Concentração mental - o que pode melhorar a sua concentração?
O que é concentração mental?
Concentração mental, ou simplesmente concentração, consiste em voluntariamente centrar toda a atenção sobre um objetivo, objeto ou atividade que uma pessoa esteja fazendo ou pelo qual esteja interessada no momento, com relativa exclusão de outras percepções. A incapacidade de concentração é por vezes chamada pelo leigo de “falta de atenção”.
A concentração da atenção pode ser útil em alguns momentos e inconvenientes em outros. Assim, ela é necessária para ler ou estudar e não deve existir ao se atravessar uma rua, quando, ao contrário, a atenção deve ser difusa, mas não dispersa (distraída).
Quais são as causas e dificuldades de concentração mental?
Em geral, a concentração da atenção é dirigida conscientemente para um foco escolhido. No entanto, ela também pode dar-se involuntariamente ou até mesmo patologicamente, sobre focos traumáticos, dolorosos ou delirantes.
Inversamente, algumas pessoas têm uma atenção muito dispersiva (dificuldade de concentração), seja como característica individual, seja como patologia1, como no TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e outros quadros psicopatológicos, como ansiedade, estresse ou depressão, bem como em situações de forte pressão emocional, fuga da realidade ou baixa autoestima.
Outros aspectos cotidianos ocasionais também devem ser levados em conta, como cansaço, estresse crônico2, descanso insuficiente, sono de má qualidade, abuso de álcool e uso de drogas.
Saiba mais sobre "Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade", "Ansiedade", "Depressão", "Estresse e como aliviá-lo" e "Insônia".
Qual é o mecanismo fisiológico3 da concentração mental?
A cada momento, o campo perceptivo é caótico e extremamente amplo e disperso. Ele pode ser melhor organizado pela atenção e pela concentração. A atenção é a capacidade da pessoa de perceber detalhes e nuances daquilo que está acontecendo ou que está sendo feito num determinado momento.
A concentração é a capacidade de manter o foco no momento presente, no agora, por um tempo relativamente longo. Essa capacidade pode ter tão grandes intensidades, involuntárias ou induzidas por processos psíquicos especiais, que pode excluir inteiramente outras percepções. Por exemplo, quando uma pessoa se encontra muito interessada numa tarefa (leituras, celulares, jogos, etc.) ou durante uma hipnose, pode não perceber o telefone que toca ou se outra pessoa está chamando.
Ao contrário, chama-se distraibilidade (às vezes também dita desatenção) ao fato de que uma pessoa tem dificuldades em manter a concentração, ou seja, é possível ou provável que essa pessoa se distraia. Se alguém começa a ler, preocupado com outras tarefas, pode ter dificuldades de manter o foco da atenção na leitura ou mesmo chegar ao fim da página sem conseguir compreender o que tenha acabado de ler.
Concentrar atenção significa, essencialmente, inibir distrações, de forma flexível e de acordo com as exigências de cada instante. Esta capacidade varia enormemente entre os indivíduos ditos sem patologias, mas naqueles com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) esta capacidade está anormalmente prejudicada.
A quantidade de informações que o cérebro4 recebe a partir dos sentidos é de cerca de 40 bilhões de bits por segundo, mas só é capaz de processar cerca de 2 bilhões. Conclui-se, então, pela necessidade de filtrar e/ou bloquear a maior parte das informações que nos chegam.
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Como ajudar a concentração mental?
Existem várias medidas que visam melhorar a concentração. Entre elas:
- A atenção humana só consegue ficar concentrada num único objeto durante 50-60 minutos. Portanto, ao final desse tempo realizando uma mesma tarefa, a pessoa deve fazer um intervalo de 5-10 minutos.
- Para conseguir uma boa concentração, a pessoa deve procurar desfazer-se de qualquer dor ou necessidade fisiológica5, como fome, sede, sono, vontade de evacuar ou de urinar, etc. E, então, adotar uma postura correta e confortável, sem cansaço. Idealmente, o corpo deve estar “silencioso”.
- A música pode ajudar na concentração, desde que a pessoa não se envolva demais com a trilha sonora. Por isso, a música instrumental é a mais aconselhável.
- A pessoa deve organizar previamente suas atividades, prevendo as etapas a serem cumpridas. O caos pode ser um grande aliado da dispersão da atenção, ao fornecer estímulos perceptivos variados que favorecem a distraibilidade.
- Exercícios físicos aeróbicos parecem desenvolver rapidamente partes do cérebro4 ligadas à atenção e à concentração.
- Se a pessoa tiver várias tarefas posteriores a executar, deve fazer uma lista delas, retirando-as assim da mente, passando-as para o papel e procurando não se pré ocupar com elas, mantendo sua mente vazia de outros pensamentos.
- Meditar pode treinar a concentração da atenção.
Existem vários exercícios psicológicos que visam treinar a capacidade de se concentrar e que podem ser indicados por um psicólogo ou psiquiatra. Com maior concentração, você consegue aproveitar melhor o seu tempo, atingindo seus objetivos de forma mais rápida.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.