Herpes genital: o que é? Como evitar? Existe tratamento?
O que é herpes genital?
O herpes genital é uma infecção1 por vírus2 transmitidos sexualmente, que afeta a pele3 e/ou mucosas4 dos orgãos genitais. Uma vez contraído, dificilmente esse vírus2 é eliminado do organismo, porque o sistema imunológico5 das pessoas não tem pleno acesso a ele, pois ele se abriga nas raízes nervosas6, que esse sistema não atinge. A infecção1 é, por isso, considerada uma infecção1 recorrente, havendo às vezes longos períodos em que ela não se manifesta. Ela parece eclodir em situações em que o sistema imunológico5 da pessoa contaminada esteja enfraquecido.
Quais são as causas do herpes genital?
O herpes genital é causado pelo vírus2 simples do herpes. Há dois tipos de vírus2 que podem causar o herpes genital: vírus2 do herpes simples tipo 1 (HSV-1) e o vírus2 do herpes simples tipo 2 (HSV2). Geralmente, o HSV-1 infecta a mucosa7 da boca8 e dos lábios, causando as chamadas aftas ou herpes de boca8 e pode se espalhar para os genitais durante o sexo oral. O HSV-2, na maioria das vezes, causa diretamente o herpes nos orgãos genitais. Mais comumente, o herpes é transmitido quando a pele3 do receptor tem alguma lesão9 visível que serve como porta de entrada para o vírus2 ou a pele3 do doador apresenta bolhas ou erupções (crise ativa), mas também pode acontecer que NÃO haja lesões10 visíveis e a pessoa nem saiba que está infectada. Pode haver transmissão pelo contato com os fluidos da boca8 ou da vagina11 de uma pessoa infectada para outra não infectada. Muitas pessoas infectadas (cerca de 80%) permanecem assintomáticas, mas podem transmitir a doença. Existe também a transmissão vertical do vírus2, da mãe para o feto12 e para o bebê, no momento do nascimento.
Quais são os principais sinais13 e sintomas14 do herpes genital?
O período de incubação15 do vírus2 varia de 10 a 15 dias depois de a infecção1 ter-se realizado (às vezes mais). Nos primeiros dias da infecção1 pode não haver sintomas14 ou ocorrer um simples prurido16. Alguns dias depois aparecem as vesículas17. A primeira infecção1 é mais intensa e longa que as demais, porque ainda não se formaram as defesas para combater o vírus2, mas, apesar da formação posterior de anticorpos18, permanece o risco de recidivas19. As lesões10 do herpes genital se caracterizam por serem pequenas vesículas17 localizadas nos genitais (masculinos e femininos). Antes ou paralelamente ao surgimento das vesículas17 podem ocorrer ardor20, prurido16, formigamento, gânglios linfáticos21 inflamados e aumentados de tamanho, dores de cabeça22, dores musculares e articulares.
Como o médico diagnostica o herpes genital?
Além da visualização direta das lesões10, o médico (ginecologista ou urologista23) deve proceder a uma raspagem das feridas e retirar delas uma pequena quantidade de líquido, para observação ao microscópio. O herpes genital também pode ser diagnosticado por alguns exames laboratoriais. Os exames de sangue24 medem os anticorpos18 contra o vírus2 e podem identificar se uma pessoa tenha sido infectada alguma vez, mesmo que não esteja em crise no momento. O teste da reação em cadeia da polimerase (PCR25) pode ser realizado no fluido de uma bolha26. É o exame mais específico para o herpes. A cultura do fluido contido nas bolhas pode também detectar o vírus2.
Como o médico trata o herpes genital?
O herpes genital não tem cura. Medicamentos antivirais podem ser usados para um melhor controle da doença. O aciclovir27 pode destruir ou impedir que o vírus2 mantenha sua cadeia de replicação, mas quando o vírus2 está abrigado no sistema neural28 (habitualmente num gânglio29 neural), esse remédio não tem efeito. Podem ser usados também medicamentos para aliviar os sintomas14 (analgésicos30, anti-inflamatórios, etc.). Conforme o caso, são esporadicamente receitados antibióticos para uso tópico31 e limpeza das lesões10 com soro32 fisiológico33.
Como prevenir o herpes genital?
- Sempre usar camisinha nas relações sexuais, isso ajuda a evitar a transmissão da doença. Fazer sempre uma boa higienização das regiões genitais antes e depois de cada relação sexual.
- Evitar múltiplos (as) parceiros (as) sexuais.
- A mulher deve informar ao médico que é portadora do vírus2 do herpes genital, se pretende engravidar, mesmo que no momento não tenha lesões10 ativas, pela possibilidade de transmissão para o filho.
- Mesmo as pessoas que estejam sem lesões10 podem transmitir o herpes genital.
- A escarificação34 das lesões10 pelo ato de coçar pode disseminar as lesões10.
Como evolui o herpes genital?
O herpes genital costuma regredir mesmo sem tratamento, mas em pessoas imunodeprimidas as lesões10 podem adquirir grandes dimensões.
Na gravidez35, o herpes genital pode provocar abortamento36 espontâneo.
O herpes congênito37 pode ser extremamente grave e letal.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.