Fertilização in vitro: como é o procedimento?
O que é fertilização1 in vitro?
Fertilização1 in vitro é aquela promovida num laboratório, sendo o óvulo2 resultante posteriormente implantado no útero3 de uma mulher, para que se desenvolva a gestação. Denomina-se bebê de proveta ao bebê resultante desse método de fecundação4. É exatamente o fato de que a fertilização1 seja realizada em laboratório que confere ao produto dela a denominação de bebê de proveta. O primeiro bebê de proveta do mundo nasceu em 1978 e o primeiro do Brasil em 1984.
Quando se deve tentar a fertilização1 in vitro?
Deve-se tentar uma fertilização1 in vitro quando não há possibilidade de uma fertilização1 e nidação5 (estabelecimento do embrião no útero3) naturais, como ocorre no bloqueio das trompas de Falópio, por exemplo, em que há dificuldade da chegada dos espermatozoides6 até o óvulo2. Também pode-se tentar o método se o homem tem um número reduzido de espermatozoides6 ou se a mobilidade deles é deficiente ou nula, impossibilitando-os de penetrar no óvulo2 e fecundá-lo. Outra situação em que o tratamento é indicado é em casos de casais homossexuais masculinos.
Como se realiza o método de fertilização1 in vitro?
O primeiro passo é fazer a coleta dos gametas7 feminino e masculino. Inicialmente, a mulher deve fazer uma estimulação da ovulação8 por meio de fármacos indutores da produção e liberação de óvulos. Estes óvulos são recolhidos por aspiração, com a ajuda de uma ultrassonografia9 transvaginal. Esse procedimento deve ser feito num centro cirúrgico, com a paciente sedada e dura em torno de vinte minutos. Depois eles são levados ao laboratório, onde serão artificialmente fecundados por espermatozoides6 previamente selecionados. Os espermatozoides6 devem ser coletados de certa porção de sêmen10 obtido por meio de masturbação11. Se, por algum motivo, não houver espermatozoides6 no sêmen10 será preciso retirá-los diretamente dos testículos12, por meio de uma punção. Se o homem ou a mulher tiverem uma impossibilidade de produzir gametas7, pode ser indicado o uso de gametas7 doados. Os óvulos e espermatozoides6 são colocados em meio de cultura apropriado, numa proporção de 100 a 200 mil gametas7 masculinos para cada gameta feminino. A cultura deve ser mantida em condições ideais de temperatura, em ambiente que simula as trompas. Se o processo de fertilização1 for bem sucedido, os ovos assim gerados são transferidos para o útero3 da mulher, dando início à gravidez13. Além da técnica convencional em que um ou mais espermatozoides6 penetram no óvulo2, existe a técnica em que o espermatozoide14 é artificialmente injetado dentro do óvulo2. O ovo fertilizado15 é então transferido para o útero3 da mulher, depois de cinco dias de desenvolvimento laboratorial, por meio de um cateter inserido em sua vagina16 e corretamente posicionado no interior do útero3 por meio da ultrassonografia9. Esse procedimento também deve ser realizado no centro cirúrgico, mas nem sempre requer anestesia17. Após doze ou quatorze dias, é feito o exame para detectar se houve ou não sucesso do método.
Como evolui a fertilização1 in vitro?
O processo da fertilização1 in vitro é idêntico ao ocorrido no corpo da mulher, com a diferença que ocorre em laboratório. Portanto, não há riscos de malformação18 maiores do que numa fecundação4 natural. A fecundação4 pode não ocorrer, mas isso é algo muito raro.
A mulher que engravida por fertilização1 in vitro precisa dos mesmos cuidados com a saúde19 que aquela que engravida normalmente. Também deve procurar verificar se há alguma doença que possa prejudicar a gravidez13.
As chances de sucesso desse método dependem da idade da mulher e decresce com o passar do tempo.
Quais são as complicações possíveis da fertilização1 in vitro?
Com esse método de fertilização1 in vitro há 25% de chance de gravidez13 gemelar. Isso não chega a ser uma complicação, mas é um resultado inesperado e naturalmente envolve riscos maiores que os de uma gravidez13 simples.
Dos mais de três milhões de bebês20 de proveta nascidos no mundo desde 1978, a maioria é saudável, no entanto, o grupo parece comportar maior risco de nascer com peso corporal menor, sofrer de obesidade21, hipertensão arterial22 e diabetes mellitus23 tipo 2 no decorrer da vida.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.