Síndrome de Horner
O que é a síndrome1 de Horner?
A Síndrome1 de Horner, ou Síndrome1 de Horner-Bernard ou, ainda, paralisia2 óculo-simpática, é uma rara combinação de sinais3 e sintomas4 causada quando um grupo de nervos, conhecido como tronco simpático5, é danificado, geralmente causando interrupção de uma via nervosa do cérebro6 até a face7 e os olhos8 de um lado do corpo.
Quais são as causas da síndrome1 de Horner?
A síndrome1 de Horner é causada por alguma condição médica como, por exemplo, doença neurológica, vascular9, infecção10 ou tumor11, mas pode também ser causada por uma deformação congênita12 (presente ao nascimento) ou por causas iatrogênicas13 como tratamentos medicamentosos ou cirurgia recente.
Em geral, ela é causada em virtude de alguma coisa que comprima o gânglio14 ou o nervo simpático5 e pode ser devida, entre outras condições, a uma lesão15 em um lado da cadeia simpática cervical; cefaleias16 em salva; traumas físicos na base do pescoço17; acidente vascular cerebral18; infecção10 do ouvido médio19; tumores como o tumor11 de Pancoast; neurofibromatose; bócio20; aneurisma21 aórtico; carcinoma22 de tireoide23; carcinoma22 broncogênico; esclerose múltipla24; trombose25 do seio cavernoso26 e simpatectomia.
Em alguns casos, nenhuma causa subjacente pode ser encontrada.
Veja sobre "Tumor11 de Pancoast", "Acidentes vasculares27 cerebrais" e "Neurofibromatose".
Qual é o mecanismo fisiológico28 da síndrome1 de Horner?
A via nervosa afetada na síndrome1 de Horner é dividida em três grupos de células nervosas29 (neurônios30).
- Neurônios30 de primeira ordem: essa via neuronal leva do hipotálamo31 na base do cérebro6, passando pelo tronco encefálico32 e se estendendendo até a porção superior da medula espinhal33.
- Neurônios30 de segunda ordem: esse caminho do neurônio se estende da coluna vertebral34, através da parte superior do tórax35, para o lado do pescoço17.
- Neurônios30 de terceira ordem: esse caminho do neurônio se estende ao longo do lado do pescoço17 e leva à pele36 facial e aos músculos37 da íris38 e das pálpebras39.
Problemas (geralmente compressões) do nervo em qualquer destas regiões podem perturbar a função nervosa relacionada à síndrome1 de Horner e geram os sinais3 e sintomas4 característicos da síndrome1.
Quais são as principais características clínicas da síndrome1 de Horner?
A síndrome1 de Horner é caracterizada clinicamente por quatro sinais3 clássicos:
- Pupila em estado de contração (miose40).
- Queda da pálpebra superior (ptose41).
- Ausência de sudorese42 na face7 (anidrose).
- Afundamento do globo ocular43 na cavidade óssea que o protege (enoftalmia).
Leia mais sobre "Enoftalmia e exoftalmia" e "Ptose41 palpebral".
Há também uma diferença notável no tamanho da pupila entre as pupilas dos dois olhos8 (anisocoria) e uma dilatação vagarosa da pupila afetada pela luz fraca, bem como ligeira elevação da pálpebra inferior. Os sinais3 e sintomas4 da ptose41 e anidrose podem ser sutis e difíceis de detectar. A síndrome1 de Horner afeta apenas um lado do rosto na maioria dos casos e os sinais3 e sintomas4 ocorrem do mesmo lado da lesão15 do tronco nervoso.
Crianças com síndrome1 de Horner podem apresentar sinais3 e sintomas4 adicionais como cor mais clara da íris38 no olho44 afetado e ausência de rubor no lado afetado do rosto que normalmente apareceria devido ao calor, esforço físico ou reações emocionais.
Como o médico diagnostica a síndrome1 de Horner?
A síndrome1 de Horner pode ser sinal45 de outras doenças e de vulnerabilidades cardiovasculares e neurológicas, por isso é importante encontrar a causa dela através de testes como exames de sangue46; angiografia47 cerebral por ressonância magnética48, radiografias do tórax35, tomografia e punção lombar.
Além de um exame médico geral, o médico irá realizar testes para avaliar a natureza dos sintomas4 e identificar a possível causa deles. Os testes para confirmar a síndrome1 de Horner terão como base a história médica do paciente e seus sintomas4. O médico também pode confirmar o diagnóstico49 administrando um colírio50 em ambos os olhos8 e verificando as diferenças de contração e dilatação da pupila entre eles.
Para identificar o local do dano nervoso, o médico pode realizar testes adicionais ou solicitar exames de imagem, como ressonância magnética48, ultrassonografia51 carotídea, radiografias do tórax35 e tomografia computadorizada52, entre outras.
Como o médico trata a síndrome1 de Horner?
Não há um tratamento específico para a síndrome1 de Horner, mas a eliminação da causa subjacente, quando possível, pode restaurar a função nervosa normal e fazer desaparecer os sinais3 e sintomas4. O tratamento tem como objetivo prevenir outros problemas neurológicos e cardiovasculares ocasionados pela mesma causa como, por exemplo, as complicações de aneurismas ou aterosclerose53.
Saiba mais sobre "Aneurismas" e "Aterosclerose53".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.