Rompimento de tendões do ombro
O que é manguito rotador1?
O manguito rotador1 é o conjunto muscular e tendinoso que permite ao ombro fazer seus complexos movimentos. Nenhuma outra articulação2 é capaz de tão grande variedade de movimentos quanto o ombro.
O manguito rotador1 é constituído pelos músculos3 supraespinal, infraespinal, redondo menor, subescapular, supraspinatus, infraspinatus, teres minor, subscapularis, junto com o bíceps e tríceps. Esses músculos3 ajudam a manter a cabeça4 do úmero5 na fossa glenoide da escápula6 durante muitos movimentos esportivos em que os braços são posicionados acima da cabeça4, como no arremesso, natação, levantamento de peso e no saque, em esportes com raquete.
O que é rompimento de tendões7 do ombro?
A ruptura de tendões7 ou músculos3 do manguito rotador1 ocorre devido a trauma direto ou degeneração8 e pode envolver ruptura parcial ou total. O tendão9 do bíceps pode ser afetado no lugar de uma ruptura do manguito rotador1. Quando há rompimento de um ou mais tendões7 do manguito rotador1, o ombro perde parcial ou totalmente a sua mobilidade e nem mesmo se sustenta em sua posição original, sendo necessário o uso contínuo de uma tipoia.
Leia sobre "Dor no ombro", "Ombro congelado10 ou Capsulite adesiva11" e "Síndrome12 do ombro do nadador".
Quais são as causas do rompimento de tendões7 do ombro?
Noventa por cento das rupturas no manguito rotador1 resultam de anos de atividades repetitivas. Rupturas no manguito rotador1 podem ocorrer durante quedas ou ao pegar ou arremessar objetos pesados. No caso de rupturas crônicas, o mecanismo de insulto é o impacto do tendão9 do manguito, levando a microtraumas. O inchaço13, edema14 e amolecimento tecidual ocorrem, levando a um maior impacto até o tendão9 do manguito rotador1 rasgar.
Um rompimento do manguito rotador1 ocorre frequentemente após um trauma aparentemente menor na unidade musculotendinosa do ombro, sempre que a pessoa estiver incluída no grupo de risco15. No entanto, na maioria dos casos, o processo patológico responsável pela ruptura tem sido um longo período de preparação e é o resultado de uma tendinite16 em andamento.
Com exceção de certos esportes atléticos, as lesões17 de ruptura do manguito rotador1 estão relacionadas à idade. Estudos demonstraram que pacientes assintomáticos submetidos a estudos de ressonância magnética18 revelaram rupturas parciais ou totais em 4% dos pacientes com menos de 40 anos de idade, mas em 54% naqueles com mais de 60 anos de idade. O sexo não parece ser um preditor de lesões17 do manguito rotador1, mas mulheres com 65 anos ou mais parecem ter piores resultados cirúrgicos do que homens da mesma idade.
Qual é o substrato fisiológico19 do rompimento de tendões7 do ombro?
Os tendões7 do manguito rotador1 são imprescindíveis para que a articulação do ombro20 funcione corretamente, mas eles estão sujeitos a desgastes e/ou degenerações à medida que usamos nossos braços. A ruptura de tendões7 do manguito rotador1 gera um ombro dolorido e fraco.
O mecanismo de lesão21 dos tendões7 pode resultar de um processo de hipertrofia22 ou de inflamação23 que aumentam o volume do músculo e do tendão9 e afetam a sua mobilidade, ou de uma redução do espaço disponível na articulação2 relacionada à formação de esporões ósseos. Outra possibilidade é a fraqueza de um tendão9 aumentar a instabilidade articular, assim aumentando o risco de lesões17 que levam à ruptura.
Dos diversos tendões7 que podem ser lesados no ombro, o mais importante é o tendão9 do músculo bíceps. Este músculo situa-se na região anterior do braço e insere-se no cotovelo e no ombro. Quando ocorre uma rotura a nível do ombro, a força no braço é perdida e torna-se impossível fazer a sua flexão.
Quais são as principais características clínicas do rompimento de tendões7 do ombro?
As rupturas no manguito rotador1 são uma causa comum de dor, fraqueza e diminuição ou abolição da amplitude de movimento da articulação do ombro20. Uma migração superior da cabeça4 do úmero5 pode ser observada na ruptura maciça do manguito rotador1 e a artropatia24 do manguito rotador1 pode acontecer como resultado do desgaste repetido da cartilagem25. Pacientes com ruptura do manguito rotador1 se queixam de dor no ombro, perda de amplitude de movimento, fraqueza, limitações no autocuidado e em algumas atividades.
Como o médico diagnostica o rompimento de tendões7 do ombro?
A ressonância magnética18 é a modalidade de imagem mais usada para diagnosticar a ruptura do manguito rotador1 e pode fornecer informações sobre espessura, tamanho, infiltração gordurosa, atrofia26 muscular e retração do tendão9. A ultrassonografia27 pode alcançar sensibilidade e especificidade diagnósticas comparáveis à ressonância magnética18, no entanto, depende da experiência do operador. A angiografia28 por ressonância magnética18 é uma modalidade de imagem invasiva e é indicada quando há suspeita de ruptura.
Um diferencial deve ser estabelecido com bursite29 e tendinite16 do manguito rotador1, que podem causar tipos semelhantes de dor. Fraqueza no ombro e diminuição da amplitude de movimento são sinais30 positivos para uma ruptura do manguito rotador1.
Como o médico trata o rompimento de tendões7 do ombro?
Os tratamentos conservador e cirúrgico podem ser usados para rompimento do manguito rotador1, mas ainda faltam evidências para a correta tomada dessa decisão. A cirurgia é preferida para lesões17 traumáticas agudas e lesões17 sintomáticas crônicas de ruptura total que não respondem ao tratamento conservador. O tratamento não cirúrgico envolve tratamento farmacológico, fisioterapia31 e procedimentos clínicos. O controle da dor pode ser conseguido por medicamentos anti-inflamatórios não esteroides e crioterapia32. A injeção33 de corticosteroide / lidocaína guiada por ultrassonografia27 pode ser realizada para alívio dos sintomas34.
Veja sobre "Luxação35 de ombro", "Bursite29 do ombro" e "Tendinose - ruptura de tendão9 sem inflamação23".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Mayo Clinic e da American Academy of Orthopaedic Surgeons.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.