um diagnóstico23 mais preciso.
Uma avaliação neurológica pode ajudar a determinar o grau e o nível de comprometimento da medula4. Outros exames de laboratório podem ajudar a determinar a natureza da lesão3.
Como o médico trata as lesões1 da medula espinhal2?
O tratamento das lesões1 da medula espinhal2 deve começar com a estabilização da coluna vertebral20 e controle da inflamação24, se houver, para evitar maiores danos. Outras intervenções podem variar do repouso à cirurgia. Em alguns casos, é necessária uma terapia física e ocupacional de longo prazo, especialmente se interferirem com atividades da vida diária. A reabilitação funcional pode envolver profissionais de várias áreas e tomar um longo tempo.
Saiba mais sobre "Fisioterapia25" e "Atrofia26 muscular".
Como evoluem as lesões1 da medula espinhal2?
A evolução varia desde a recuperação completa, em raros casos, até a tetraplegia permanente em lesões1 no nível do pescoço27.
Como prevenir as lesões1 da medula espinhal2?
Esforços para prevenir as lesões1 de medula4 incluem medidas individuais, tais como o uso de equipamentos de segurança, medidas de proteção e utilização de regulamentos de segurança no esporte e no trânsito.
Quais são as complicações possíveis das lesões1 da medula espinhal2?
As complicações que podem ocorrer após a lesão3 incluem atrofia26 muscular, feridas de pressão, infecções28 e problemas respiratórios, como edema pulmonar29 e deficiência respiratória, além de atrofias30 musculares e paralisias.
Conheça mais sobre "Úlceras31 de decúbito32 ou escaras33", "Tetraplegia" e "Paraplegia34".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.