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Banco de sêmen - Como funciona?

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O que é banco de sêmen1?

Um banco de sêmen1, também conhecido como banco de esperma2, é uma instituição que coleta, armazena e distribui amostras de sêmen1 de doadores humanos para uso em técnicas de reprodução3 assistida, como a inseminação artificial ou a fertilização4 in vitro.

Os dois primeiros bancos de esperma2 parecem ter sido criados na década de 1960, inaugurados em Iowa, nos Estados Unidos, e em Tóquio, no Japão, e foram criados inicialmente para apoiar indivíduos e casais inférteis. Atualmente, existem até bancos de esperma2 online que permitem o contato entre potenciais receptoras e potenciais doadores de esperma2, sendo que estes são acessíveis a pessoas de quaisquer partes do mundo.

​Para que serve o banco de sêmen1?

Valendo-se de um banco de sêmen1, as mulheres podem optar por usar espermatozoides5 de um doador e óvulos fornecidos por ela própria para gerar seus filhos. Elas podem escolher um doador anônimo que não fará parte da vida familiar ou podem escolher doadores conhecidos que podem ser reconhecidos mais tarde na vida pelos filhos biológicos do doador.

O banco de sêmen1 é uma das melhores alternativas para ajudar mulheres e casais a realizarem o sonho de ter um filho, quando não podem tê-lo pelas vias naturais. Ele também é indicado para homens que se submetem a situações nas quais sua capacidade reprodutiva pode ser colocada em risco, mas que desejam ter filhos no futuro. É o caso de pacientes que sofrem doenças ou traumas ou que tenham que se submeter a tratamentos que possam provocar infertilidade6, como certas quimioterapias e cirurgias, por exemplo.

Assim, os bancos de sêmen1 propiciam a oportunidade para que os indivíduos, apesar dessas eventualidades, venham a ter filhos. Eles incluem, entre outros casos, mulheres solteiras ou mulheres que desejam ter filhos sem um parceiro masculino, casais do mesmo sexo e casais em que um dos parceiros é infértil.

Os bancos de sêmen1 tanto podem fornecer material para indivíduos, isoladamente, como para instituições de pesquisa e para clínicas e serviços médicos de reprodução3.

Leia sobre "Reprodução3 assistida", "Alguns conceitos ligados à reprodução3 humana" e "Espermograma".

Como funcionam os bancos de sêmen1?

Alguns países não permitem que os bancos de esperma2 sejam estabelecidos ou operados. Onde eles são autorizados, geralmente são controlados por uma legislação rigorosa, que se destina principalmente a proteger o nascituro7, mas que também pode fornecer soluções para os diferentes posicionamentos a respeito do assunto. Um exemplo particular disso é o controle que muitas vezes é feito sobre o número de filhos que um único doador pode gerar e o que pode ser feito para proteger contra uma eventual consanguinidade.

Onde são permitidos, os bancos de sêmen1 coletam o sêmen1 de doadores e realizam testes rigorosos para verificar a condição sadia do material, incluindo a contagem de espermatozoides5, a motilidade e a viabilidade deles. As amostras de sêmen1 são então congeladas e armazenadas em condições especiais a uma temperatura de 196°C negativos, para manter sua viabilidade por longos períodos.

O sêmen1 doado é utilizado para fertilizar óvulos em laboratório e os embriões resultantes são transferidos para o útero8 da mulher ou, em alguns casos, para uma mãe substituta (‘barriga de aluguel’).

Esses bancos devem seguir diretrizes estritas de anonimato, privacidade e segurança para proteger a identidade tanto dos doadores quanto das receptoras, e devem seguir regulamentações específicas para garantir a qualidade e a segurança das amostras do sêmen1 doado.

Um banco de esperma2 garante a qualidade e o número de espermatozoides5 móveis disponíveis em uma amostra após o descongelamento. Ele tentará selecionar doadores particularmente férteis, cujos espermatozoides5 sobreviverão ao processo de congelamento e descongelamento. As amostras são frequentemente vendidas como contendo um determinado número de espermatozoides5 móveis por mililitro cúbico de sêmen1, além de informar sobre outros dados relevantes.

Os bancos de esperma2 fornecem também a possibilidade de que a mulher tenha gestações subsequentes do mesmo doador ou que possa optar por ter filhos de doadores diferentes.

Sobre o doador de sêmen1

O doador deve ser um homem saudável, normalmente entre 18 e 45 anos de idade e disposto a passar por exames estritos. Alguns bancos de esperma2 exigem duas rodadas de exames médicos completos e uma extensa análise laboratorial antes que a pessoa se torne um doador. Os bancos de esperma2 normalmente examinam doadores em potencial para uma variedade de doenças e distúrbios, incluindo doenças genéticas, anormalidades cromossômicas e doenças (infecções9) sexualmente transmissíveis (DSTs).

O procedimento de triagem também inclui um período de quarentena, no qual as amostras são congeladas e armazenadas por, pelo menos, seis meses, após o que o doador será testado novamente para as DSTs. Isso é feito para garantir que nenhuma nova infecção10 tenha sido adquirida ou desenvolvida durante o período de doação.

Com esses cuidados, crianças concebidas por meio de doação de esperma2 têm uma taxa de problemas congênitos11 de quase um quinto em comparação à população em geral. O doador deve também estar disposto a doar seu esperma2 para ser usado para engravidar pessoas desconhecidas por ele e deve concordar em renunciar a todos os direitos legais a todas as crianças resultantes de suas doações. Um estudo mostrou que apenas 23,38% de potenciais doadores de sêmen1 se tornam elegíveis para doar.

O doador deve produzir o seu esperma2 no recinto do banco de esperma2, permitindo assim que sua identidade seja efetivamente comprovada, bem como para permitir a produção de amostras frescas de esperma2 para processamento imediato. Se um homem for aceito como doador de sêmen1, seu esperma2 será constantemente monitorado, o doador será verificado regularmente quanto a doenças infecciosas e amostras de seu sangue12 serão coletadas em intervalos regulares.

O banco de esperma2 pode fornecer ao doador suplementos dietéticos projetados para melhorar a qualidade e a quantidade do sêmen1, bem como reduzir o tempo refratário entre as ejaculações.

Uma amostra de esperma2 é testada microbiologicamente no banco de esperma2 antes de ser preparada para congelamento. O grupo sanguíneo do doador também pode ser registrado para garantir a compatibilidade com a receptora.

Veja mais sobre "Azoospermia13", "Distúrbios das trompas de Falópio", "Endometriose14" e "Varicocele15".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do Gênesis - Centro de Assistência em Reprodução Humana e do Banco de Sêmen do Rio de Janeiro.

ABCMED, 2023. Banco de sêmen - Como funciona?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/1462387/banco-de-semen-como-funciona.htm>. Acesso em: 15 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Sêmen: Sêmen ou esperma. Líquido denso, gelatinoso, branco acinzentado e opaco, que contém espermatozoides e que serve para conduzi-los até o óvulo. O sêmen é o líquido da ejaculação. Ele é composto de plasma seminal e espermatozoides. Este plasma contém nutrientes que alimentam e protegem os espermatozoides.
2 Esperma: Esperma ou sêmen. Líquido denso, gelatinoso, branco acinzentado e opaco, que contém espermatozoides e que serve para conduzi-los até o óvulo. O esperma é o líquido da ejaculação. Ele é composto de plasma seminal e espermatozoides. Este plasma contém nutrientes que alimentam e protegem os espermatozoides.
3 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
4 Fertilização: Contato entre espermatozóide e ovo, determinando sua união.
5 Espermatozóides: Células reprodutivas masculinas.
6 Infertilidade: Capacidade diminuída ou ausente de gerar uma prole. O termo não implica a completa inabilidade para ter filhos e não deve ser confundido com esterilidade. Os clínicos introduziram elementos físicos e temporais na definição. Infertilidade é, portanto, freqüentemente diagnosticada quando, após um ano de relações sexuais não protegidas, não ocorre a concepção.
7 Nascituro: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
8 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
9 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
10 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
11 Congênitos: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
12 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
13 Azoospermia: Ausência de espermatozódes no líquido seminal.
14 Endometriose: Doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
15 Varicocele: Dilatação venosa do cordão espermático. Em geral é assintomática e manifesta-se pelo aumento de tamanho da bolsa escrotal, mas podem ser dolorosas e causar infertilidade.
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