A formação dos edemas e suas causas
O que é edema1?
Edema1 é o termo médico utilizado para descrever o acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais do tecido2 corporal, resultante do extravasamento a partir do interior dos capilares3. O líquido predominante é água, mas, conforme o caso, pode haver acúmulo de líquido rico em células4 e proteínas5.
Os edemas6 se expressam por meio de inchaços e geralmente ocorrem nas extremidades do corpo, como pernas, tornozelos e pés, mas também pode ocorrer em outras áreas, como pulmões7, cérebro8 ou abdômen.
Quais são as principais causas dos edemas6?
As principais causas de edema1 incluem:
- Insuficiência cardíaca9, porque quando o coração10 não consegue bombear o sangue11 de forma eficiente, ocorre acúmulo de fluido nos tecidos.
- A disfunção renal12 também pode levar à retenção de líquidos e, consequentemente, ao edema1.
- As doenças hepáticas13, em razão da baixa de proteínas5 e da pressão osmótica14 no sangue11.
- Traumas ou infecções15 podem levar ao aumento da permeabilidade16 dos vasos sanguíneos17, permitindo o extravasamento de líquido para os tecidos circundantes.
- A obstrução dos vasos linfáticos, porque a linfa18 é um líquido que circula pelo sistema linfático19 e ajuda a drenar os fluidos dos tecidos. Quando esse sistema está obstruído, o edema1 pode se desenvolver.
- As mudanças hormonais e o aumento da pressão nas veias20 durante a gravidez21 também podem levar ao edema1.
- Alguns tipos de alergias podem causar edema1 localizado na área afetada.
Qual é o substrato fisiopatológico dos edemas6?
Há diversos mecanismos que possibilitam o extravasamento de líquidos para os tecidos e a formação de edemas6. Alguns dos mais comuns são:
- Quando a pressão dentro dos vasos sanguíneos17 aumenta, fazendo com que o líquido seja “empurrado” para fora, para os tecidos circundantes. Isso pode acontecer em situações como insuficiência cardíaca9, em que o coração10 não bombeia adequadamente, ou em casos de obstrução venosa.
- Quando a pressão osmótica14 no interior dos vasos diminui. Uma pressão osmótica14 equilibrada nos capilares3 sanguíneos é essencial para “puxar” e manter o líquido dentro dos vasos e, se ela diminuir, o líquido pode extravasar para os tecidos. Isso pode ser causado por doenças hepáticas13, insuficiência renal22 ou síndrome nefrótica23.
- A inflamação24 local pode aumentar a permeabilidade16 dos capilares3, facilitando o extravasamento de líquidos e células sanguíneas25 para os tecidos circundantes.
- A obstrução linfática pode fazer a linfa18 se acumular e causar edema1. Afinal, o sistema linfático19 é responsável por drenar o excesso de líquido dos tecidos.
- Traumas, ferimentos, queimaduras e outras lesões26 podem danificar os vasos sanguíneos17 e causar extravasamento de líquidos.
O extravasamento de líquidos é contrabalanceado pela reabsorção: uma parte do líquido extravasado é retomada pelos capilares3 de volta à corrente sanguínea. Esse equilíbrio faz com que, cessada a causa, o edema1 se desfaça naturalmente.
Quais são os tipos de edemas6?
Os edemas6 podem ser classificados segundo diversos parâmetros. Segundo sua localização, podem ser:
- generalizado, que afeta todo o corpo e é frequentemente associado a condições médicas subjacentes, como insuficiência cardíaca congestiva27, doenças renais ou hepáticas13;
- ou localizado, ocorrendo em uma área específica do corpo, como tornozelos, pés ou mãos28, uni ou bilateral, superficial, profundo ou cavitário.
Do ponto de vista de suas causas, podem ser:
- inflamatórios, como resposta a lesões26, infecções15 ou doenças autoimunes29;
- linfedemas, quando há obstrução do sistema linfático19;
- ou devidos à insuficiência cardíaca9 ou a doenças renais ou hepáticas13;
- e angioedema30, de origem alérgica.
Segundo sua gravidade, são ditos:
- leves, quando embora perceptível, não causa desconforto significativo;
- moderado, se o inchaço31 é mais pronunciado e causa desconforto e limita a mobilidade;
- e edema1 grave, causando dor e dificuldade na movimentação.
Leia mais sobre "Edema1 de glote32", "Edema1 cerebral", "Edema pulmonar33" e "Edema1 dos membros inferiores".
Quais são as características clínicas dos edemas6?
A característica clínica mais saliente de um edema1 é o acúmulo anormal de fluido nos tecidos do corpo, levando a um inchaço31 visível e aumento de volume na área afetada. Algumas outras características clínicas comuns associadas aos edemas6 são:
- peso e sensação de tensão na área afetada, devido ao acúmulo excessivo de líquido nos tecidos;
- pele34 brilhante ou esticada, devido à distensão causada pelo líquido acumulado;
- dor ou desconforto, especialmente se houver pressão sobre a área afetada;
- e o inchaço31 pode dificultar o movimento normal da articulação35 ou membro afetado.
Como o médico diagnostica os edemas6?
A primeira constatação de um edema1 é feita pela inspeção36 visual que mostra um aumento de volume da área afetada. No entanto, as características clínicas que indicam a presença de um edema1 podem variar muito, dependendo da causa subjacente.
Um sinal37 objetivo que permite constatar a existência de um edema1 consiste em pressionar suavemente a pele34 da área suspeita de modo a deixar uma impressão de dedo temporária (depressão), conhecida como "fóvea", que se desfaz mais rápida ou lentamente, dependendo do tipo de edema1.
Como o médico trata tipos de edemas6?
O tratamento do edema1 depende da sua causa subjacente. Em geral, removida a causa subjacente, o edema1 desaparece em poucos dias. Além disso, o tratamento do sintoma38 edematoso, sem levar em conta sua causa, pode envolver o uso de medicamentos diuréticos39, mudanças na dieta, elevação das pernas para ajudar na drenagem40, compressão ou outros tratamentos específicos de acordo com a situação clínica do paciente.
Veja sobre "Síndrome nefrótica23", "Retenção de água no organismo", "Hipotireoidismo41" e "Anasarca".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do NHS - National Health Service e da Biology Online.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.