Criolipólise estética: redução da gordura localizada sem cirurgia
O que é criolipólise?
A criolipólise é um procedimento estético não cirúrgico e não invasivo que utiliza resfriamento controlado para promover a redução seletiva de células1 de gordura2, preservando os tecidos adjacentes, como pele3, músculos4 e nervos. Esse método tornou-se popular como alternativa à lipoaspiração para tratamento de gordura2 localizada, e não como técnica de emagrecimento.
O termo “criolipólise” deriva das palavras gregas cryo (frio), lipo (gordura2) e lysis (destruição), descrevendo o mecanismo de lesão5 seletiva do adipócito induzida pelo frio. Desenvolvida a partir de estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade de Harvard, a técnica baseia-se no fato de que as células adiposas6 são mais sensíveis a baixas temperaturas do que outros tipos celulares. Durante o procedimento, o tecido adiposo7 é exposto a temperaturas geralmente entre -5 °C e -10 °C, o que desencadeia apoptose8 (morte celular programada) dos adipócitos9.
Ao longo de semanas a meses, essas células1 são gradualmente eliminadas por mecanismos inflamatórios locais e pelo sistema linfático10, com consequente redução da espessura da camada de gordura2 na área tratada.
Por que fazer criolipólise?
A criolipólise é indicada para o tratamento de gordura2 localizada em regiões como abdômen, flancos11, coxas12, costas13, braços e região submentoniana (papada). Não se trata de um método para perda ponderal14 global, mas sim de modelagem corporal, sendo mais apropriada para pessoas próximas ao peso ideal que apresentam acúmulos adiposos resistentes à dieta e ao exercício físico.
A técnica é considerada atraente por oferecer uma alternativa menos invasiva à cirurgia, com baixo risco sistêmico15 e recuperação rápida. Estudos demonstram que, após uma única sessão, pode ocorrer redução média de 20% a 25% do volume de gordura2 na área tratada, com resultados progressivos que se tornam mais evidentes entre 2 e 3 meses.
Quando realizada por profissionais capacitados e com equipamentos regularizados, a criolipólise apresenta perfil de segurança favorável, com efeitos adversos geralmente leves e transitórios. O procedimento costuma ser bem tolerado, permitindo retorno imediato às atividades habituais, e os resultados tendem a ser duradouros, desde que o paciente mantenha hábitos de vida saudáveis, uma vez que os adipócitos9 destruídos não se regeneram.
Qual profissional está habilitado para fazer criolipólise?
A criolipólise deve ser realizada por profissionais devidamente capacitados, com formação na área da saúde16 e treinamento específico no manuseio do equipamento. Estão entre os profissionais habilitados médicos, especialmente dermatologistas e cirurgiões plásticos, além de fisioterapeutas com especialização em dermatofuncional. Biomédicos estetas e esteticistas podem atuar conforme a regulamentação vigente, desde que possuam formação adequada e atuem em serviços regularizados, preferencialmente com retaguarda médica.
É indispensável o uso de equipamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o cumprimento rigoroso dos protocolos técnicos, pois a correta indicação e execução do procedimento são fundamentais para a segurança e a eficácia do tratamento.
Leia sobre "Gordura2 localizada na coxa17", "Drenagem18 linfática" e "Preenchimento glúteo".
Como é feito o procedimento de criolipólise?
O procedimento inicia-se com avaliação clínica individualizada, na qual são analisados o estado geral de saúde16, a distribuição da gordura2 localizada e a presença de possíveis contraindicações, como doenças cutâneas19 ativas, distúrbios relacionados ao frio ou gestação.
A área escolhida é higienizada e recebe uma membrana ou gel anticongelante, cuja função é proteger a pele3 contra lesões20 térmicas. Em seguida, o aplicador do equipamento é posicionado sobre a região a ser tratada; alguns aparelhos utilizam sucção a vácuo, enquanto modelos mais recentes empregam placas21 de contato, com resfriamento homogêneo do tecido22.
A sessão dura, em média, de 30 a 60 minutos, dependendo da área e do dispositivo utilizado. Durante os primeiros minutos, pode haver sensação de tração e frio intenso, que tende a diminuir à medida que ocorre anestesia23 local induzida pelo resfriamento. Ao final, é comum realizar massagem manual da área, com o objetivo de reperfusão tecidual.
O paciente pode retomar suas atividades imediatamente, e a eliminação dos adipócitos9 lesados ocorre de forma gradual, com resultados progressivos ao longo de 2 a 3 meses. Em geral, uma sessão por área é suficiente, embora novas aplicações possam ser indicadas após intervalo mínimo de 60 dias, conforme a resposta clínica.
Quais são os riscos e as complicações possíveis da criolipólise?
Quando realizada de maneira adequada, a criolipólise apresenta baixo índice de complicações, sendo mais comuns efeitos locais e transitórios, como vermelhidão, edema24, sensibilidade, formigamento, dormência25 ou pequenos hematomas26, que costumam regredir espontaneamente em dias ou semanas. Dor leve ou sensação de cãibra também podem ocorrer temporariamente.
Complicações mais raras incluem queimaduras por frio, geralmente associadas ao uso inadequado da proteção cutânea27; alterações pigmentares, sobretudo em peles mais escuras; e a hiperplasia28 adiposa paradoxal29, condição incomum caracterizada por aumento do volume de gordura2 na área tratada, que pode demandar correção cirúrgica. Resultados assimétricos podem ocorrer quando há posicionamento inadequado do aplicador.
A criolipólise é contraindicada em indivíduos com doenças relacionadas à sensibilidade ao frio, como crioglobulinemia, hemoglobinúria paroxística ao frio ou urticária30 ao frio, bem como em casos de infecção31 ou lesão5 cutânea27 ativa na área a ser tratada, gestação, lactação32, obesidade33 grave e doenças hepáticas34 ou renais avançadas, que podem interferir na metabolização dos adipócitos9 destruídos.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site da SBD - Sociedade Brasileira de Dermatologia.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.










