Doença fibrocística da mama
O que é doença fibrocística da mama1?
A doença fibrocística da mama1, preferencialmente chamada de “alterações fibrocísticas da mama”, são alterações benignas das mamas2, não decorrentes de cânceres. Não é verdadeiramente uma doença e não é danosa à mulher. A maioria das mulheres convive com algum nódulo3 fibrocístico nas mamas2, geralmente na parte superior externa, perto da axila.
Essas alterações, contudo, embora não cancerígenas, podem deixar a mama1 com uma textura irregular ou granulosa. Uma avaliação médica periódica é necessária para verificar se há novas mudanças que devem ser analisadas medicamente.
Quais são as causas da doença fibrocística da mama1?
A causa exata das alterações fibrocísticas da mama1 não é conhecida, mas os especialistas suspeitam que a condição provavelmente ocorre devido a alterações dos hormônios reprodutivos — especialmente o estrogênio — que se verificam durante o ciclo menstrual e que afetam o tecido4 mamário.
Possivelmente, o tecido4 mamário responde a esses níveis flutuantes de hormônio5 com um crescimento excessivo de células6 que revestem os ductos de leite, um aumento no tecido4 fibroso e/ou a formação de cistos.
Leia sobre "Amamentação7 ou aleitamento materno8", "Fibroadenomas" e "Câncer9 de mama1".
Quais são as principais características clínicas da doença fibrocística da mama1?
A condição é muito comum. Mais da metade das mulheres desenvolve doença fibrocística da mama1 em algum momento de suas vidas e muitas delas não apresentarão outros sinais10 ou sintomas11 associados aos nódulos. Os seios12 fibrocísticos não são prejudiciais ou perigosos, mas podem ser desconfortáveis para algumas mulheres, alterando a aparência e a sensibilidade da mama1.
Os sintomas11, que podem ser mais incômodos antes de um período menstrual, incluem alteração na textura da mama1, dor, aumento da sensibilidade e granulosidade. A pessoa também pode sentir dor debaixo dos braços. Algumas mulheres produzem uma secreção verde ou marrom escura nos mamilos13 e podem ter mais inchaço14 ou nódulos em um seio15 do que no outro.
Os nódulos nos seios12 fibrocísticos tendem a variar de tamanho ao longo do mês, crescendo imediatamente antes do período menstrual, devido às alterações hormonais que ocorrem. Eles são móveis, mas se houver muito tecido4 fibroso neles, os nódulos podem ficar mais fixos em um só lugar. Esse é um importante critério clínico, embora não absoluto, para diferenciá-los dos tumores malignos, mais enraizados e por isso mais fixos.
Se, por acaso, um líquido claro, vermelho ou com sangue16 sair do mamilo, a mulher deve consultar logo o médico, pois isso pode ser um sinal17 de malignidade da mama1.
As alterações fibrocísticas da mama1 ocorrem com mais frequência em mulheres na faixa dos 20 aos 50 anos. Raramente as mulheres na pós-menopausa18 sofrem alterações fibrocísticas da mama1, a menos que estejam fazendo reposição hormonal após a menopausa18.
Como o médico diagnostica a doença fibrocística da mama1?
Os exames para avaliar a condição podem incluir histórico médico das alterações da mama1, exame clínico da mama1 fora e durante o período menstrual, mamografia19, ultrassonografia20, aspiração por agulha fina, o que, adicionalmente, permite diferenciar um nódulo3 de um cisto e biópsia21 da mama1, que é um procedimento para remover uma pequena amostra de tecido4 mamário para análise microscópica.
Como o médico trata a doença fibrocística da mama1?
O tratamento pode ajudar, mas a “doença” fibrocística da mama1 não tem cura. Se a mulher não tiver sintomas11 ou se os sintomas11 forem leves, não é necessário tratamento algum. No entanto, se as dores forem intensas ou os cistos associados a mamas2 fibrocísticas forem grandes e dolorosos, podem justificar o tratamento.
As opções de tratamento para os cistos mamários incluem aspiração por agulha fina ou excisão cirúrgica. Para o tratamento da dor na mama1 podem ser usados analgésicos22 comuns ou anti-inflamatórios não esteroides. Contraceptivos orais que diminuem os níveis de hormônios relacionados ao ciclo associados às alterações fibrocísticas da mama1 podem ajudar.
Como evolui em geral a doença fibrocística da mama1?
Segundo a American Cancer9 Society, ter doença fibrocística da mama1 não aumenta as chances de uma pessoa desenvolver câncer9 de mama1. Os desconfortos da doença fibrocística da mama1 acabam cedendo por si mesmos. Contudo, ela pode tornar mais difícil a diferenciação entre um nódulo3 mamário maligno e alterações benignas, dificultando um diagnóstico23 preciso.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Mayo Clinic e da Cleveland Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.