Tumores da hipófise
O que é a hipófise1?
A glândula2 hipófise1 ou pituitária encontra-se localizada na cela túrcica, na base do crânio3, entre o cérebro4, acima, e as passagens nasais, abaixo. É considerada a principal glândula2 endócrina do corpo humano5 porque, como uma regente, ela controla a funcionamento de todas as outras.
Além disso, a hipófise1 também produz a prolactina6, hormônio7 importante para a amamentação8, o hormônio7 do crescimento, o hormônio7 antidiurético e a ocitocina9. O hormônio7 antidiurético ou HAD participa do controle da quantidade de água no organismo, enquanto o ocitocina9 auxilia no trabalho de parto.
O que são os tumores da hipófise1?
Os motivos que levam ao crescimento irregular da glândula2 (tumor10) ainda não são conhecidos. Como a hipófise1 produz vários hormônios, o tumor10 pode ser produtor de um ou mais hormônios, ou também pode não produzir nenhum. Um tumor10 grande pode também agir por contiguidade e pressionar e danificar o cérebro4 e os nervos que transitam nas proximidades, sobretudo o nervo ótico, provocando alterações na visão11 e até cegueira.
Os tipos mais comuns de tumores da hipófise1 são os adenomas, tumores benignos que não se espalham pelo organismo. De fato, tumores cancerígenos da hipófise1 são extremamente raros. Outro tipo de tumor10 que pode ocorrer na região onde fica a hipófise1 ou próximo a ela, mas não é um tumor10 da glândula2, é o craniofaringioma, que embora seja também um tumor10 benigno pode, com maior facilidade, causar sintomas12 pela compressão de estruturas adjacentes, como o quiasma13 óptico.
Existem dois tipos de tumores da hipófise1: (1) funcionantes e (2) não funcionantes. Os tumores funcionantes produzem em excesso os hormônios normalmente fabricados pela glândula2 e os tumores não funcionantes não produzem hormônios e podem mesmo inibir a produção hormonal normal.
Leia sobre "Amenorreia14", "Hirsutismo15" e "Diabetes insipidus16".
Qual é a causa dos tumores da hipófise1?
A causa permanece desconhecida. Uma pequena porcentagem de casos de tumores hipofisários ocorre em famílias, mas a maioria não possui fator hereditário aparente. Ainda assim, os cientistas suspeitam que alterações genéticas desempenhem um papel importante na forma como os tumores da hipófise1 se desenvolvem. Pessoas com histórico familiar de certas condições hereditárias, como neoplasia17 endócrina múltipla têm um risco aumentado de tumores hipofisários.
Quais são as características clínicas dos tumores da hipófise1?
Os tumores da hipófise1 geram três tipos de problemas diferentes:
- Hipersecreção de hormônio7
- Deficiência de hormônio7 hipofisário ou hipopituitarismo
- Efeitos da massa tumoral
Os sintomas12 dos tumores da hipófise1 variam na dependência de serem causados pela massa tumoral ou pelas alterações hormonais. A lista de possíveis sintomas12 é longa. Os sintomas12 da pressão de massa do tumor10 podem incluir dores de cabeça18 e dificuldade para enxergar, especialmente problemas com a visão periférica19. Os sintomas12 dos hormônios hipofisários baixos incluem fadiga20, tontura21, pele22 seca, ciclos menstruais irregulares nas mulheres e disfunção sexual nos homens, dentre outras repercussões.
Como o médico diagnostica os tumores da hipófise1?
Pessoas que pertencem ao grupo familiar de risco aumentado devem fazer exames regulares de sangue23 para acompanhar os níveis de hormônios da hipófise1. Na maioria dos casos, o tumor10 da hipófise1 só é encontrado precocemente se uma pessoa faz uma tomografia computadorizada24 ou ressonância magnética25 do cérebro4 por um outro problema não relacionado a ele.
Os adenomas funcionais da hipófise1, que produzem hormônios em excesso e causam sintomas12, são frequentemente reconhecidos quando ainda são pequenos. É menos provável que os tumores não funcionais da hipófise1 sejam encontrados precocemente porque não causam sintomas12 até crescerem o suficiente para pressionar células26, nervos ou partes normais do cérebro4 perto da hipófise1.
Como o médico trata os tumores da hipófise1?
Os tratamentos dos tumores da hipófise1 incluem medicamentos para bloquear a produção de hormônios em excesso ou diminuir o tumor10 e cirurgia. Existem dois tipos de cirurgia possível: (1) transesfenoidal e (2) transcraniana. Em alguns casos, é possível fazer radioterapia27.
Na cirurgia transesfenoidal, a incisão28 é feita dentro do nariz29, com anestesia30 geral, e a hipófise1 é acessada por essa via. Na cirurgia transcraniana, o acesso é feito através do crânio31. Isso pode ser necessário em alguns casos, quando o tumor10 não é benigno ou em casos de tumores grandes de difícil acesso pela outra via. Nesse caso, é feito um corte cirúrgico na parte lateral ou superior da calota craniana, desde onde o tumor10 é acessado e removido. Essa cirurgia também é realizada com anestesia30 geral.
Quais são as complicações possíveis dos tumores da hipófise1?
Os tumores da hipófise1 não crescem ou se espalham extensivamente. No entanto, eles podem causar: (1) pressão sobre os nervos ópticos gerando alterações ou mesmo perda da visão11; (2) deficiência hormonal permanente, o que demanda uma substituição por medicamentos hormonais; e (3) apoplexia32 hipofisária, quando ocorre um sangramento repentino no tumor10, requerendo tratamento de emergência33.
Veja também sobre "Motivos da menstruação34 atrasada", "Hipopituitarismo", "Acromegalia35" e "Síndrome36 de Sheehan".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites do Hospital Sírio-Libanês, da Mayo Clinic e da Hormone Health Networl.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.