Intradermoterapia
O que é intradermoterapia?
A intradermoterapia, também conhecida como mesoterapia, é um procedimento estético não cirúrgico no qual são injetadas pequenas quantidades de substâncias ativas na camada média da pele1, chamada derme2. Essas substâncias são selecionadas com base nos objetivos e nas necessidades específicas de cada paciente e podem incluir vitaminas, minerais, aminoácidos, enzimas, peptídeos e outros compostos. A injeção3 é feita com seringa4 especializada e/ou uma agulha muito fina.
O método teve origem na França, com o objetivo de proporcionar uma alta concentração de fármacos diretamente nas zonas em que se deseja que atuem.
Por que fazer intradermoterapia?
Acredita-se que a intradermoterapia tenha vários benefícios estéticos, incluindo o rejuvenescimento da pele1, a redução de celulite5 e estrias, a melhora da aparência de cicatrizes6 e a diminuição da queda de cabelo7. As substâncias injetadas podem ajudar a melhorar a circulação8 sanguínea, estimular a produção de colágeno9 e elastina, promover a hidratação da pele1 e aumentar o metabolismo10 local.
Entre as vantagens do método, contam-se:
- o fato de ser uma técnica minimamente invasiva que promove a perda de 3 a 10 centímetros de gordura11 a cada sessão e contribui para a diminuição das linhas de expressão e das rugas;
- aplicação da medicação diretamente no local exato a ser tratado, garantindo uma maior concentração de substâncias ativas nas áreas que necessitam delas e menor carga de substâncias ingeridas por via oral, o que evita ou minimiza possíveis efeitos colaterais12;
- e um estímulo intenso à produção de colágeno9, que é a principal proteína responsável por manter a pele1 firme e saudável.
A intradermoterapia é indicada sobretudo para celulites, estrias, tratamento da flacidez e das gorduras localizadas.
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Como se realiza a intradermoterapia?
A intradermoterapia deve ser realizada por profissionais treinados, como médicos ou especialistas em estética, pois envolve o uso de agulhas e a administração de substâncias diretamente na pele1. Como preparação para a intradermoterapia, o paciente deve estar com a pele1 bem limpa, livre de cremes e, nos dias que antecedem à aplicação, não realizar saunas, a fim de evitar a vasodilatação causada pelo vapor, além de suspender o uso de anticoagulantes15 e evitar banhos de sol. Esses mesmos cuidados também devem ser observados após a realização das sessões.
Os procedimentos devem ser realizados em ambiente estéril e com materiais descartáveis para garantir a segurança do paciente e evitar complicações. Para realizar o tratamento, o profissional, com o auxílio de agulhas finas, injeta pequenas quantidades do medicamento no tecido subcutâneo16 e/ou dérmico para que ele comece a atuar diretamente nas células17. As microinjeções devem perfurar a pele1 a uma profundidade de 0,5 mm a 4 mm.
Cada sessão dura em torno de 15 minutos, repetidas pelo número de vezes determinados pelo especialista (geralmente de cinco a dez) e devem ser realizadas uma vez por semana para tratamentos de celulite5, estrias e gordura11 localizada e até duas vezes por semana para revitalização facial e flacidez de pele1. Os resultados começam a ficar aparentes a partir da 3ª sessão. As reavaliações devem ser feitas a cada 5 sessões.
Antes de optar por esse tratamento, deve-se buscar orientação médica e uma avaliação individualizada para determinar se é adequado para as necessidades individuais e condições de saúde18.
Os principais medicamentos utilizados na intradermoterapia são substâncias lipolíticas, combinações de vitaminas, minerais, enzimas, extratos de plantas, medicações alopáticas, aminoácidos, vitamina19 C, silício e ácido hialurônico. Essas combinações são preparadas de acordo com a necessidade de cada paciente, conforme orientação do dermatologista. Assim, por exemplo, o ácido hialurônico promove a hidratação cutânea20 responsável pelo viço da pele1, além de estimular a produção de colágeno9; o silício e a vitamina19 C induzem a produção de fibroblastos21, célula22 precursora das fibras colágenas e elásticas; etc.
Quais são os riscos e as contraindicações da intradermoterapia?
A injeção3 de substâncias na pele1 pode causar ligeira dor, desconforto e sensibilidade no local da injeção3. Algumas pessoas que têm menor tolerância à dor podem achar o procedimento mais desconfortável do que outras. Por isso, pode-se aplicar um anestésico local antes de dar início ao procedimento.
Após a injeção3, podem ocorrer pequenos hematomas23 ou manchas roxas na pele1, os quais desaparecem em alguns poucos dias, mas em alguns casos podem persistir por mais tempo. Toda vez que a pele1 é perfurada existe um risco de infecção24. Por isso, é essencial seguir as práticas adequadas de esterilização para minimizar esse risco. Caso ocorra sinais25 e/ou sintomas26 como vermelhidão, inchaço27, dor intensa ou drenagem28 de pus29 no local da injeção3, é importante procurar assistência médica imediata.
Algumas pessoas podem ter reações alérgicas às substâncias injetadas na pele1, as quais podem variar de leves a graves. É importante informar previamente ao profissional de saúde18 sobre quaisquer alergias conhecidas antes do procedimento.
Embora a intradermoterapia seja destinada a atuar localmente na pele1, há uma pequena possibilidade de que as substâncias injetadas possam entrar na corrente sanguínea e causar efeitos colaterais12 sistêmicos30. Isso pode incluir náuseas31, tonturas32, palpitações33 cardíacas ou outros sintomas26, dependendo das substâncias utilizadas.
No que se refere a contraindicações para a intradermoterapia, deve-se descartar o procedimento em gestantes, lactantes34 e alérgicos a algum dos componentes utilizados no tratamento. O tratamento também é contraindicado em casos de doenças de pele1 no local em que se deseja fazer a aplicação.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic e da Cleveland Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.